Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa de doutorado em Sociologia em andamento. Apresenta-se a hipótese que situa Carpeaux numa dialética continuidade x inflexão sustentada por categorias, como: tradição, passado e resistência. O objetivo foi avaliar o impacto da produção crítica de Carpeaux entre os anos 1940 e 50 sobre sua atuação militante nos 1960, além de demonstrar de que forma Carpeaux articulou o barroco como o seu principal capital cultural a fim de se inserir no campo intelectual brasileiro em sua primeira década no país. Após o golpe de 1964, Carpeaux deixaria mais evidente os elementos da sua dialética ao assumir posicionamentos críticos a uma Sociologia barroca tão importante no conjunto de sua obra nas décadas anteriores. Essa crítica, no entanto, não implicou num completo abandono da relevância e influência da visão de mundo barroca em sua vida e obra. Portanto, nos anos 1960, existiu em Carpeaux uma quase fusão da visão de mundo barroca com o temário das esquerdas por ele assumido no âmbito das resistências culturais à ditadura civil-militar.
Resumo: Este artigo tem o objetivo de levantar apontamentos introdutórios sobre o crime e a punição, por meio de revisão bibliográfica. O artigo é estruturado a partir de leituras diretas e indiretas de autores de três correntes teóricas da Sociologia, são elas: Funcional-estruturalismo norte americano, Labeling approach (interacionismo simbólico) da segunda geração da “Escola de Chicago” e Estruturalismo francês de Michel Foucault.Palavras-chave: Crime, Punição, Criminologia, Funcional-estruturalismo, Interacionismo Simbólico, Estruturalismo francês. Abstract: This article aims to raise introductory principles about crime and punishment, by means of a bibliographical review. The article is structured from direct and indirect readings by authors of three theoretical currents of Sociology, they are: North American Functional-structuralism, labeling approach (symbolic interactionism) of these generation of "Chicago School" and Michel Foucault's French Structuralism.Key-words: Crime, Punishment, Criminology, Functional-structuralism, SymbolicInteractionism, French Structuralism.
O livro O Poder Jovem e seu autor Arthur Poerner estiveram no centro dos debates sobre a resistência cultural e política à ditadura civil-militar instaurada em 1964. Tanto o autor quanto a obra podem ser interpretados a partir dos eventos políticos iniciados com a assinatura do Ato Institucional nº 2 de 1965 até 1968 e a publicação do Ato Institucional nº 5. Arthur Poerner teve seus direitos políticos cassados em razão do AI-2 e o livro O Poder Jovem foi lançado em 1968 e imediatamente censurado. Este livro, desde o lançamento até suas reedições nas décadas seguintes, teve uma importante influência no movimento estudantil, sendo, inclusive, um meio de reconstrução da memória deste movimento e da UNE. Este artigo analisa a forma como Poerner fomentou a criação de um mito estudantil no campo das resistências pós-golpe de 1964, a partir da obra que completa cinquenta anos em 2018.
A sociologia da cultura e a sociologia histórica têmencontrado, no Brasil, nos últimos anos amplas possibilidadesde retomarem seus debates e visibilidade, por meio de novasfontes, que até então receberam pouca atenção das CiênciasSociais. Entretanto, muitas dúvidas ainda pairam sobre diversas temáticas e objetos de estudos, a exemplo das implicações do Ato Institucional nº 2 sobre os intelectuais brasileiros no período da ditadura civil-militar (1964-1985); e da Lei Suplicy de Lacerda sobre o movimento estudantil do mesmo período. Dessa forma, este artigo recupera o debate que envolve os intelectuais, estudantes, e a resistência cultural e política exercida por eles num momento de recrudescimento da repressão militar na década de 1960. Para tal objetivo, foi utilizado o periódico semanal Folha da Semana (1965- 1966), dirigido por Arthur Poerner, como principal fonte de pesquisa. Assim, identificamos as representações intelectuais provenientes de um jornal que reuniu liberais e comunistas na resistência cultural.
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