The voice in contact with the archive lends the sound of poetry to the text. Thus the con-sumption of the archive by the voice does not recognize the limits between the fact and the poetic. At the same time that such a loan takes place, an inadvertent borrowing also takes place from it. The voice takes possession of the archive to put it back on stage. It transforms graphic materiality into sound materiality. The voice steals their dictates just for an instant. Soon after, the voice refuses its possession and moves on. There are the voices of Eleonora Fabião, Ricardo Chacal and Ricardo Domeneck. It is from these dynamics of their reading that we observe how the voice offers its vibration to listening. So the poem it is and it is not simply information. It is and it is not an exercise of authorship. In this game between archive and repertoire (Taylor 2013), the poem is a communion that, present from body to body, overlaps temporalities. It makes the past resonate within the present. Makes the archive a mill of historical time.
Neste artigo, Édouard Glissant resume suas principais proposições para as poéticas da Relação, configuradas em torno do conflito entre o crioulo e o francês tal qual se deu (e se dá) na Martinica. A Relação, grafada por Glissant com R maiúsculo, se opõe aqui ao Ser. A subjetividade de quem diz, traçada em jogo na trama interpoética caribenha, decanta de uma crítica ao ser unificado e circunscrito, ao qual se oporia o ser-da-Relação. Este, uma vez incompleto, tenderia a se completar, mas sem nunca terminar de fazê-lo, na vivência com os Outros. É não só incompleto, mas móvel e mutante em sua incompletude, conforme as relações se transformam e se engajam em diferentes relações com diferentes Outros. Glissant nos provoca a perceber essas dinâmicas de identificação e opacidade na consulta dos resultados dessas linguagens, produtos da experiência entre as poéticas livre e forçadas. Essa compreensão não é apenas pertinente para analisarmos as cenas contemporâneas de arte e seus processos de exclusão, mas sim, e principalmente, pelo valor de transgressão da cultura popular frente os esquemas de classificação, do cânone e da história da arte e da literatura. Ainda mais, favorece grandemente os estudos das poéticas da voz, que encontram na via da Relação uma autonomia poética e discursiva dentro dos sistemas literários.
Resumo: Desde Roda lume (1969), de Ernesto M. de Melo e Castro, o videopoema português perpassou décadas de experimentação ao largo da história da poesia editada em livros e impressos. Nos últimos anos, novidades tecnológicas como a câmera de celular e plataformas de compartilhamento de vídeos como o YouTube modificaram a maneira com que um videopoema pode ser feito, distribuído e lido/assistido. Essas novidades mostram-se imprescindíveis para analisar os videopoemas de Patrícia Lino e Matilde Campilho publicados recentemente. Na tentativa de propor um debate paralelo à crítica que se dedica ao estudo do videopoema em termos de expansão e de hibridismo em poesia, são apresentados tópicos sobre palavra e imagem presentes no ensaio “A reinvenção da leitura”, de Ana Hatherly (1981). A simplificação da feitura de vídeos e a facilidade de hospedá-los em plataformas como o YouTube parecem interferir propositivamente nos vídeos de Lino e Campilho e apontam para um caminho oportuno a esta e a novas gerações de poetas portugueses.Palavras-chave: escrita; leitura; poesia portuguesa contemporânea; poesia concreta; videopoema; videopoesia; YouTube.Abstract: Since Roda lume (1969) by Ernesto M. de Melo e Castro, Portuguese video poem has gone through decades of experimentation along the history of poetry edited in books. In recent years, technological innovations such as the mobile camera and video sharing platforms like YouTube have changed the way that a video poem can be made, hosted and read/watched. These novelties are essential to analyze the recently published video poems by Patrícia Lino and Matilde Campilho. In an attempt to propose a debate parallel to the criticism of the study of video poem in terms of expansion and hybridism in poetry, important topics on word and image are presented in Ana Hatherly’s essay “The Reinvention of Reading” (1981). The simplification of video-making and the ease of hosting them on platforms such as YouTube demonstrate a purposeful interference and seem to point to an advantageous path for this and new generations of Portuguese poets.Keywords: writing; reading; contemporary Portuguese poetry; concrete poetry; videopoem; videopoetry; YouTube.
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