Objetivos: Analisar a morbimortalidade neonatal por icterícia em Pernambuco no período de 2008 a 2017. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e ecológico cuja população estudada é composta por recém-nascidos de mães residentes em Pernambuco, menores de 28 dias, nascidos entre 2008 e 2017. Foram realizadas análises temporais dos indicadores Taxa de Mortalidade Neonatal por Icterícia (TMNI) e Proporção de Internações Hospitalares (PIH), calculados a partir de dados coletados nos Sistemas de Informação do DATASUS. Resultados: A TMNI em Pernambuco entre os anos de 2008 e 2017 foi de 4,92 óbitos por 100.000 nascidos vivos e sua componente precoce foi mais importante do que a tardia. Ao longo do tempo, a TMNI apresentou declínio, reproduzindo o padrão brasileiro. Quanto à internação hospitalar, a icterícia corresponde a 23% do total de internações hospitalares em pacientes de 0 a 27 dias em relação às afecções originadas no período perinatal. Ao contrário da TMNI, a PIH por icterícia neonatal mostrou um aumento significativo no período estudado, mostrando uma correlação forte e inversa entre os dois indicadores. Conclusões: Ao dar visibilidade às taxas de morbimortalidade neonatal por icterícia é possível identificar oportunidades de intervenção em tempo oportuno e reorientação das práticas assistenciais, estratégias eficientes na diminuição de desfechos desfavoráveis.
Objetivo: realizar uma análise temporal e espacial da mortalidade neonatal em Pernambuco no período de 2008 a 2017. Método: estudo ecológico com base no Datasus cuja população foi constituída pelos nascidos vivos de mães residentes em Pernambuco e pelos óbitos neonatais nos primeiros 27 dias de vida. A análise da tendência da mortalidade neonatal foi realizada através da Regressão Linear Simples, e a das variáveis maternas, neonatais e relacionadas ao parto pelo teste Qui-quadrado pelo programa RStudio versão 1.3.1073. Na análise da distribuição geográfica usou-se o Tabwin versão 3.2. Resultados: o declínio da mortalidade neonatal e do seu componente precoce foram mais significativos (p<0,05) em comparação ao tardio. A VII Região de Saúde (Salgueiro) apresentou a maior taxa do período. Conclusão: apesar do declínio da mortalidade neonatal em Pernambuco, essa permanece superior à nacional, indicando a necessidade de estratégias mais assertivas em saúde para o enfrentamento do problema Estadual.
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