Introdução: A osteoporose é a doença metabólica mais comum do osso e os bifosfonatos são o seu tratamento de primeira linha. Apesar de eficazes a reduzir o risco de fraturas osteoporóticas têm surgido relatos de fraturas atípicas do fémur aparentemente relacionadas com a terapêutica prolongada com estes fármacos. Descrição do caso: Apresenta-se o caso de uma doente de 78 anos, diagnosticada há 21 anos com osteoporose. Ao diagnóstico foi medicada com ácido ibandrónico 150mg mensal. Em 2007 foi feito switch terapêutico para ácido alendrónico 70mg + colecalciferol 2800 U.I., semanal, o qual mantém desde então, perfazendo treze anos de terapêutica com esse fármaco. Foi transportada ao serviço de urgência de ortopedia na sequência de um trauma de baixa energia, do qual resultou uma fratura subtrocantéria do fémur esquerdo. Comentário: A relação causal entre o uso prolongado de bifosfonatos e as fraturas atípicas do fémur ainda não está estabelecida. Contudo, esta associação não deve ser ignorada, sendo essencial avaliar os riscos e benefícios antes de iniciar o tratamento, bem como promover uma vigilância ativa dos pacientes sob terapêutica prolongada com bifosfonatos. Os estudos reportam que mais de metade dos doentes que sofrem uma fratura atípica do fémur têm pródromos de dor na coxa ou na virilha, o que ocorreu no caso relatado, pelo que são sintomas que devem ser valorizados e ativamente questionados, sobretudo nos doentes medicados com bifosfonatos. Independentemente deste risco potencial, os bifosfonatos continuam a ser os fármacos de primeira linha para a prevenção de fraturas osteoporóticas, devendo a duração do tratamento ser individualizada.
Introdução: O herpes zoster (HZ) é uma doença que resulta da reativação do vírus varicela-zoster (VVZ). Tipicamente manifesta-se como um exantema vesicular doloroso que segue a distribuição de um dermátomo. Contudo, existem outras formas menos frequentes em que o HZ se manifesta em vários dermátomos, como é o caso do HZ multidermatomal. Descrição do caso: Trata-se de uma doente do sexo feminino de 72 anos, que recorreu à consulta com dor hemicraneana e mandibular à esquerda, associada a áreas eritematosas dispersas pelo couro cabeludo do hemicrânio esquerdo, na hélice do pavilhão auricular esquerdo, com vesículas milimétricas e uma pequena lesão eritematosa na região mandibular esquerda com esboço de vesículas. Foi medicada com valaciclovir 1000mg de 8 em 8 horas durante sete dias, com melhoria progressiva das queixas álgicas e do exantema. Comentário: O HZ clássico de dermátomos torácicos é o mais frequentemente descrito na literatura. Existem vários relatos de caso de HZ multidermatomal, afetando sobretudo a cabeça e o pescoço, tendo já sido propostos mecanismos que podem explicar a maior propensão do VVZ para se disseminar por vários dermátomos nestas localizações. Apesar de menos frequente, é importante conhecermos esta manifestação atípica de HZ, de modo a permitir o diagnóstico e tratamento precoces, no sentido de melhorar o prognóstico e diminuir complicações, como a dor neuropática crónica.
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