A presença de padrões de multimorbidade tem sido relacionada à incapacidade funcional nas atividades básicas (ABVD) e instrumentais (AIVD) de vida diária, que são essenciais ao autocuidado e autonomia do idoso. Assim, o objetivo do estudo foi estimar a associação dos padrões de multimorbidade com a presença de incapacidade funcional em idosos brasileiros. Tratou-se de um estudo transversal, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), realizada com idosos brasileiros (≥ 60 anos). As medidas de incapacidade funcional foram provenientes de questionários autorreferidos, categorizadas em atividades básicas de vida diária (ABVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Os padrões de multimorbidade analisados foram: (1) cardiorespiratório; (2) vascular-metabólico; e (3) mental-musculoesquelético. As variáveis de ajuste incluíram idade, sexo, anos de estudo e região do país. Foram realizadas análises de regressão logística multivariável, estimando-se as odds ratio (OR) brutas e ajustadas, pelo software Stata 16.0. Os idosos classificados nos padrões mental-musculoesquelético tiveram maiores chances de ter incapacidade nas ABVD (OR = 2,72; IC95%: 2,33; 3,18), enquanto aqueles com padrão cardiopulmonar mostraram maiores chances de incapacidade nas AIVD (OR = 2,65; IC95%: 1,95; 3,60), quando comparados aos que não tinham os mesmos padrões de acometimento. Concluiu-se que todos os padrões de multimorbidade analisados foram associados à presença de incapacidade nas ABVD e AIVD e, assim, devem ser considerados no planejamento das ações para prevenção de incapacidades em idosos com multimorbidades.
Objective: The aim of this study was to estimate 5-year survival and the burden of cancer in a medium-sized city in Southern Brazil. Methods: A cohort study was performed using governmental data of incidence and mortality from cancer at Florianopolis/SC, Southern Brazil. Survival rates were performed using Kaplan Meier methods and log-rank test to compare curves. Disability-adjusted life years (DALY), years lived with disability (YLD) and years of life lost (YLL) and age-standardized rates of each indicator were estimated. Results: Thyroid, prostate and melanoma of skin had higher survival rates. Cancers presenting the highest burden, in decreasing order, were thyroid, prostate, breast, trachea, bronchus and lung, followed by colon and rectum. Conclusion: The estimates in local level could be help the health services to improve their quality. Highest burden was related to thyroid, prostate and breast due to the highest survival rates. Other cancer as trachea, bronchus and lung, and colon and rectum had high burden due to mortality.
OBJETIVO Estimar a probabilidade de sobrevivência e os fatores prognósticos das neoplasias relacionados ao tabagismo em uma coorte de base populacional. MÉTODOS Trata-se de uma coorte com dados do Registro de Câncer de Base Populacional de Florianópolis, região Sul do Brasil, de 2008 a 2012. Utilizou-se o software Stata 16.0 para estimar as probabilidades de sobrevivência em cinco anos após o diagnóstico, pelo método de Kaplan Meier, e os riscos de óbito, pela regressão de Cox. RESULTADOS Foram incluídos 2.829 registros de câncer relacionados ao tabagismo, mais prevalentes entre pessoas do sexo masculino, com mais de 70 anos, nove anos ou mais de escolaridade, cor branca, com companheiro e diagnóstico metastático. Os agrupamentos mais frequentes foram cólon e reto (28,7%), traqueia, brônquios e pulmões (18,6%) e estômago (11,8%). No acompanhamento, 1.450 foram a óbito. O câncer de pâncreas foi o que apresentou pior probabilidade de sobrevivência (14,3%), seguido pelo câncer de fígado (19,4%). CONCLUSÃO Os fatores de risco para o óbito e as taxas de sobrevivência diferem entre os 13 tipos de câncer relacionados ao tabaco. O diagnóstico precoce e a prevenção primária são estratégias que devem ser aprimoradas para melhorar a sobrevivência e diminuir a carga relacionada a esses tipos de câncer.
OBJETIVO: Testar a associação entre a prática de atividade física (AF) de acordo com os trimestres gestacionais e a ocorrência de parto cesáreo, prematuridade e baixo peso ao nascer em puérperas atendidas no Sistema Único de Saúde de Santa Catarina, Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com amostra probabilística de puérperas que tiveram seus partos em maternidades da rede pública de Santa Catarina no período de janeiro a agosto de 2019. O desfecho parto cesáreo foi autorreferido e as informações sobre parto prematuro (< 37 semanas gestacionais) e baixo peso ao nascer (< 2.500 gramas) foram obtidas dos prontuários. A prática de AF durante a gestação e conforme cada trimestre foi autorreferida. Foram realizadas análises de Regressão Logística Multivariável e entrevistas com 3.580 puérperas. RESULTADOS: A prática de AF durante qualquer período da gestação foi relatada por 20,6% da amostra, com redução gradativa das prevalências conforme os trimestres gestacionais (16,2%, 15,4% e 12,8%). As maiores prevalências dos desfechos em relação à amostra total, foram observadas nas puérperas não praticantes de AF no terceiro trimestre, sendo 43,9% para o parto cesáreo, 7,7% para o baixo peso ao nascer e 5,5% para o parto prematuro. As chances de parto cesáreo (OR = 1,40; IC95% 1,10–1,76) e de baixo peso ao nascer (OR = 1,99; IC95% 1,04–3,79) foram, respectivamente, 40% e 99% maiores entre as puérperas que não praticaram AF no terceiro trimestre da gestação quando comparadas àquelas que praticaram AF. Não houve associação da prática de AF com a prematuridade. CONCLUSÃO: As puérperas que não praticavam AF no terceiro trimestre da gestação tiveram maiores chances de parto cesáreo e de terem recém-nascidos com baixo peso.
Aim: To compare anthropometric characteristics of German-born vs. Asian-born mothers and their neonates. Material and Methods: We analysed data from the German Perinatal Survey of 1995-2000; 1 907 265 singleton pregnancies occurred in women originating from Germany and 23 206 occurred in women originating from Asia. We compared maternal height, weight, and body mass index (BMI) as well as birth weight, neonatal body length, and neonatal head circumference. Neonates were classified by birth weight percentiles: neonates < 10th birth weight percentile were "small for gestational age" (SGA), those > 90th birth weight percentile were "large for gestational age" (LGA), all others were "appropriate for gestational age" (AGA). Results: German-born and Asian-born mothers differed considerably in anthropometric measures; German-born women were taller, heavier, and more likely to be obese. Neonatal anthropometric measures also differed; mean birth weight, body length, and head circumference all indicated that neonates of Asian-born mothers were smaller. For term births, birth weight percentiles of neonates of Asian-born mothers were mostly below those of neonates of German-born mothers. Neonates of Asian-born mothers were more often classified as SGA and less often as LGA when birth weight percentiles of the overall population (regardless of maternal country of origin) were used. Conclusions: Considerable differences exist in the anthropometric characteristics of German-born vs. Asian-born mothers and their neonates. Awareness of such differences is important in obstetric and neonatal practice, especially with regard to the somatic classification of neonates as SGA, AGA, or LGA. Zusammenfassung ! Zielstellung: Vergleich der Körpermaße von in Deutschland geborenen und in Asien geborenen Müttern und deren Neugeborenen. Material und Methoden: Wir analysierten Daten der deutschen Perinatalerhebung der Jahre 1995-2000: 1 907 265 Einlingsschwangerschaften von in Deutschland geborenen Frauen und 23 206 Einlingsschwangerschaften von Frauen aus Asien. Verglichen wurden mütterliche Körperhöhe, Körpergewicht und Body-Mass-Index (BMI) sowie Geburtsgewicht, Körperlänge und Kopfumfang der Neugeborenen. Der somatische Entwicklungsstand der Neugeborenen wurde mithilfe von Geburtsgewichtsperzentilen klassifiziert: Neugeborene < 10. Geburtsgewichtsperzentile waren "small for gestational age" (SGA), Neugeborene > 90. Geburtsgewichtsperzentile waren "large for gestational age" (LGA), alle anderen waren "appropriate for gestational age" (AGA). Ergebnisse: Aus Deutschland und Asien stammende Mütter unterschieden sich deutlich in ihren Körpermaßen. In Deutschland geborene Mütter waren größer, schwerer, und häufiger adipös. Die Körpermaße der Neugeborenen unterschieden sich ebenfalls. Mittleres Geburtsgewicht, neonatale Körperlänge und Kopfumfang belegten, dass Neugeborene aus Asien stammender Mütter kleiner waren. Die Geburtsgewichtsperzentilen von Termingeborenen aus Asien stammender Mütter lagen meistens unter denen von Neugeborenen in Deutschl...
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