RESUMO Introdução As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina (2014) determinam como perfil do egresso médico uma identidade generalista, humanista, crítica, reflexiva e multicultural. Isto exige habilidades biopsicomotoras qualificadas (competências de cuidar, curar e reabilitar pessoas e suas famílias). Os núcleos psicopedagógicos nacionais encontram no atendimento desses estudantes conflitos pessoais, pedagógicos e familiares traduzidos em transtornos mentais. As disfunções familiares estarão relacionadas ao aumento dessa prevalência na graduação médica (socialização secundária)? Uma socialização primária insatisfatória contribuiria para o adoecer no processo do adultecer? Objetivos Verificar o perfil sociodemográfico, psiquiátrico e familiar de estudantes de Medicina numa instituição federal do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Métodos A pesquisa foi um estudo quali-quantitativo, com intervenção observacional, exploratória, transversal, descritiva e inferencial. A coleta de dados foi feita por meio de dois instrumentos: (1) um questionário construído para esta pesquisa, autoaplicável, com variáveis sociopsicodemográficas e categorias familiares disfuncionais descritas na literatura; (2) o Mini International Neuropsychiatric Interview (Mini), versão 5.0.0, compatível com os critérios do DSM-IV e validado por Patrícia Amorim/2000. Os dados foram colhidos após consentimento livre e esclarecido (TCLE) e organizados em banco de dados, no Excel. A análise foi feita com o software estatístico R. As variáveis quantitativas foram analisadas por desvio padrão, média, mediana e moda. As variáveis qualitativas tiveram análises de frequência. Foram realizados testes estatísticos: exato de Fisher, Wilcoxon bilateral, Qui-Quadrado e Shapiro-Wilk, de acordo com as variáveis e objetivos da análise. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa. CAAE: 67590317.5.0000.5258, em 25/07/2017. Resultados Foram avaliados 129 alunos, com 18 a 32 anos de idade, do primeiro ao 12º período da graduação, 49% do sexo feminino e 51% do sexo masculino. Prevalência de transtorno de ansiedade generalizada: 39,53%; de depressão (atual ou recorrente): 32,56%; e risco de suicídio: 28,68%. A depressão possuiu forte correlação com história familiar de transtorno psiquiátrico (p-valor: 7.639e-08) e com o relacionamento dos pais. Ela esteve presente naqueles com pais divorciados, viúvos ou sem relacionamento (p-valor: 0.008291). O risco de suicídio foi maior entre acadêmicos do ciclo básico, do primeiro ao quarto período da graduação (p-valor: 0,01), e possuía forte correlação com ter sofrido ou sofrer bullying (p-valor: 0,02), ter uma religião (p-valor: 0,006), e depressão (p-valor: 0,03) ou transtorno de pânico (p-valor: 4.903e-05). Houve correlação entre depressão (p-valor: 1.248 e-09) e risco de suicídio (p valor: 0.0009) nos que tinham problemas de comunicação na família. Transtorno de pânico foi observado em 17,05% dos entrevistados, sexo feminino (p-valor: 0.00583). Isto decorre do relacionamento dos pais. Os alunos com pais casados foram os mais afetados (p-valor: 0.01284) Conclusões: Os dados colhidos demonstraram correlações entre disfunções familiares e transtornos psiquiátricos, como depressão, risco de suicídio, transtorno de pânico e transtorno de ansiedade generalizada. Existe a necessidade de um ambiente de ensino-aprendizagem com espaços e cenários e educadores médicos que identifiquem precocemente o sofrimento psíquico na socialização secundária do futuro médico.
Objetivo: Diagnosticar a Amizade como estratégia didática. Métodos: Estudo qualitativo exploratório e descritivo. Questão norteadora: o que é Amizade e um professor amigo? Resultados: A sala de aula, Medicina Psicossomática, 2015 / 2º Semestre; 16 alunos brancos, no 6º, 7º e 8º períodos da medicina; 2, segunda graduação; 12 sexo feminino /4 masculino; idade média +/-25 anos; a maioria, 2 irmãos; provenientes sudeste e centro oeste; 3 casados; 2 com filhos. A Amizade, característica da essência humana, comunicação dos significados do corpo sensível. Os alunos pensam o professor, realizador do seu querer. Conclusão: As atividades pedagógicas na educação, formação e ação na saúde precisam incluir o sentir e o querer dos discentes. Os docentes necessitam competências da espiritualidade humana.
Não há conflito de interesse. RESUMOIntrodução: A ortorexia nervosa é um comportamento obsessivo-patológico relacionado à fixação por saúde alimentar. Esse quadro clínico ainda não foi oficialmente reconhecido como transtorno alimentar, não estando presente no DSM-V. Porém, discute-se na literatura o conceito da ortorexia nervosa, que inclui suas características, interações, sinais e sintomas e tratamento. Revisão: No presente trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática de quarenta e três artigos publicados desde 1997 no intuito de mapear o conhecimento sobre a ortorexia até o presente momento. Este trabalho enfocou a importância da atuação do médico nutrólogo no diagnóstico e acompanhamento desses pacientes conjuntamente a uma equipe multidisciplinar. A importância do delineamento dos grupos de risco, critérios diagnósticos e criação de métodos auxiliares como o teste ORTO-15 são fundamentais para o diagnóstico precoce desses pacientes tanto na esfera ambulatorial quanto na epidemiológica. O tratamento da ortorexia exige uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos nutrólogos, médicos psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, educador físico. Em alguns casos, as drogas antiserotoninérgicas podem ser exigidas como parte do tratamento. Conclusão: Conclui-se que são necessárias mais pesquisas de prevalência populacional, relatos de casos clínicos e investimento na definição dos critérios diagnósticos para esse transtorno alimentar ser categorizado como uma patologia. ABSTRACTThe orthorexia nervosa is related with obsessive thoughts about healthy nutrition. This symptom has not been officially recognized as an eating disorder yet, not being present in the DSM -V. However, the literature discusses the concept of orthorexia nervosa that includes these characteristics, interactions, signs and symptoms and treatment. This work shows a systematic literature review of forty-three articles published since 1997 in order to map the knowledge about orthorexia to this date. This work focused on the importance of physician specialist in nutrology on diagnosis and monitoring these patients with a multidisciplinary team. The definition of risk groups and the criteria for diagnosis creating auxiliary methods as the ORTHO -15 are essential for the early diagnosis of this condition. The treatment of orthorexia requires a multidisciplinary team, involving nutritional experts, doctors, psychiatrists, psychologists, nutritionists, physical educator. In some cases, anti-serotoninergic drugs may be required as part of the treatment. Conclusion: More research is needed to define the diagnostic criteria and the prevalence of this eating disorder.
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