O artigo tem como objetivo levantar a produção acadêmica em torno do Programa Mulheres Mil, a partir das produções acadêmico-científicas em nível stricto sensu, como parte de pesquisas qualitativas em andamento pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, tendo a opção teórico-metodológica de análises bibliográfica e documental, com base no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES (2019-2021). Como política pública de educação profissional, o Programa foi inicialmente formulado e implementado como experiência-piloto em treze estados das Regiões Norte e Nordeste do Brasil, mediante acordo estabelecido com o Canadá, a partir de 2007. Inicialmente o objetivo seria de promover a formação profissional e tecnológica para mil mulheres, originárias das regiões Norte e Nordeste do país, até o ano de 2010. Em 2011, uma Portaria do MEC, institucionalizou em nível nacional o Programa, visando qualificar 100 mil mulheres em vulnerabilidade social, até 2014. Os resultados parciais mostram que as pesquisas sobre o Mulheres Mil ainda são incipientes para indicar os resultados da sua implementação e da consecução dos objetivos em relação ao desenho original.
Objetiva-se analisar estudos sobre o Programa Nacional Mulheres Mil (PMM) nas produções acadêmicas dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu do Brasil, realizando o levantamento quantitativo, as regiões em que foram produzidas, considerando para análise as concepções de educação, trabalho e políticas públicas definidas nos trabalhos. Parte-se do entendimento de que política pública é ação de Estado e que essas são direcionadas para solucionar problemas sociais. Assim, problematiza o direcionamento do PMM às mulheres em situação de vulnerabilidade. A metodologia utilizada foi a pesquisa do tipo estado do conhecimento (ou estado da arte) que tem como finalidade levantar dados sobre o conhecimento produzido a respeito da temática, por meio do mapeamento sobre o que outros pesquisadores já publicaram. Os resultados apontaram que os trabalhos em sua maioria discutem sobre educação e trabalho e articulam a visão de mercado de trabalho a partir da compreensão de que as políticas públicas tem um papel fundamental no progresso de uma sociedade, nesse sentido, é importante refletir sobre a qualificação das pessoas, que se possa proporcionar um desenvolvimento para além do mercado de trabalho.
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