Introdução: No câncer de mama, a detecção precoce e o início oportuno do tratamento são fundamentais para o bom prognóstico e aumento das chances de cura. Todavia, a realidade brasileira vem apresentando elevados índices de mortalidade pela doença. Objetivo: Analisar os mecanismos e as estratégias de proteção social das mulheres com câncer de mama. Método: O percurso metodológico adotado pela pesquisa foi direcionado, primeiramente, por análise documental, que consistiu na análise de documentos que compõem os direitos sociais das mulheres com câncer de mama. E posteriormente, realizaram-se entrevistas com dez mulheres acompanhadas em duas instituições de referência no acompanhamento de mulheres com neoplasia mamária no município de Niterói, Rio de Janeiro. Resultados: Observaram-se mulheres com câncer de mama que enfrentavam realidades sociais distintas, que impactavam de diferentes maneiras na adesão e continuidade do seu tratamento. A família era principal fonte de apoio social para essas mulheres, o que acarretava, muitas vezes, em sobrecarga de atividades e recursos para as próprias famílias, com repercussões no tratamento oncológico. Conclusão: Evidenciou-se que as mulheres com câncer de mama necessitam de uma rede articulada junto à rede de serviços e proteção social. No que tange a suas estratégias e mecanismos, no percurso do cuidado em saúde, identificou-se a proteção primária e secundária, que consiste respectivamente na rede de apoio e no aparato estatal relacionado aos direitos sociais das mulheres com esse tipo de neoplasia. A análise demonstrou que a denominada rede primária continua como principal fonte de proteção para essas mulheres.
Este artigo tem como objetivo central examinar a trajetória histórica das políticas de controle do câncer de mama feminino no Brasil em diferentes momentos históricos. As primeiras intervenções públicas nessa direção no país surgiram em meados do século XX e visavam ao desenvolvimento do cuidado oncológico de maneira individual. A intensificação das medidas estratégicas para o seu controle ocorreu somente a partir dos anos 2000, com perceptível desenvolvimento de ações coletivas e incentivo à prevenção, de maneira a incidir diretamente no controle da doença. O estudo contou com pesquisa bibliográfica sobre a temática, associada à análise dos documentos oficiais, como: normativas, portarias e legislações nacionais. Os resultados demonstram avanços na estruturação do cuidado da doença, sobretudo pela implantação de políticas, programas e sistemas específicos. Tais avanços estratégicos contribuem positivamente para o controle de riscos e agravos da doença. Mas, apesar desses avanços, a realidade observada ainda permanece em certo descompasso, perceptível pelo elevado e crescente índice de mortalidade.
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