A pesquisa teve por objetivo avaliar a qualidade de compósitos à base de gesso reforçados com partículas de madeira de Eucalyptus grandis e resíduos provenientes da cultura do algodão. Foram adotadas as seguintes proporções de substituição do eucalipto pelo resíduo de algodão: 0%, 25%, 50%, 75% e 100% em relação à massa total de partículas. A densidade nominal foi 1,20 g/cm³ e as dimensões finais dos compósitos foram de 20,0 cm x 20,0 cm x 1,5 cm (comprimento x largura x espessura, respectivamente). Em relação às propriedades dos compósitos, verificou-se que a substituição do eucalipto pelo resíduo de algodão não alterou o teor de umidade e nem a densidade. Por outro lado, houve um aumento das propriedades de absorção de água e inchamento em espessura, em ambos os tempos avaliados, evidenciando redução estabilidade dimensional com o acréscimo do resíduo. Em relação às propriedades mecânicas houve um aumento na resistência a compressão, além disso, uma inserção equivalente a 25,17% de resíduo de algodão, pode gerar uma resistência superior à 2,0 MPa como é exigido pela norma. Em relação ao módulo de ruptura (MOR), não houve efeito significativo da substituição do eucalipto pelo resíduo de algodão, porém o valor médio obtido (1,70 MPa) foi superior ao estipulado pela EN 13279-2 (EN, 2006) para compósitos de matriz de gesso. De forma geral, os compósitos reforçados com resíduo de algodão, demonstraram boa resistência mecânica, uma vez que atenderam as normas utilizadas, porém devem ser utilizados em ambientes secos e internos, devido à baixa estabilidade dimensional.
RESUMO O descarte inadequado de polímeros de origem petrolífera contribui para o aumento da poluição ambiental devido ao grande período de tempo que estes materiais levam para degradar. Assim, o desenvolvimento de materiais poliméricos reforçados com resíduos de materiais lignocelulósicos pode proporcionar uma melhor taxa de biodegradação ao polímero, por se tratar de materiais de origem natural, renovável e biodegradável. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi verificar o potencial de utilização do resíduo de soja como carga em polietileno de baixa densidade (PEBD) através de caracterização físico-mecânica. Foram avaliadas diferentes composições do resíduo de soja em relação à massa total de PEBD 0%, 5%, 10%, 15% e 20%. O resíduo de soja utilizado foi caracterizado quimicamente para determinação do teor de extrativos, lignina, cinzas e hemicelulose. Os pellets formados por extrusão foram prensados a uma temperatura de 160°C sem pressão durante 12 minutos, onde se obteve os corpos de prova para os ensaios físico-mecânicos. Após a produção, os mesmos foram acondicionados em sala de climatização com temperatura de 20±2°C e umidade relativa de 65±3%, sendo posteriormente realizada a determinação da densidade aparente, umidade na base seca, absorção total de água e realizados de flexão e tração. Com base nos resultados, conclui-se que os valores encontrados para os constituintes químicos do resíduo de soja mostram satisfatórios, uma vez que, a substituição parcial do PEBD puro pelo não afetou as propriedades de densidade e resistência à tração do material. O aumento do teor deste resíduo, também contribui para um maior alongamento do polímero. Assim, conclui-se que é possível transformar este polímero de origem petrolífera em um material mais sustentável, tornando algumas propriedades até mais atrativas do que aquelas encontradas no PEBD puro.
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