RESUMO. Esse estudo pretende analisar possíveis fatores de influência para condutas autolesivas entre detentas da Colônia Penal Feminina do Recife. Seus objetivos específicos incluem formular estratégias de intervenção que diminuam a incidência dessa prática. Dois questionários foram elaborados: o primeiro para realizar um censo com todas as detentas, determinando a extensão do comportamento autolesivo e selecionando a amostra; o segundo para aplicação nos sujeitos selecionados, detalhando esse comportamento. Para coleta de dados qualitativos utilizamos um diário de campo e entrevistas semidirigidas aplicadas coletivamente. Para análise dos dados usamos o método quantitativo de análise estatística descritiva e o método qualitativo de análise temática. Foram identificados vários fatores correlacionados à autolesão: alívio de sofrimento psíquico advindo do ambiente carcerário; raiva de si ou de outros; uso de drogas; tentativas de manipulação para obter vantagens no presídio e tentativas de comunicação e afirmação da individualidade num ambiente coletivo.
“Vá ao Brasil, lá é a terra onde brota o imaginário”: Com essas palavras Roger Bastide, eminente sociólogo das religiões, dirigiu-se à uma jovem doutoranda franco-brasileira que estava realizando suas pesquisas em Grenoble, na França, dos anos 1970, sob orientação do seu mestre e amigo, o grande filósofo e antropólogo do imaginário, Gilbert Durand. A jovem estudiosa do imaginário à qual estamos nos referimos é uma das importantes referências nas pesquisas sobre o imaginário no Brasil. Falamos da antropóloga e Doutora Danielle Perin Rocha Pitta.
O presente estudo visa apresentar num primeiro momento alguns elementos biográficos e teóricos da antropóloga Danielle Perin Rocha Pitta, para em seguida mostrar como seus estudos, e sobretudo, sua atitude investigativa se aproximam de algumas das posições pós-bachelardianas. Retomam-se alguns conceitos durandianos frequentemente reexaminados pela antropóloga, tais como, schéme, arquétipo, mito, para aplicá-los ao estudo do imaginário da arte e outros aspectos da realidade social-antropológica. Finalmente, apontar-se-á para a necessidade de uma prática de pesquisa mais abrangente, capaz dar conta da globalidade o ser humano e de conciliar razão e emoção, conceitos e imagens. Muitos indícios nos levam a crer que os longos anos de trabalhos de Rocha Pitta ajudaram a fazer florescer um jardim de imagens, a partir consolidação do campo de estudos sobre o imaginário no Brasil no qual lançar mão da metodologia de convergência de hermenêuticas é o caminho para compreensão dos fenômenos da imaginação.
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