Resumo A nova precarização do trabalho, a precarização flexível, apresenta mudanças e novos elementos significativos no quadro de precariedade do trabalho. Enquanto manifestação histórica, insere-se paulatinamente no bojo das reformas estruturais-econômicas e institucionais-políticas. O objetivo deste texto foi propor um mapa conceitual da nova precarização do trabalho. O mapa conceitual é uma ferramenta crítica para o desenvolvimento de uma investigação científica e articula conceitos, contexto e influências teóricas para promover o avanço da pesquisa no campo do objeto estudado. Três dimensões consubstanciaram o mapa proposto: o contexto, sintetizado na ascensão do neoliberalismo, na hegemonia do setor financeiro, na reestruturação produtiva e na globalização da economia; as práticas flexíveis, na condição de manifestações e causalidades dos arranjos sociais, expostas em termos de naturalização do desemprego, fatalismo econômico, esvaziamento do Estado, santidade dos contratos, desregulamentação, intensificação do trabalho, captura do savoir faire , descentralização e desterritorialização das unidades produtivas, manipulações tecnocráticas, enfraquecimento dos sindicatos, trabalho parcial ou temporário, terceirização e desespecialização; e, as categorias, expressões relacionais identificadas como capitalismo flexível, empresa flexível, flexibilidade (regulação flexível), precarização social e a passagem da subsunção formal à real. Fornecendo uma imagem síntese que busca apreender criticamente a concreticidade do real, o mapa pode ser utilizado como roteiro para novas pesquisas e contribuir para a crítica no campo dos estudos organizacionais.
The new precarization of work, flexible precarization, presents changes and significant new elements within the context of precarious work. As a historical manifestation, it has gradually been included within structural-economic and institutional-political reforms. This paper aims to propose a conceptual map of the new precarization of work. The conceptual map is a critical tool for developing a scientific investigation and links concepts, context, and theoretical influences to promote the advancement of research in the field of the object studied. Three dimensions embodied the proposed map: the context, synthesized in the rise of neoliberalism, in the hegemony of the financial sector, in productive restructuring, and in economic globalization; flexible practices, in the condition of manifestations and causalities of the social arrangements, exposed in terms of the naturalization of unemployment, economic fatalism, the emptying of the State, the sanctity of contracts, deregulation, work intensification, the capture of savoir faire , decentralization and deterritorialization of productive units, technocratic manipulations, the weakening of the unions, part-time or temporary work, outsourcing, and despecialization; and the categories, relational expressions identified as flexible capitalism, flexible business, flexibility (flexible regulation), social precarization, and the movement from formal to real subsumption. Providing a synthesized image that seeks to critically apprehend the concreteness of the real, the map can be used as a script for new research and to contribute to critiques in the field of organizational studies.
Este trabalho tem como objetivo analisar o uso das redes sociais por museus universitários, como ferramentas de comunicação externa, durante o período de agosto de 2019 a julho de 2022. A pesquisa emprega técnicas de etnografia para a coleta e análise de dados. Analisando as redes sociais dos museus selecionados, percebeu-se que foram desenvolvidas variadas estratégias para cumprir com o papel social nesse período, e intensificando as ações no período que estiveram temporariamente fechados. O estudo realizado mostrou que a pandemia aproximou os Museus Universitários ao ambiente virtual através do uso das redes sociais, Facebook, Instagram e Youtube, apresentando ao público um novo viés das instituições, além de preservar, salvaguardar, eles podem se adaptar no processo de diálogo com a comunidade. Tal adaptação trouxe aos museus uma nova forma de relacionar-se com seu público, e, que se sugere, permanecer mesmo após a reabertura.
A Incubadora de Tecnologias Sociais e Solidárias – ITESS é um setor da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários voltados para o fomento e incubação de empreendimentos em Economia Solidária, pautados nos pilares de Autogestão, Gestão Científica, Incubação, Formação Cidadã, Segurança Alimentar, Agroecologia e Produção Orgânica e Questões de Gênero. Para Singer (2002) as formas alternativas de economia surgiram ainda no final do século XIX com o empobrecimento dos artesãos devido aos graves danos sociais causados pelo capitalismo industrial. Sendo que estas ações são fortemente pautadas na educação popular, cabe às Universidades fortalecer estes grupos, oferecendo qualificação técnica, em diversas áreas desde a gestão até às áreas técnicas de produção, como produção de alimentos desde a terra até o consumo (aspectos nutricionais). Diante disso os projetos desenvolvidos atualmente estão atrelados também à Agricultura Familiar. A metodologia de trabalho da Incubadora é dinâmica e se adapta a partir das demandas sociais, oportunidades de financiamento e parcerias com organizações dos diversos setores – sempre através de projetos de extensão, sendo que em todas as perspectivas de alternativa social e econômica se mantém. Muitos são os desafios da prática extensionista, mas podem-se destacar três principais no modelo da ITESS: 1) a infraestrutura ofertada para que os grupos sociais iniciem sua atividade produtiva é adaptada de um espaço de ensino, e como tal, possui limitações físicas, bem como limitações de investimento e financiamento; 2) Pela característica de incubação através de projetos, muitas demandas dos grupos sociais e da comunidade acadêmica envolvida surgem depois do início das atividades, o que provoca a necessidade de ajustes no projeto inicial, ou a submissão de novos projetos para atender novas demandas, antes não previstas. E por fim, 3) ainda são pouco conhecidas as práticas da ITESS/UFGD pela comunidade interna e externa, apesar de alguns projetos incubados se destacarem. Destaca-se este último desafio, pois o aumento da procura pelos serviços da incubadora, inclusive como oportunidade de extensão pelo público universitário, possibilitaria o efetivo compromisso da extensão universitária, colocando os acadêmicos em contato com a comunidade e colocando em prática e desenvolvendo seus conhecimentos. Observa-se ainda que as cooperativas - que foram o primeiro tipo de empreendimento a romper os paradigmas de Capital e Trabalho - ainda não são um público atendidos pela ITESS/UFGD sendo, portanto, uma oportunidade para projetos futuros.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.