IntroduçãoA cronificação da enxaqueca está associada a maior ocorrência de disfunções musculo- esqueléticas, principalmente na região crâniocervical. A presença de aura, um dos subtipos de enxaqueca, tem sido relacionada a maior gravidade de incapacidades relacionadas a cefaleia. Os objetivos desse estudo foram avaliar sintomas cervicais entre indivíduos com enxaqueca e saudáveis e analisar diferenças entre esses sintomas em enxaquesosos com e sem aura.Material e MétodosTrata-se de um estudo do tipo observacional caso-controle, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos de ambos os sexos divididos em 3 grupos: enxaqueca com aura (n=14), enxaqueca sem aura (n=18) e controle (n=22). Foram avaliados quanto à incapacidade cervical pelo Neck Disability Index (NDI), amplitude de movimento (ADM) pela fleximetria cervical e limiar de dor por pressão (LDP) cervical pela algometria. A intensidade de dor ao movimento foi avaliada pela escala numérica (EN) de 11 pontos. Análise estatística realizada no software SPSS15.0 para determinar a normalidade com o teste Shapiro-Wilk, considerando Teste T independente (dados paramétricos) e Mann Whitney (não paramétricos). Nível de significância: 95%.ResultadosFoi observado incapacidade cervical leve (64,2%), moderada (21,4%) e incapacitante (7,1%) no grupo enxaqueca com aura (EA), enquanto que no grupo enxaqueca sem aura (ESA), observou- se incapacidade cervical leve (55,5%), moderado (27,7%) e grave (16,6%). O controle apresentou incapacidade cervical ausente (63,6%) e leve (36,3%). Houve diferença estatisticamente significante na incapacidade cervical entre os grupos EA (2,02±7,56) e controle (0,69±3,26) (p<0,001) e entre ESA (2,05±8,72) e controle (0,69±3,26) (p<0,001). A ADM cervical foi significativamente menor nos grupos de enxaquecosos em comparação ao controle (p<0,05). Porém, não houve diferença entre os grupos na intensidade de dor aos movimentos cervicais (p>0,05). O LDP nos músculos ECOM direito e esquerdo, trapézio superior direito e esquerdo foi significativamente menor nos grupos EA e ESA em comparação ao controle (p<0,001). Não houve diferença entre os grupos de enxaqueca com aura e sem aura quanto a incapacidade cervical, ADM cervical, intensidade de dor e LDP cervical (p<0,05).ConclusãoPacientes com enxaqueca apresentam maior gravidade de incapacidade cervical, menor limiar de dor nos músculos cervicais e limitação de amplitude de movimento cervical em comparação a indivíduos saudáveis, independentemente da presença de aura
Objetivo: Avaliar a frequência de anemia em gestantes adolescentes e adultas. Métodos: Tratou-se de uma coorte histórica que estudou dados de 1414 gestantes, sendo 293 adolescentes e 1121 adultas. Resultados: A anemia ferropriva foi identificada em 98% e a macrocítica em 2% dos casos. A média de hemoglobina nas gestantes adolescentes foi de 11,7 (±1,37) no primeiro, 11,30 (±1,09) no segundo e 11,50 (±1,52) no terceiro trimestre. Já nas adultas, observou-se 12,10 (±1,25),11,50 (±1,12) e 11,80 (±1,40) respectivamente. A comparação entre os dois grupos revelou p <0,001 para o primeiro trimestre, p= 0,01 no segundo e p=0,05 no terceiro. A frequência de anemia foi calculada, sendo esta de 20% no primeiro, 29,4% no segundo e 18,2% no terceiro trimestre. A anemia foi mais frequente em gestantes adolescentes (RR= 1,93; IC= 1,40-2,66; p<0,001), no primeiro trimestre. Após a aplicação do modelo de regressão, a renda familiar (p<0,001) e a adolescência (p=0,003) foram as variáveis significativas associadas à anemia. Conclusão: Conclui-se que a anemia teve maior frequência nas adolescentes, estando associada à baixa renda e à idade. Entretanto, esta não se relacionou ao baixo peso fetal, infecção urinária e/ou corrimento vaginal, evidenciando que um pré-natal adequado pode modificar os desfechos desfavoráveis materno-fetais.
IntroduçãoMigrânea é um distúrbio neurológico incapacitante, sub-diagnosticado e sub-tratado. No Brasil, não existem muitos dados epidemiológicos sobre as deficiências relacionadas a migrânea. O presente estudo teve, como objetivo, analisar os dias com deficiências relacionados a migrânea em indivíduos com e sem aura.Material e MétodosTrata- se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado com migranosos crônicos com aura e sem aura, com idade entre 18 e 50 anos. Foram seguidas as recomendações para comunicação de estudos observacionais (STROBE). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). A amostragem foi por conveniência, no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Para avaliar as deficiências relacionadas à migrânea, foi utilizado o Migraine Disability Assessment (MIDAS) (pontuação total > 21 indicando deficiência grave). O software utilizado para análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, EUA). Para comparação entre grupos sobre a quantidade de dias com deficiências, foi usado o teste de MannWhitney com p significativo <0,05.ResultadosO estudo incluiu 32 indivíduos, sendo 14 migranosos com aura e 18 migranosos sem aura. Não foram encontradas diferenças significativas quanto aos dias com deficiência em cefaleia entre indivíduos com aura (41,57±4,86, de 0>21) e sem aura (44,78±5,24, de 0>21) (p=0,81), afetando em média 40 dias ao logo dos últimos 3 meses.ConclusãoPacientes com migrânea, independente de terem ou não a presença da aura, apresentam deficiências graves relacionadas a migrânea.
IntroduçãoA enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional (CTT) são os tipos de cefaleia mais frequentes na população mundial. A cronicidade de ambas está relacionada a maior presença de fatores psicoemocionais, porém a enxaqueca tem como característica a intensidade de dor mais grave do que a CTT. O objetivo deste estudo é avaliar fatores psicoemocionais e correlacionar com as incapacidades relacionadas à cefaleia de pacientes com enxaqueca e cefaleia do tipo tensional.Material e MétodosTrata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos com diagnóstico de enxaqueca e CTT crônicas. Foram avaliados quanto à incapacidade relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica (EN) de 11 pontos, qualidade de vida pelo SF-36, ampliação de estímulos psicoemocionais pela escala de catastrofização da dor e medo ao movimento pela escala de cinesiofobia de Tampa. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk para normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman (não paramétricos). Nível de significância: 95%.ResultadosTrinta e dois indivíduos foram divididos em 2 grupos: enxaqueca crônica (EC) (n=14) e CTT crônica (n=18). O grupo enxaqueca (2,83±0,38) apresentou pior incapacidade relacionada à cefaleia do que o grupo CTT (2,47±0,51) (p=0,02), porém, não houve diferença significante na frequência de crises por mês entre os grupos (p<0,05). Observou- se que a intensidade de dor foi maior no grupo enxaqueca (2,82±2,35) que CTT (1±1,45) (p=0,01). Não houve diferença significativa na qualidade de vida, cinesiofobia e catastrofização entre os grupos (p>0,05). Além disso, o MIDAS não apresentou correlação com as variáveis psicoemocionais.ConclusãoPacientes enxaquecosos apresentaram maior intensidade de dor e maior incapacidade que cefaleicos e não mostraram diferenças quanto a comportamentos psicoemocionais.
IntroduçãoA enxaqueca crônica é uma das dores orofaciais mais incapacitantes no mundo. Frequente- mente, está aliada a outras disfunções na região crânio- cervical, como a disfunção tempormandibular (DTM). Apesar de não haver uma relação de causalidade entre elas, a gravidade da DTM parece piorar as características da dor da cefaleia. O objetivo desse estudo é avaliar as características da dor e verificar associação com a gravidade da DTM na enxaqueca crônica.Material e MétodosTrata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos diagnosticados com enxaqueca crônica e DTM. Foram avaliados quanto à incapacidade relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica (EN) de 11 pontos e limiar de dor por pressão (LDP) pela algometria. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk para normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman (não paramétricos). Nível de significância: 95%.ResultadosVinte e seis indivíduos foram divididos em 2 grupos: DTM leve (n=13) e DTM moderada/grave (n=13). Observou-se que a intensidade de dor em repouso foi significativamente maior no grupo com DTM moderada/grave (4,38±2,43) que DTM leve (1,46±1,66) (p=0,003), assim como na intensidade de dor aos movimentos cervicais (p<0,05). A frequência de dor (dias por mês) foi maior no grupo DTM moderada/grave (p<0,05). Além disso, o grupo DTM moderada/ grave (34±12,96) apresentou maior gravidade relacionada à cefaleia do que o DTM leve (50±19,15) (p=0,01). Não houve diferença no LDP dos músculos temporais e masseteres (hiperalgesia primária)(p>0,05), mas o LDP medido no tibial anterior (hiperalgesia secundária) foi menor no grupo DTM moderada/grave (3,99±1,22) em comparação ao DTM leve (6,32±2,7) (p=0,009). Foi observada correlação positiva moderada entre DTM e MIDAS (r=0,52, p=0,006) e entre DTM e EN (r=0,45, p=0,01).ConclusãoA gravidade da DTM piora intensidade de dor em repouso e ao movimento, aumenta frequência de crises por mês e está relacionada a maior incapacidade na enxaqueca crônica.
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