A Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) é uma modalidade de pós graduação que oferece uma formação teórico prática latu sensu, com o intuito de formar especialistas de diversas áreas profissionais da saúde com capacidade para promover ações integradas e visando a prevenção, promoção e reabilitação dos pacientes. O presente artigo tem como objetivo relatar as perspectivas e os principais desafios de um profissional fisioterapeuta inserido no Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral em Traumatologia e Ortopedia vinculado a Universidade do Estado do Pará (UEPA). Este estudo consiste em um relato descritivo de experiência de caráter retrospectivo, da inserção e atuação de uma fisioterapeuta no ambulatório de fisioterapia de um Hospital Regional, com atividades realizadas no período de março a maio de 2021. As perspectivas sobre o programa de RMS é que forme um profissional com formação humanista, generalista assim como estar responsável por atuar de forma crítica, reflexiva, com autonomia, responsabilidade, conduta ética, além de rigor científico e intelectual na área de traumatologia e ortopedia. Entretanto, os desafios enfrentados nesses primeiros meses vão desde a pouca atuação multiprofissional no ambulatório do HRBA até a extensa carga horária teórico- prática, perpassando pela falta de disciplina específica no primeiro ano de residência. Conclui-se que apesar da sobrecarga causada ao residente por conta da extensa carga horária do programa, a residência multiprofissional em ortopedia e traumatologia proporciona uma vivência teórico prática que enriquece o leque de experiência do profissional, contribuindo de forma efetiva na assistência ao paciente.

Este artigo descreve as experiências de formação dos residentes em estratégia saúde da família numa Unidade Básica de Saúde Fluvial na Amazônia. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa. A experiência relatada se desenvolveu em outubro de 2018, com ribeirinhos de 20 comunidades do Baixo Amazonas, durante as atividades de assistência, ensino, pesquisa e extensão na Unidade Básica de Saúde Fluvial - Barco Abaré I. A inserção em atividades como essa faz parte da grade curricular de uma residência em estratégia saúde da família, que conta com profissionais nas áreas de enfermagem, odontologia e farmácia. Para fins de aprendizado utilizou-se de ferramentas de metodologias ativas como o diário reflexivo individual. Os principais aprendizados dessa experiência foram: conhecer a realidade local das comunidades ribeirinhas e refletir sobre as condições de vida e determinantes da saúde na Amazônia.  A importância da vivência no Abaré I foi favorecer experiências para além do âmbito tecnicista, facilitando o contato com a realidade particular da Amazônia, ao mesmo tempo que serviu para entender as necessidades e fragilidades da unidade fluvial na assistência à saúde do contexto ribeirinho.

Resumo: Este paper resulta de ações desenvolvidas no correr do componente curricular denominado Interação na Base Real (IBR), subdividido em quatro semestres letivos. O IBR é uma ferramenta formativa nos cursos de saúde do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Oeste do Pará, também funciona como um elo entre a comunidade acadêmica e a sociedade que vive no contexto do oeste do Pará, almejando alcançar atribuições extensionistas. Durante as ações na comunidade, intencionamos construir com comunitários uma conceituação sobre a saúde, apresentando-a não é apenas ausência de doença, mas como o bem-estar biopsicossocial. Trata-se de um relato de experiência das ações de ensino/extensão realizadas junto à uma comunidade rural amazônica. Metodologia utilizada: A partir das visitas de campo à comunidade realizamos: conversas informais, observação no local e análise bibliográfica em plataformas acadêmicas. Palavras-chaves: Saneamento Ambiental. Saneamento Básico. Esgotamento Sanitário.

O objetivo desse estudo consistiu em avaliar o perfil e o desempenho de acadêmicos de cursos da área da saúde em tempos de pandemia Covid-19 em uma Universidade pública localizada no interior da Amazônia. Trata-se de um estudo descritivo-quantitativo, realizado por meio de um questionário online com 50 acadêmicos de idade entre 18 a 52 anos no período de setembro a novembro de 2021. Os resultados mostraram que a maioria dos acadêmicos participantes foram mulheres (82%), apontaram estado civil de solteiro (76%) e com renda mensal de até dois salários-mínimos (62%). Durante a pandemia os participantes conseguiram manter suas atividades físicas de pelo menos três vezes na semana (42%) e a maioria (66%) não apresentou vínculo empregatício. Quanto as questões de saúde os resultados mostraram que os acadêmicos (60%) não testaram positivo para Covid-19 até dia 30 de novembro de 2021 e não necessitaram de afastamentos e/ou internações por motivos de doenças (76%). Em relação ao desempenho acadêmico, discentes relataram (62%) apresentar espaço para estudos em domicílio, o uso celular para assistir as aulas (50%) através do wifi (68%), que não ter aulas práticas impacta negativamente no desempenho (82%), e que tiveram dificuldades em algum momento com assuntos trabalhados online (90%). Verificou-se que a maior dificuldade dos acadêmicos esteve relacionada ao entendimento dos conteúdos na sala de aula virtual. A partir dos resultados, conclui-se que o momento pandêmico ocasionado pelo novo coronavírus afetou a forma de ensino aprendizagem desses universitários e trouxe desafios importantes que influenciaram no desempenho acadêmico.