O objetivo do estudo foi analisar os efeitos do exercício físico sobre a aptidão física e a qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. Trata-se de um estudo de intervenção, com uma amostra de 13 pacientes em hemodiálise. O programa foi aplicado em 2019/2 (agosto a dezembro) e ocorria durante as primeiras duas horas da sessão de hemodiálise (intradialítico), três vezes por semana com duração de 20/70 minutos. O mesmo consistia em alongamento ativo, aquecimento, treinamento em cicloergômetro, treinamento contra resistência e alongamento. A aptidão física foi avaliada por meio do teste de seis minutos de caminhada; do teste de sentar e levantar; do teste de flexibilidade, do teste de flexão de cotovelo e da dinamometria. Para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o Questionário de Estado de Saúde SF36-V2. Os participantes do programa de exercícios físicos apresentaram melhora em todas as valências físicas avaliadas, ocorrendo de maneira significativa na resistência de membros superiores (pré-teste = 17,85±4,54; pós-teste = 20,69±7,62; p = 0,034) e na força de preensão manual (pré-teste = 28,15±9,39; pós-teste = 28,62±12,61; p = 0,048), assim como uma melhora significativa na qualidade de vida nos domínio dor (pré-teste = 73,15±26,92; pós-teste = 91,46±18,78; p = 0,016), vitalidade (pré-teste = 78,00±15,48; pós-teste = 90,08±9,03; p = 0,010) e aspectos sociais (pré-teste = 71,31±28,63; pós-teste = 85,92±22,42; p = 0,050). Concluímos que o programa de exercício resistido traz diversos benefícios para pacientes em Hemodiálise.
A doença renal crônica é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal. Os principais fatores contribuintes para o desenvolvimento da doença são doenças já apresentam altos índices de acometimentos, como; a diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Com isso cada vez mais a doença tem se desenvolvido, e chegando a seu estágio final, o qual vem a necessitar de uma terapia renal substitutiva, tendo a hemodiálise como a terapia mais utilizada. No entanto a doença não apresenta cura, e seu tratamento é considerado desgastante, o qual muitas vezes trás diversas consequências na vida dos pacientes. Com isso o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre os índices epidemiológicos que envolvem a doença, realizando uma busca através dos descritores “chronic kidney disease" "epidemiology", nas plataformas SCIELO, LILASC e PUBMED. No total foram selecionados 12 estudos, pelos quais foi possível mostrar os a prevalência e incidência da doença, os índices de morbidade e mortalidade, bem como as condições das medidas de prevenção promoção da saúde. Considerações finais; A doença renal crônica apresenta altos índices, aumentando a carga global da doença, entretanto medidas de prevenção e promoção à saúde podem ser úteis para a redução desses números, porém ainda se faz necessário que a mesma seja empregada em maior escala, e de forma efetiva.
Objetivo: Analisar o comportamento da força de preensão manual em pacientes com insuficiência renal crônica durante uma sessão de hemodiálise, estratificado por sexo. Métodos: Aplicou-se o teste de força de preensão manual antes da sessão de hemodiálise, com uma hora de tratamento, com duas horas, três horas e quatro horas, além de uma ficha sociodemográfica e de saúde (aplicada antes da sessão de hemodiálise) em 38 pacientes de uma Clínica Renal localizada no Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. As informações obtidas dos ensaios de teste de força de preensão manual foram analisadas por histogramas com representação dos valores médios e desvio-padrão e pelo teste de Mann-Whitney e Wilcoxon em cinco diferentes momentos para cada paciente estudado que estivessem independentes ou ligados, respectivamente. O intervalo de confiança adotado foi de 95% (p≤0,05). Resultados: Evidenciou-se que a força de preensão manual no momento pré-hemodiálise foi significativamente maior nos homens, quando comparados às mulheres e que houve uma redução significativa em todos os momentos do estudo para todos os sujeitos (antes da hemodiálise, após uma hora, duas horas, três horas e quatro horas de tratamento). Esta redução também ocorreu quando os dados foram estratificados por sexo, salienta-se que os homens tiveram valores superiores em todos os momentos. Conclusão: Estes achados mostram que o tratamento hemodialítico interfere negativamente na força de preensão manual de pessoas com insuficiência renal crônica, sendo necessárias estratégias para incremento desta valência física para auxiliar no tratamento e no dia a dia das pessoas em hemodiálise.
Este artigo discute dados do projeto intitulado A medicina narrativa e seus efeitos na qualidade de vida de doentes renais crônicos: um estudo na perspectiva da linguagem como prática social, com apoio do CNPq. A pesquisa buscou analisar os efeitos da prática médica narrativa na qualidade de vida de doentes renais crônicos em tratamento na Unidade de Terapia Renal do Hospital São Vicente de Paulo, de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, tendo a linguagem como prática social. A escolha do contexto de estudo justifica-se pelo fato que essa unidade de saúde é referência para treze municípios da região de abrangência da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde, atendendo mais de 100 pacientes por mês. A Medicina narrativa é uma abordagem clinica que objetiva coletar e interpretar informações sobre a experiência da doença e a Análise de Discurso Crítica, abordagem teórico-metodológica escolhida, busca esclarecer as conexões entre a narrativa e outros elementos da vida social. Os dados gerados revelaram o impacto da doença renal crônica na qualidade de vida dos doentes, e a medicina narrativa evidenciou-se como técnica que favorece a humanização no tratamento, propiciando bem estar aos pacientes.
Este estudo teve como objetivo comparar variáveis sociodemográficas, de saúde (fragilidade, função cognitiva, depressão e capacidade funcional), aptidão física e qualidade de vida de pacientes ativos e inativos fisicamente submetidos à hemodiálise. Tratou-se de um estudo transversal no qual foram incluídos 39 pacientes com insuficiência renal crônica. Para coleta de dados os instrumentos utilizados foram o pedômetro para avaliar o nível de atividade física pelo número de passos; o teste de caminhada de seis minutos; de sentar e levantar e a dinamometria para avaliar as variáveis da aptidão física; o Questionário Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36) para qualidade de vida; o Mini Exame de Estado Mental para o déficit cognitivo; a Escala de Depressão de Beck para os sintomas depressivos; o Questionário Edmonton Frail Scale para fragilidade, além de questionários para as atividades de vida diária. Além disso, foram identificadas características sociodemográficas e de saúde por meio de um questionário. Os dados foram analisados por Teste t para amostras independentes com probabilidade de 5%. Os resultados desta pesquisa evidenciaram que pacientes ativos fisicamente eram mais novos, tinham menor circunferência dos membros superiores e da cintura, menores escores de fragilidade e depressão, melhor percepção de qualidade de vida, e, também menor dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária. Com base nestes resultados conclui-se que é fundamental estimular pacientes em hemodiálise a realizarem atividades físicas regularmente, a fim de usufruirem dos beneficios relacionados a esta prática.
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