Introdução: O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa de grande importância no Brasil, em razão de ser o maior produtor e consumidor mundial. Entre as limitações no cultivo do feijão comum, destacam-se problemas fitopatológicos causados pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary, causador da doença mofo branco. Entre os métodos de controle fitossanitário, destacam-se o uso de cultivares resistentes, por apresentar menores riscos ambientais e ser economicamente viável. Entretanto, fontes de resistência do feijão comum ao mofo branco precisam ser identificadas, para serem aplicadas de forma a contribuir em programas de melhoramento de feijão comum. Objetivo: Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi identificar fontes de resistência em genótipos de feijão comum ao fitopatógeno S. sclerotiorum (Lib.) de Bary, fungo causador da doença conhecida como mofo branco. Materiais e Métodos: O experimento foi realizado em casa de vegetação e posteriormente, no Laboratório de Recursos Genéticos e Biotecnologia, da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus Cáceres em delineamento em blocos casualizados com seis repetições com método de “inoculação do canudo” (straw test), com 109 genótipos. Foi utilizado o isolado UFV-Ss493, cultivado em meio de cultura BDA (Batata Detrose Ágar) em placas de Petri de 90mm x 30 mm a 25ºC e fotoperíodo de 12 horas, para ser utilizado para a inoculação. Resultados: A metodologia de inoculação procedeu com uso de plantas com o primeiro trifólio expandido, realizando corte na haste e colocando um disco de micélio sobre a região. Foram avaliados a Área Abaixo da Curva do Progresso da Doença (AACPD) e a nota do nono dia após a inoculação do mofo branco no feijão comum, posteriormente analisados através do teste F a 5% de significância. Conclusão: As diferenças entre as médias dos genótipos para às características avaliadas foram significativas á 5% pelo teste Scott & Knott, destacando os genótipos BGF 36, BGF 85, BGF 200, BGF 67, BGF 52, BGF 203 e BGF 205 como significativos, apresentado entre as duas variáveis analisadas pelo método straw test neste trabalho. Portanto, estes genótipos poderão ser considerados como fontes de resistência ao mofo branco em programas de melhoramento de feijão comum.
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O presente trabalho objetivou avaliar a viabilidade polínica de dois indivíduos de Eschweilera coriaceae por meio de testes colorimétricos. O experimento foi realizado no Laboratório de Citogenética e Cultura de Tecidos Vegetais, na Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Campus de Alta Floresta. Foram realizadas coletas de botões florais em pré-antese de E. coriaceae, de dois indivíduos que se localizavam em regiões distintas da cidade, 10 botões para cada indivíduo, totalizando 20 botões florais que foram fixados em ácido acético. Para a realização da estimativa da viabilidade polínica foram comparados os seguintes corantes: Orceína Acética 2%, Lugol 1% e Sudan 4. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias significativas comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o software R. Os resultados mostraram que a Orceína 2% foi a que apresentou maior média de pólen viáveis no ponto 1, porém no ponto 2 não houve diferença significativa entre as médias apresentadas. Conclui-se que os corantes Orceína Acética 2%, Lugol 1% e Sudan 4 trabalhados nesse estudo podem ser indicados para testes de viabilidade polínica em flor de Eschweilera (DC.) S.A Mori.
As atividades agrícolas e não agrícolas têm sido uma pauta de discussão importante no contexto histórico e social do meio rural brasileiro. Silva (1997) percebe que o meio rural não é sinônimo de agrícola, pois não é possível caracterizá-lo sendo somente agrícola, uma vez que outras variáveis são inseridas como atividades rurais não agrícolas, que ocupam espaço nas áreas rurais. As atividades não agrícolas surgem como uma nova forma de rendimento agrícola, pois muitas famílias dependem, exclusivamente, dessas atividades para poderem sobreviver (CRUZ et al., 2018). Klein (1992) argumenta a existência de três hipóteses que explicam a evolução das atividades rurais não agrícolas. A primeira está relacionada à distribuição geográfica e demográfica da população em um território, que pode variar de um país a outro. A segunda, a tecnologia voltada à agricultura, que permitiu maior crescimento dos serviços auxiliares às atividades agrícolas; e, a terceira, que retrata o desenvolvimento do mercado de trabalho agrícola e não agrícola. Na visão desse autor, a evolução dessas atividades agrícolas e não agrícolas indica que a estrutura do emprego rural não agrícola está se tornando cada vez mais similar ao mercado de trabalho urbano.Na região nordeste, por exemplo, a população ocupada nas atividades agrícolas e não agrícolas corresponde a 37% e 39%, respectivamente, entretanto, é uma região que continua sofrendo com problemas históricos relacionados à má distribuição da renda, a seca, a fome, a pobreza, que atingem boa parte da população.No Piauí, a agricultura é caracterizada pela predominância de pequenos agricultores, com base familiar e, tecnologicamente, sem correlação com os padrões modernos de produção, sendo considerado o segundo estado, depois do Maranhão, com maior índice relativo de população rural, cujo percentual é 41,8%, por outro lado, observa-se a ocorrência de um crescimento importante das atividades não agrícolas no meio rural piauiense.Diante desse contexto e dada a importância das atividades agrícolas e não agrícolas para o desenvolvimento do meio rural brasileiro, especialmente no Piauí, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a evolução do grau de concentração das atividades agrícolas e não agrícolas nas microrregiões do Piauí no período de 2000 a 2019. Para alcançar esse objetivo, foi mensurado o grau de concentração dessas atividades nas microrregiões piauienses, com base nos dados disponíveis no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). MÉTODOEsta pesquisa analisou o grau de concentração das atividades produtivas agrícolas e não agrícolas nas microrregiões do Piauí no período de 2000 a 2019, através da aplicação do Índice Razão de Concentração e do Índice de Herfindahl-Hirschman. Neste sentido, buscou identificar as atividades produtivas agrícolas e não agrícolas que mais se concentraram nas microrregiões do Piauí, e para uma melhor interpretação e aprofundamento da pesquisa, considerou-se como referência os principais autores que abordaram a metodologia utilizada na pesquisa, al...
Os marcadores moleculares são fenótipos moleculares provenientes de quaisquer segmentos expressos ou não de DNA que vem de herança genética e se prestam à diferenciação de um ou mais indivíduos. Pode-se classificá-lo em dois grupos: o primeiro, os marcadores são obtidos por hibridização e o segundo, os marcadores são obtidos por amplificação do DNA. Entre os identificados por hibridização estão os principais marcadores RFLP e os marcadores minissatélites, já para os marcadores por amplificação estão os mais utilizados RAPD, SCAR, STS, AFLP e SSR ou microssatélites. Diante do proposto, o presente estudo objetivou-se desenvolver uma revisão de literatura sobre os principais marcadores moleculares e suas respectivas informações. O trabalho busca sintetizar o conhecimento sobre os principais marcadores moleculares, pois a partir deles, é capaz de se fazer a detecção e a análise de polimorfismos genéticos que são de interesse em diversas áreas, pois podem auxiliar a compreender a base molecular de vários aspectos biológicos. Diante disso, torna-se útil o estudo por meio da revisão bibliográfica, mostrando o quão importante vem sendo os marcadores moleculares, pois podem detectar e a analisar os polimorfismos genéticos presentes em diversas espécies. E a partir do levantamento de periódicos dos últimos cinco anos, mostra que os marcadores RFLPs possuem o maior número de estudos feitos, seguido dos marcadores SSRs e os AFLPs. Novos estudos podem ser feitos levando em consideração mais anos para o levantamento, obtendo resultados mais concretos e detalhados.
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