A volta do sujeitoHá décadas Michel Foucault é fonte de um pensamento crítico alternativo ao marxismo. Vigiar e punir e História da sexualidade oferecem uma analítica do poder e do sujeito, do saber e da verdade que se constituem numa teoria crítica da sociedade.Gayatri Chakraworty Spivak, autora que pode ser incluída como fonte para novas versões de uma teoria crítica fundamentada no campo dos estudos subalternos e pós-coloniais 1 , no texto "Pode o subalterno falar?" tece uma crítica a Foucault que pode ser entendida como resultado de um enquadramento a partir do qual perspectivas elaboradas nas "margens" do sistema internacional articulam discursos que problematizam o próprio "centro".Os problemas apontados na conversa entre Foucault e Deleuze 2 registrada em Os intelectuais e o poder são lidos com base em uma perspectiva "subalterna" por uma autora pensando o diálogo a partir de questões suscitadas pela sua posição de intelectual, de mulher e indiana. Tal crítica pode ser um bom começo para pensarmos Foucault, pois tenta demonstrar um "impensado", uma dimensão não reconhecida, no pensamento do autor.1. Não estamos tomando aqui "teoria crítica" como sinônimo da teorização da Escola de Frankfurt. 2. Apesar de a autora discutir Foucault e Deleuze, estamos interessados exclusivamente em Foucault.
O objetivo desse estudo é avaliar as interações ao longo de um semestre entre alunos de uma disciplina do Ensino Superior gratuito em Pedagogia de um consórcio público de universidades brasileiras e a equipe de tutoria. Tendo como objetivo principal a análise da presença ou não da empatia entre os interlocutores em questão, utilizamo-nos de metodologia tanto quantitativa quanto qualitativa. A partir da análise do corpus, as mensagens oriundas da “Sala de Tutoria”, buscamos averiguar os temas mais recorrentes, bem como a presença da comunicação empática nas interações. Com relação aos temas, 86,9% giravam em torno de notas. Isso demonstra um excesso de preocupação com a avaliação, ainda mais se compararmos com interações cujo objetivo era discutir algum conteúdo das aulas – índice que representou apenas 1,4% das conversas. Quanto à natureza empática da comunicação, percebemos algum traço empático em 52,2%. Desse conjunto, 92,5% das conversas foram classificados como oportunidades empáticas negativas, nas quais os alunos demonstravam algum sentimento negativo. Quando analisamos as respostas oferecidas pelos tutores, cerca de 67% são classificadas como terminadores empáticos e somente 15,3% das respostas foram percebidas como apropriadas, no sentido de oferecer um retorno às demandas emocionais demonstradas pelos alunos.
El artículo pone el foco en una de las políticas científicas más importantes de Chile con vistas a formar capital humano avanzado a nivel de posgrado: 'Sistema bicentenario Becas Chile'. Desde una mirada macro, la política se encuentra orientada a incrementar la circulación de cerebros (brain circulation), siendo su principal característica que las y los becarios deben asumir un compromiso obligatorio de retorno para, de este modo, evitar una 'fuga de cerebros' (brain drain). El objetivo de este artículo se centra en un aspecto específico de ese proceso: poner énfasis analítico en lo micro, centrándonos en las percepciones que tienen los actores en torno a la utilidad social del conocimiento científico que ellos mismos producen. Así, proponemos examinar los motivos, las expectativas y las estrategias que los actores expresan a la hora de elegir los temas de investigación que abordan en el doctorado. Los resultados apuntan a que los conocimientos obtenidos en el extranjero pueden repercutir en una 'utilidad social' pero no son del todo aprovechados en la medida que la obligatoriedad de retorno no viene acompañada de garantías para la reinserción profesional en el país de origen. PALABRAS CLAVE: movilidad científica; producción de conocimientos; utilidad social del conocimiento; circulación de cerebros; fuga de cerebros.
O artigo apresenta uma prática de etnografia da audição ou sonora, que pode embasar trabalhos que investiguem mundos sonoros propondo uma conjugação do ver e ouvir, em vez de uma hierarquia entre ambos, do que resultaria pensar em termos de paisagens sonoras ou dos sons enquanto imagens simbólicas. O campo teve duração de quase dois anos e foi realizado em uma escola de Música, onde acompanhei o processo de formação profissional de um maestro de orquestra. No auge de uma sociedade imagética, o campo é um reduto de pessoas que primam por uma relação diferenciada com a vida e no contato com seus pares. Reflito sobre as faculdades do ver e do ouvir, intensamente discutidas pela Antropologia, e comparo às peculiaridades observadas in loco. A conclusão é de que audição e visão estão imbricadas o tempo todo no campo, compondo imagens sonoras que são interpretadas pelos nativos e mobilizadas na performance, auxiliando de modo mais efetivo tanto o convívio entre os músicos quanto a execução musical.
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