Introdução: A depressão é um transtorno mental estimado como a segunda maior causa de incapacidade no mundo até 2030. A utilização de psicofármacos ou medicamentos psicotrópicos tem crescido mundialmente nas últimas décadas como ferramentas de melhora da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a prevalência do uso de medicamentos psicotrópicos e de psicoterapia no tratamento da depressão no hospital universitário da Faculdade de Medicina de Itajubá, Itajubá, MG, Brasil. Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, por meio da estatística descritiva. Utilizou-se o programa BioEstat 5.0 e realizou-se o teste t pareado, com base em um nível de confiança de 99%. Participaram do estudo 289 indivíduos com depressão, entre homens e mulheres, na faixa etária de até 60 anos, moradores de Itajubá (MG) e da microrregião vizinha. Resultados: Das 183 mulheres tratadas com psicofármacos, 96 (52,46%) foram encaminhadas para a psicoterapia, e as classes terapêuticas mais prescritas foram: inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (59,96%), benzodiazepínicos (BZD) (51,25%) e antidepressivos tricíclicos (ADT) (12,02%). Entre os homens, a psicoterapia foi indicada a 37,26% deles, e os psicofármacos mais indicados foram os ISRS (39,3%), BZD (14,6%) e ADT (5,87%). Conclusão: Os dados analisados corroboraram a natureza multifatorial de problemas de saúde mental, permitindo-se fortalecer a relação médico-paciente, indispensável para a adesão ao tratamento. Sugere-se uma estratégia na terapia combinada, com um modelo de tratamento abrangente, integrando a psicoterapia e a farmacologia por meio de sessões estruturadas e psicoeducação.
A esquizofrenia é um transtorno mental grave e incapacitante que tem como critérios diagnósticos sintomas positivos, negativos, discurso e pensamento desorganizado ou catatônico. Cursa com importantes disfunções cognitivas com impactos na atenção, na função executiva, em memória operacional e de trabalho, entre outras. Tais déficits podem estar presentes antes dos sintomas positivos ou mesmo, de maneira subsindrômica desde a infância desses indivíduos. A hipótese dopaminérgica é a mais aceita na gênese das disfunções neuroquímicas, mas há cada vez mais evidência do envolvimento de outros sistemas como o glutamatérgico e o serotoninérgico. No que se refere especificamente aos déficits cognitivos, destacam-se disfunções em córtex pré-frontal, especialmente sua porção dorsolateral e suas conexões com o hipocampo. Entende-se ainda que é muito importante a avaliação cognitiva das pessoas acometidas por essa patologia e existem baterias de testes neuropsicológicos disponíveis como é o caso do Measurement and Treatment Research to Improve Cognition in Schizophrenia (MATRICS) e de testes validados no Brasil como o Brief Assessment of Cognition in Schizophrenia (BACS). Tendo em vista a elevada perda de funcionalidade e qualidade de vida desses pacientes, sobretudo daqueles mais acometidos na capacidade cognitiva, há uma necessidade de maiores esforços para o entendimento desse complexo transtorno com vistas a tratamentos mais eficazes e até mesmo desenvolvimento de estratégias preventivas.
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