Durante a hospitalização, a criança é o principal alvo das repercussões desse processo; entretanto, além das reverberações e prejuízos que pode ocasionar à criança, a família e, principalmente, quem realiza o papel de acompanhante também são afetados diretamente. Trata-se de um relato de experiência profissional de caráter descritivo, qualitativo, com intuito de descrever as repercussões ocupacionais de acompanhantes de crianças em estado de hospitalização, além da atuação da Terapia Ocupacional. Realizou-se atendimento com as acompanhantes de crianças em situação de hospitalização com a finalidade de minimizar efeitos advindos do processo de hospitalização, estimular equilíbrio ocupacional, promover melhor desempenho ocupacional e (re)significar o processo de hospitalização. Em suma, foi possível compreender quais as repercussões ocupacionais que o processo de hospitalização pode ocasionar para o acompanhante e qual a importância da assistência para este público neste contexto, principalmente no que tange à atuação do Terapeuta Ocupacional.

OBJETIVO: Identificar a sobrecarga física, emocional e social dos cuidadores informais de crianças com paralisia cerebral (PC) atendidos no ambulatório da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FFTO) da Universidade Federal do Pará (UFPA).MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo e transversal com cuidadores de crianças com o diagnóstico clínico de PC, atendidas no setor de fisioterapia da FFTO-UFPA. Para a coleta de dados utilizou-se o questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI) e um formulário com identificação e dados sociodemográficos dos cuidadores. Os dados coletados foram transcritos para um banco de dados no programa Excel®. No intuito de descrever os achados, foi utilizada a estatística descritiva (média, desvio padrão, percentual).RESULTADOS: A amostra foi composta por seis mães com média de idade de 30,6+4,6 anos. As subdimensões Implicações na vida pessoal (40,9%), Suporte familiar (29,1%) e Sobrecarga financeira (29%) foram as categorias que obtiveram maior escore no questionário QASCI dentre os cuidadores participantes, sendo classificadas com nível moderado.CONCLUSÕES: O aumento da sobrecarga das cuidadoras foi identificado em subcategorias relacionadas ao maior desgaste físico da cuidadora, da falta de uma rede de apoio familiar e do aumento do impacto financeiro na renda familiar. Esses fatores podem comprometer a participação da cuidadora em atividades sociais que não estejam diretamente relacionados ao cuidado da criança. Os fatores emocionais, neste estudo, não foram relacionados ao aumento da sobrecarga das cuidadoras.

Objetivo: compreender como se apresentam as ocupações de mulheres que passaram pela cirurgia de mastectomia. Método: pesquisa de abordagem qualitativa e descritiva, com o uso de entrevistas abertas com mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia, realizada entre final de 2019 e início de 2020. Os dados foram interpretados pela análise de conteúdo de Bardin. Resultados: três categorias foram construídas: A forma do ocupar-se após a cirurgia de mastectomia, O sentido do ocupar após a cirurgia de mastectomia e O significado do ocupar após a cirurgia de mastectomia. Foi verificado o afastamento e as necessidades de adaptações em algumas ocupações, ao mesmo tempo em que verificou-se ganhos em outras, como estar mais próximo ao ambiente domiciliar, o que proporcionou satisfação e descobertas no âmbito ocupacional, bem como na qualidade de viver. Conclusão: a mastectomia influenciou na participação ativa em ocupações significativas, repercutindo na qualidade do viver e da participação social.

Introdução: Crianças com disfunções neuromotoras apresentam participação social reduzida, impactos em suas diversas ocupações, assim como repertório limitado comparadas aos seus pares com desenvolvimento típico. Objetivos: Este trabalho objetivou apresentar as ações em Terapia Ocupacional utilizando o conceito Bobath em crianças com desordens neuromotoras e alterações no desenvolvimento e as estratégias utilizadas para promover funcionalidade e participação em suas principais ocupações.  Métodos: Este artigo trata-se de um relato de experiência desenvolvido em um projeto de extensão denominado: “Terapia Ocupacional e conceito Bobath Pediátrico: assistência a crianças com desordens neuromotoras”. Foram descritos todos os processos da prática terapêutica, desde os protocolos de avaliação, montagem dos planos terapêuticos, definição de objetivos, afim de identificar as capacidades funcionais e deficiências dos pacientes atendidos, e desta forma poder basear seu planejamento e intervenção na  abordagem de resolução de problemas. Resultados: Observou-se que poucos estudos tem se proposto a investigar e tornar visível o que tem se adotado em termos de estratégias reabilitativas na Terapia Ocupacional na atenção com crianças com desordens neuromotoras e dentro do grupo autístico. Conclusão: Reconhecemos que trata-se de uma análise da prática com um recorte ambulatorial universitário, mas que pode contribuir para o acréscimo de estudos e ensaios clínicos com o objetivo de difundir o que a terapia ocupacional pode e têm usado como estratégias para um público mais heterogêneo dentro do conceito Bobath, bem como esclarecer o que nos diferencia dos profissionais da Fisioterapia e Fonoaudiologia que atuam com o conceito Bobath em termos de ações técnicas.