O início da vida adulta se caracteriza como marco fundamental, possui fases de adaptação, e a ingressão na vida acadêmica gera responsabilidades comuns, além de muitas vezes induzirem ao desencadeamento de transtornos psíquicos, que incluem a depressão. Estudo com objetivo de investigar os fatores predisponentes para depressão em estudantes universitários. Possui abordagem descritiva e correlacional com direcionalidade temporal prospectiva, realizada em uma universidade privada do município de São Luís do Maranhão, Brasil. Constituiu-se de 451 estudantes universitários dos cursos de graduação em Enfermagem, Odontologia, Psicologia e Medicina. Da amostra geral, 21,2% foi classificada com sintomas leves de depressão, 23,6% moderados e 22,5% severos; e 67,3% classificaram-se como triagem positiva, os escores de depressão foram significativamente maiores no sexo feminino (p<0,001), e quanto maior a idade (p<0,001), e nos estudantes que sentem apoio da instituição (p<0,001) e apoio dos colegas (p<0,001), 76,1% entre 18 e 20 anos. Pesquisas semelhantes apontam que, a triagem positiva em universitários se dá pela dificuldade em adaptação do universitário as atividades propostas, durante as atividades práticas onde se lida diariamente. Tornam-se preocupantes a semelhança dos dados obtidos, o que implicam na prática para futuros profissionais de saúde, pois, os casos leves a moderados podem representar sintomatologias iniciais da doença, que progrida com o avançar da idade, os casos mais severos apresentam maior gravidade como incapacidade de cuidar de si próprio e manter relações sociais, encontrando muitos obstáculos.