Para entender a relação de micropoluentes em ambientes aquáticos e seu impacto na produção primária desses ecossistemas realizamos uma análise cienciométrica dos estudos sobre a interação de micropoluentes, principalmente pesticidas, nos ecossistemas aquáticos com algas e cianobactérias. Na base de dados Web of Science selecionamos artigos que continham as palavras (agrotoxic* or pesticid*) and (microalgae or phytoplankton or periphyton) no título, resumo ou palavras-chave (tópico) publicados entre os anos de 1998 e 2018. Selecionamos 287 artigos para a análise, levantando todos os organismos estudados e sua associação com os respectivos valores de doses letais (DL), concentrações de efeito (EC) ou concentrações de inibição (IC) e o tipo de ambiente. Os artigos referiam-se, principalmente, aos efeitos de bioacumulação dos pesticidas atrazina, clorpirifós e diuron. Clorsulfuron e metisulfuron metílico foram os mais frequentes em estudos que analisaram as concentrações de inibição. As espécies de algas mais citadas nos estudos foram: Chlorella vulgaris Beijerinck 1890, Raphidocelis subcapitata (Korshikov) Nygaard, Komárek, J.Kristiansen & O.M.Skulberg 1987, Scenedesmus quadricauda Chodat, nom. illeg. 1926. As cianobactérias foram o segundo grupo de organismos mais estudado. A resposta aos pesticidas foi espécie dependente. Para uma mesma espécie não existe mais de uma resposta ao mesmo pesticida o que dificulta generalizações. Os estudos estão prepodenrantemente em regiões temperadas mesmo com o grande número de pesticidas disponíveis no mercado. Portanto, ainda não existe na literatura conhecimento suficiente sobre o efeito desses pesticidas em ecossistemas aquáticos naturais e, consequentemente, na base da cadeia trófica desses ambientes.
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