RESUMO:O modelo de Ciência Aberta, erguido da vontade de democratizar a produção e acesso ao conhecimento científico, surgiu no início do novo milênio como forma de combater o obsoletismo e fechamento da cultura acadêmica tradicional. Mais de uma década depois, cedendo não só às suas fraquezas idiossincráticas, como também à indústria parasitária e do lucro, o modelo de Ciência Aberta passou a enfrentar quatro grandes desafios que são simultaneamente um problema de (des)acreditação do conhecimento produzido, de informalidade das estruturas de avaliação e validação, de comodificação do conhecimento, e de predação do modelo de acesso aberto. Neste texto tentamos perceber aquilo que está na base desses desafios.PALAVRAS-CHAVE: ciência aberta; desafios; (des)acreditação; informalidade; comodificação; predação. ABSTRACT: The Open Science model arose in the beginning of the new millennium from the will to democratize the production and access to scientific knowledge, as a means to fight the obsolete/closed character of traditional academic culture. After more than a decade, conceding not only to its own idiosyncratic weaknesses, but also to a profit-seeking industry, the open science model now simultaneously faces four major challenges: the (dis)accreditation of the scientific knowledge produced, the informality of its validation structures, the commodification of knowledge, and the predation of the open access model. In this essay, we try to understand the basis of these challenges.KEYWORDS: open science, challenges; (dis)accreditation, informality, commodification; predation.
While a far from recent phenomenon, fake news has acquired a very special significance in the wake of the latest US elections. Against a broad background of different definitions and subtypes that require us to find a new, broader definition of the concept of fake news, the main debate about it concerns its scope and reach, which vary primarily in terms of intentionality and exactly how it disrupts the information process. With the discussion also focusing on the threats to (McChesney, 2014; Fisher, 2018) and opportunities for (Beckett, 2017) journalism itself, we seek to expand the debate on fake news to its impact on the dimension of trust in news. The starting point is Fletcher and Nielsen’s (2017) idea that, because they don’t make a clear distinction between real and fake news, Internet users feel a generalised sense of distrust in the media. Using data from the latest (2018) Reuters Digital News Report survey of a representative sample of the Portuguese Internet-using population, we describe the main reasons why the Portuguese (increasingly familiar with fake news and disinformation and their impacts) have been displaying higher levels of trust in news than counterparts in other countries, such as the United States –reasons that are linked to Portugal’s media system and historical context.
A imprensa escrita é um dos sectores mais influenciados pelo crescimento da Internet (Flávian, 2014), onde a mutabilidade tecnológica e comportamento dos consumidores assume especial repercussão no decréscimo progressivo da circulação impressa paga de títulos de imprensa, em Portugal. Este artigo aborda a forma como a imprensa regional assume comportamentos de mercado distintos da imprensa de alcance nacional, consubstanciados em menores perdas de material impresso vendido, por comparação com os valores registados para a imprensa de alcance nacional. Tirando partido de um inquérito aplicado aos profissionais do ector da imprensa regional, pretende-se aferir igualmente os perfis de utilização e consumo das publicações de cariz regional, de acordo com a auto-percepção dos profissionais do sector. Os dados primários recolhidos, demonstram a forma como a imprensa regional portuguesa se constitui como pequeno bastião da imprensa tradicional no país, onde características como a maior fidelização dos seus leitores, que são também leitores tendencialmente mais envelhecidos que se suportam dos formatos físicos tradicionais para o acesso aos conteúdos produzidos, ditam a realidade do sector. Aborda-se igualmente a orientação das políticas públicas para o sector, orientadas para a crescente digitalização das publicações regionais.
This article locates Portugal in the discussion on the transition from a normative public sphere (Habermas, 1968/1989, 1998) to a new networked public sphere (Benkler, 2006), powered by the internet, global networked society and participative and interactive cultures. We use data from the public participation module of the 2018 Digital news report published by the Reuters Institute for the Study of Journalism, which surveyed a representative sample of the Portuguese population. The results point to the existence and appropriation of many forms of public participation in cyberspace. Users share news, comment on news, take part in online votes, etc., on press websites and social media. Nonetheless, the collected data point to a type of online public participation that determines the slow constitution and consolidation of a new networked public sphere in Portugal.
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