O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre as características dos indivíduos e do contexto no uso de serviços odontológicos no Brasil, e analisar as diferenças entre grupos populacionais nas proporções de uso destes serviços entre os anos de 1998 e 2003. Foram analisados os dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílios (PNAD) de 2003, a partir de modelo logístico hierárquico das chances de um indivíduo nunca ter consultado o dentista segundo características do indivíduo e do contexto das unidades da federação. Foi observado que a chance de nunca ter visitado o dentista foi 20% maior para os homens; maior para os idosos em comparação com os de 50 a 64 anos; 3,4% menor para os de raça branca; 46,6% menor para os que possuem plano de saúde; e 42,9% menor para os que residem em região urbana. Para cada ano a mais de estudo, a chance foi 17% menor. Comparando com os 20% mais pobres, a chance de nunca ter consultado o dentista foi 27,1% menor para os indivíduos do segundo quintil de renda familiar per capita e 74,1% menor para os 20% mais ricos. Variáveis contextuais mostraram associação com o uso de serviços odontológicos que foi menor entre as unidades da federação mais pobres, com menor estrutura, com menor oferta de serviços odontológicos, médicos e serviços de saúde de maior complexidade.
BackgroundSmoking epidemic in Brazilian women has later onset, smaller magnitude, and slower decreasing trend, compared to men. Among pregnant women, smoking has an additional deleterious effect. The purpose of this study was to analyze smoking prevalence during pregnancy and associated factors, and to describe the frequency of smoking reduction and cessation in public maternities of Rio de Janeiro State, southeastern Brazil, in 2011.MethodsA cross-sectional study was conducted in two maternities located at public hospitals in two cities of the Rio de Janeiro state, Niterói (maternity A) and of Rio de Janeiro (maternity B). Data were gathered by interviews 12 hours after the delivery, and analyses of prenatal cards and medical records. Smoking prevalence according to maternal characteristics, adequacy of prenatal care, and proportions of smoking reduction and cessation during pregnancy were calculated. Factors associated to smoking during pregnancy were estimated by logistic regression analysis.ResultsSmoking prevalence at maternity A (24.8%, 95% CI: 21.1-29.0) and maternity B (17.9%, 95% CI: 15.8-20.1) were high. Prevalence rates were greater in women aged 20-34 years, mainly without partner, multiparous and brown or black skin color. Low education (OR = 2.14, 95% CI 1.21, 3.79) and multiparity (OR = 3.48, 95% CI 1.78, 6.81), at maternity A; adolescence (OR = 0.44, 95% CI 0.26, 0.75), black skin color (OR = 1.71, 95% CI 1.06, 2.74), low education (OR = 1.61, 95% CI 1.08, 2.40), and multiparity (OR = 1.58, 95% CI 1.03, 2.44), at maternity B, were associated with smoking in multivariable analysis. Adequacy of prenatal care and smoking prevalence showed an inverse association. More than half of the smokers kept the smoking habits during pregnancy. Reduction occurred mainly between the 1st and 2nd trimesters of pregnancy.ConclusionSmoking prevalence during pregnancy was higher for multiparous and less educated women. Population and individual strategies for smoking prevention and control must include actions specific for women, especially during the reproductive period.
Apesar da redução da mortalidade na infância, as causas ainda são majoritariamente evitáveis, e a sobrevida pode estar condicionada à situação de ameaça à vida ao nascer. Foram estimadas a carga de ameaça à vida ao nascer, de near miss neonatal, e a mortalidade, com ênfase na evitabilidade, e sobrevida na infância, em coortes de nascidos vivos. Estudo de coorte retrospectiva de nascidos vivos residentes no Município do Rio de Janeiro (2012-2016). Os bancos de dados dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade foram relacionados. Critérios pragmáticos foram utilizados para definir ameaça à vida e near miss. Óbitos foram classificados segundo a lista brasileira de causas de mortes evitáveis. Foram estimados indicadores de morbimortalidade e a sobrevida (Kaplan-Meier). Dos 425.505 nascidos vivos, 2,2% apresentaram ameaça à vida ao nascer. As taxas de mortalidade na infância, infantil e neonatal foram, respectivamente: 0,01; 0,06 e 14,97 por mil pessoas-dia. Causas evitáveis, não claramente evitáveis e mal definidas corresponderam, respectivamente, a 61%, 35% e 4% dos óbitos. O risco de morte por causas evitáveis atribuível ao nascimento com ameaça à vida foi de 97,6%. A sobrevida foi menor entre recém-nascidos com ameaça à vida, comparados àqueles sem ameaça à vida. Os critérios pragmáticos de ameaça à vida determinaram o perfil de mortalidade proporcional por causas de morte segundo os três grupos de causas da lista brasileira de causas de mortes evitáveis. Nascer com ameaça à vida define crianças com maior risco de morbimortalidade e põe, em pauta, a discussão sobre a vulnerabilidade e as necessidades de assistência às crianças e do apoio social às suas famílias.
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