Resumo O tabagismo é um problema de saúde pública, está associado a uma elevada morbimortalidade. Os serviços de saúde vigentes para a cessação tabágica, apesar de efetivos, apresentam alcance limitado e foram comprometidos pela pandemia. O estudo teve como objetivo analisar o cuidado com a pessoa tabagista em João Pessoa (PB), na pandemia de COVID-19. Foi realizado um estudo descritivo, exploratório e quantitativo com duas fases: levantamento dos indicadores de saúde e avaliação dos perfis sociodemográficos dos profissionais e usuários dos serviços nos anos do estudo. Participaram da pesquisa sete profissionais, coordenadores de grupo de tabagismo e 20 usuários. Os resultados apontaram para uma baixa cobertura do programa, além de revelar queda no número de fumantes atendidos na pandemia, de 419 em 2019 para 129 em 2020. As entrevistas identificaram pontos positivos e limitações do programa, boa efetividade e baixo acesso, especialmente na APS, e que as estratégias utilizadas para conter o consumo do tabaco e seus riscos durante a pandemia partiram dos serviços e dos profissionais envolvidos. É possível concluir que, nessa região, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) apresenta implantação incipiente na APS e que, durante a pandemia, o número de serviços ofertados foi reduzido, diminuindo a procura e as ações realizadas.
Os transtornos mentais têm ganhado destaque nos últimos anos devido às modificações emocionais e nos comportamentos sociais, podendo ser muitas vezes incapacitante; esses transtornos tornaram-se um grande problema de saúde pública com um grande custo anual. As mulheres apresentam maior suscetibilidade a desenvolver algum desses transtornos, em especial durante o fim da adolescência e início da vida adulta, podendo coincidir com o momento da gestação e lactação. Dados apontam que até 15% das gestantes apresentam um evento depressivo ou ansioso, podendo acontecer concomitantemente durante esse período. Esses sintomas podem ser estendidos para o período pós-parto, culminando em episódio de Depressão Pós-Parto e o Baby blues, sendo necessária intervenção terapêutica adequada. Nessa perspectiva, a taxa de uso de medicamentos psicotrópicos tem crescido nos últimos anos em gestantes e puérperas, gerando uma alerta preocupante a sua passagem pelo leite materno e possíveis efeitos teratogênicos na criança. Considerando esse cenário, o papel do farmacêutico é imprescindível quanto ao acompanhamento da farmacoterapia, fazendo intervenção se necessária e orientando a mãe e o núcleo familiar. Nesse contexto, constantemente são realizadas publicações a respeito desses grupos especiais e recentemente sua associação com os medicamentos psicotrópicos. O presente trabalho teve como objetivo analisar as principais complicações obstétricas e efeitos teratogênicos associados ao uso desses medicamentos durante o período gestacional e de amamentação. A partir disso foi realizada Scoping overview de revisões sistemáticas que retratassem os riscos dessas substâncias para a mãe e o bebê, partindo de busca sistemática nas bases de dados Medline/Pubmed e Scielo a fim de evidenciar os principais desfechos encontrados, a partir de uma estratégia de busca definida previamente utilizando o Acrônimo de PICOS e seguindo as recomendações PRISMA e Cochrane. As etapas de triagem, elegibilidade e extração dos dados foram realizadas em duplicata em planilhas do Excel® e, em casos de discordâncias, um terceiro revisor foi responsável pela decisão. A qualidade das revisões sistemáticas foi escala AMSTAR. Após o processo de triagem e elegibilidade, 31 artigos de revisões sistemáticas foram incluídos. Os principais resultados analisados foram o risco de complicações obstétricas envolvendo parto prematuro, alteração metabólica e um apego mãe-filho negativo; em nível neonatal os riscos envolvem o baixo peso ao nascer, malformações cardíacas, malformação do tubo neural e associação ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno de Espectro Autista (TEA). Em relação a lactação, as principais classes de medicamento aparentam segurança ao não passar substância em grande quantidade pelo leite materno, como também foram avaliadas as qualidades das revisões incluídas. Diante do exposto pode-se concluir que os medicamentos psicotrópicos devem ser utilizados com cautela durante a gestação e lactação desde que seja feita a escolha do melhor tratamento para a mãe e o menor risco para o bebê, sendo a classe dos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) os mais indicados.
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