A toxoplasmose é uma zoonose distribuída mundialmente, causada pelo protozoário intracelular obrigatório Toxoplasma gondii. Possui grande importância para a saúde pública, pois acomete os seres humanos e os animais homeotérmicos. A toxoplasmose pode ser assintomática ou apresentar quadros sistêmicos, com casos graves em gestantes e imunossuprimidos, como também provocar problemas sanitários e econômicos nos países em que se encontra. Diante disso, o objetivo desta revisão foi abordar a toxoplasmose como um problema de saúde pública. É de grande importância o conhecimento da doença, formas de infecção em cada espécie, diagnóstico e prevenção. O tratamento é eficaz, porém recomenda-se a prevenção relacionada aos hábitos alimentares como evitar o consumo de carne crua ou mal cozida, verduras e frutas mal lavadas, água contaminada, bem como fazer exames pré-natais com regularidade para a avaliação da evolução da infecção, considerando-se a transmissão transplacentária em gestantes.
Os coronavírus (CoVs) estão em constante evolução e representam uma ameaça a saúde pública mundial por causarem surtos que podem ser fatais. Como exemplo, pode-se citar os vírus causadores das síndromes respiratórias SARS e MERS. O novo coronavírus SARS-CoV-2 que surgiu em 2019 em Wuhan, na China, é o terceiro surto de CoV em humanos e responsável por causar impactos negativos na saúde, como manifestações respiratórias, digestivas e sistemáticas. Diante da necessidade de maiores estudos acerca desta enfermidade, esta revisão objetivou reunir os dados sobre SARS-CoV-2 em animais, dada a grande probabilidade de salto de espécies associados aos morcegos, e também de estudos que demonstram que o SARS-CoV-2 pode ter tido origem em um reservatório animal, com destaque para os morcegos e pangolins. A vigilância deste microrganismo deve ser direcionada de modo a identificar os reservatórios do SARS-CoV-2 para melhor compreensão da patogênese e seus hospedeiros a fim de aumentar os conhecimentos a respeito deste vírus pandêmico.
A Leishmaniose Visceral (LV), doença negligenciada de caráter crônico e sistêmico, causada pelo parasita Leishmania spp. representa um problema de saúde pública, principalmente em países com população vulnerável, como o Brasil. Devido à urbanização de grandes centros, cães configuram um importante reservatório no ciclo urbano, precedendo casos humanos e contribuindo para a manutenção de casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC). Entretanto, poucos inquéritos sorológicos somados à analise espacial envolvendo a população humana e animal foram descritos no município de Três Lagoas. Diante disso, o objetivo do estudo foi identificar e descrever a ocorrência da infecção natural por Leishmania spp. na população canina domiciliada e humana de Três Lagoas – MS, Brasil, utilizando-se das técnicas sorológicas de Dual Path Platform (DPP), Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA) e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), bem como molecular para Leishmania spp. e análise por georreferenciamento. Para isso, foram coletadas 566 amostras sanguíneas de cães. Além disso, informações epidemiológicas adicionais foram coletadas do sistema de saúde do município, e posteriormente, a análise espacial foi realizada. Como resultados obteve-se 267 amostras reagentes ao teste DPP, 267 amostras reagentes ao ELISA e 97 à RIFI, com 95% de concordância entre os métodos DPP e ELISA. Das amostras submetidas à PCR, 16 foram positivas para Leishmania spp. O uso do georreferenciamento para LVC canina em Três Lagoas forneceu subsídios para identificar áreas com prioridade de intervenção para o controle da doença. A presença de flebotomíneos, associado à localização geográfica, bem como às condições ambientais na região estudada, foram favoráveis à sua disseminação, bem como à transmissão da doença aos cães e a humanos.
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