Putting Blue Humanities scholarship in critical dialogue with recent research on the ‘cultural fix’ and ‘fixed-labour-power’, this article offers a comparative reading of two Portuguese-language novels in which the figure of the female water-spirit features as an index for two contrasting modes of knowing the ocean. In Jorge Amado’s Mar Morto (1936), the water-spirit is registered as a passive and incomprehensible extra-human entity that looms over the poverty of the text’s working-class community of dockworkers with an ominous and mysterious edge. By contrast, the water-spirit in Pepetela’s novel O Desejo de Kianda (1995) is angry, active and only too immediate, seeking revenge for the extractivist violence carried out in the name of neoliberalism. Activating a broadly hydro-materialist framework, I argue that these differing conceptions of the water-spirit carry with them very different socio-ecological implications, and directly intersect with contemporary debates over hydrological crisis, the privatisation of the oceans and the enclosure of the water commons.

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Esta entrevista aborda a teoria da literatura-mundial do Warwick Research Collective (WReC), que se define como ‘a literatura do sistema-mundo capitalista’, por meio duma discussão com três membros do grupo: Neil Lazarus, Sharae Deckard e Michael Niblett. Ao longo da entrevista, abrangemos a conjuntura disciplinar que deu origem à debate crescente da literatura mundial e que estimulou o grupo a juntar-se e a formular a sua teoria; os quadros conceptuais principais que informam as suas leituras, como a análise do sistema-mundo e ‘a lei do desenvolvimento desigual e combinado’ de Leon Trotsky; a sua engajamento com os teóricos brasileiros Roberto Schwarz e Michael Löwy; e o papel da tradução na sua concepção materialista da produção literária global. O trabalho do WReC é uma das mais sofisticadas tentativas de levar por diante a tradição marxista na crítica literária para enfrentar os contornos socioculturais cambiantes do mundo contemporâneo. Esta entrevista procura clarificar as proposições centrais do coletivo assim como problematizar algumas áreas de contenção.

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