Resumo: O culto à Jurema, desenvolvido e intrinsecamente associado ao conceito de "índio", foi perseguido e reprimido, principalmente com a proibição durante os anos 40 de qualquer prática religiosa relacionada ao universo afro-brasileiro, e foi perseguido em diferentes áreas e contextos até a segunda metade da década de 1960. As informações foram obtidas a partir de pesquisas bibliográficas sobre o tema, de cunho exploratório e de natureza investigativa. Objetivamos, neste artigo, compreender os organismos simbólicos de que se utilizam os adeptos da Jurema, uma religião afro-ameríndia, em face à sua legitimidade como elemento cerimonial e cultural. Para tanto, enfocaremos as práticas dessa religiosidade nas diferentes vertentes religiosas, construídas sobre esse alicerce simbólico, valorizando as representações étnicas e religiosas dos índios brasileiros e dos afrodescendentes da região Nordeste do Brasil. Perante a um universo fluidificado e integralmente conectado, a Jurema Sagrada reivindica até mesmo sua legitimidade como arcabouço da identidade nacional.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.