O câncer de cabeça e pescoço é uma doença crônica considerada um problema de saúde pública. Dentre as modalidades terapêuticas, a radioterapia implica em complicações orais e mudanças estruturais no órgão dental, dentre elas, modificações pulpares. Na ocorrência do envolvimento pulpo-periapical, a endodontia atraumática é o tratamento de escolha por ser mais conservadora e por conseguir eliminar a infecção, evitando uma exodontia com potencial risco de osteorradionecrose. Diante disto, o objetivo desse trabalho foi revisar na literatura a conduta do cirurgião-dentista frente ao tratamento endodôntico em pacientes oncológicos irradiados em cabeça e pescoço. Tratou-se de uma revisão integrativa de literatura, com caráter qualitativo e abordagem descritiva, realizada no período de fevereiro a agosto de 2022, no portal da Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases de dados Scientific Electronic Library Online e PubMed, com a estratégia de busca “((endodontics AND radiotherapy AND cancer AND treatment) OR (endodontia AND radioterapia AND câncer AND tratamento))”. Os nove estudos incluídos nesta pesquisa abordaram que todos os pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço e que necessitavam de tratamento endodôntico para erradicar infecções e/ou prevenir exodontias, deveriam ser tratados obedecendo aos princípios que norteiam a endodontia atraumática e garantindo assim, mínima reação inflamatória nos tecidos. Para isso, o cirurgião-dentista deve ter pleno domínio na técnica endodôntica atraumática, proporcionando um tratamento mais conservador, excelente prognóstico e qualidade de vida aos indivíduos afetados.

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