O presente trabalho propõe uma análise do currículo do Curso Técnico Profissionalizante em Dança do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Itabuna, Bahia, baseada nas teorias críticas e no ideário emancipatório de Paulo Freire, a fim de identificar a existência de conteúdos eleitos segundo os mecanismos de dominação advindos da colonialidade. Além disso, a pesquisa alerta para a urgência de construção de práticas que descolonizem o currículo para uma formação técnica profissionalizante em Dança pautada no respeito à diversidade cultural. A pesquisa quanto a sua abordagem, é qualitativa; quanto a sua natureza, básica; quanto aos objetivos, exploratória; e quanto aos procedimentos, bibliográfica. Para realizar a pesquisa, foram analisadas recentes teorias das ciências que versam sobre Educação (FREIRE, 1967; 1987; 1989; 1996), Dança (SANTOS, 2009) (SETENTA, 2017), Biopolítica (FOUCAULT, 1987; 1988; 1999) (AGAMBEN, 2009), Currículo (RANGHETTI; GESSER, 2009) (SILVA; 2010) e pensamento descolonial (COSTA; 2006) (GOMES, 2012) (KILOMBA, 2019) (MBEMBE, 2016). Concluiu-se que o currículo referido não foi elaborado a partir de uma construção participativa, colaborativa, e que sua lógica ainda é eurocêntrica.
The present work reflects on the expanded dramaturgical conception of an acting black poetics entitled Afrocênica, immersed in the AFRO(en)CENA Collective, through the scenic experiment Travessias… ciclos transatlânticos. The concept of expression in the ritual scene is discussed, outlining the notion of a dramaturgy in cycles, inspired by the worldview of Candomblé Congo-Angola. It is intended to contribute to the expansion of epistemologies within the scope of black performance, especially in the investment in new scenic writings that take into consideration the horizontality of the black scene based on the traditional social ritual production of the Bantu.
RESUMO O presente trabalho reflete sobre a concepção dramatúrgica expandida de uma poética negra em exercício intitulada Afrocênica, imersa no Coletivo AFRO(en)CENA, por meio do experimento cênico Travessias... ciclos transatlânticos. Problematiza-se o conceito de expressão na cena ritual, alinhavando a ideia de uma dramaturgia em ciclos, inspirada na cosmovisão do Candomblé Congo-Angola. Pretende-se contribuir para o alargamento de epistemologias no âmbito da performance negra, sobretudo no investimento de novas escritas cênicas que contemplem a horizontalidade da cena preta a partir da produção ritual social tradicional dos Bantu.
O nosso intuito é o de que os trabalhos aqui publicados gerem discussões em torno dos temas emergentes mas, também, dos temas que retomam olhares sobre assuntos já amplamente discutidos. Da história do Ensino das Artes no Brasil, do compartilhamento de metodologias que se pretendem inovadoras, passando por diferentes espaços de aprendizagem, o que se pretende é dar a ver uma gama ampla de perspectivas e reflexões sobre elas, no sentido de avançar com a revisão de temas, conteúdos e práticas pluriversais que alimentam a trajetória inconclusa da docência, como apresentado nas pesquisas aqui postas.
Resumo: O presente trabalho reflete sobre a criação de um conceito acerca da observação de novas poéticas africanas e afrodiaspóricas da cena teatral contemporânea. Para isto, relacionamos o referido conceito a uma proposta metodológica de ensino das artes, intitulada Pedagogia da Circularidade. Esta diretriz considera a cognição de qualquer processo por uma perspectiva descolonizada, compreendendo o indivíduo integralizado no processo, como proponente direto de ações e partilhas de conhecimento, desierarquizando o saber e a produção artística. Nestas reflexões agrupamos algumas estratégias de criação, com exemplos claros, especificamente na produção de três grupos: Grupo Elinga-Teatro
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