Resumo Este artigo procura estabelecer um diálogo heurístico entre as lógicas normativas de mercadorização do trabalho e as lógicas normativas de psiquiatrização do sexo. A partir de uma incursão crítica por um conjunto de protocolos morais e periciais que servem a descrição e a regulação do trabalho e da sexualidade, este ensaio tem por objectivo contribuir para sinalizar velhas e novas articulações entre desvio, normalidade e sentido. Apoiando-se em modos específicos de produção de verdade e de justiça, a mercadorização do trabalho e a psiquiatrização do sexo revelam uma afinidade epistémico-funcional no governo jurídico do sujeito que interpela as bases culturais do direito como fenómeno social.
<p>O presente texto tece reflexões acerca da pesquisa narrativa e discute alguns princípios constitutivos em ações investigativas que se inscrevem nessa perspectiva teórico-metodológica. Por meio da partilha de algumas narrativas e acontecimentos vividos no desenvolvimento de uma investigação-formação longitudinal, o trabalho sublinha o quanto as ideias de experiência, alteridade, igualdade e horizontalidade são potentes para pensar e investigar narrativamente os processos formativos docentes. Além disso, destaca o outro como um sujeito legítimo e importante no processo alteritário da pesquisa e da formação, tendo no conceito de excedente de visão uma ferramenta privilegiada para essa reflexão.</p><p><strong>Palavras-chave</strong>: Narrativa. Pesquisa. Formação Docente. Experiência. Alteridade.<strong><em></em></strong></p>
O presente ensaio é desdobramento de uma pesquisa de doutorado defendida em 2019, cujo objetivo foi pensar acerca do processo de alfabetização de crianças a partir de narrativas de docentes alfabetizadores. As narrativas, fruto de encontros do Fórum de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), bem como a própria proposta de fórum, dão a ver, além de questões ligadas à alfabetização, modos outros de pensar, praticar e viver o processo formativo. O texto centra-se nesta dimensão, convidando a pensar sobre uma formação que se dá na relação com o outro, através da partilha e do conversar como possibilidade transformativa. Defende o formativo como lugar de encontro, descoberta, estranhamento e transformação, dialogando com narrativas de algumas professoras alfabetizadoras participantes da pesquisa.
Este trabalho reflete sobre a relação entre leitura literária e autoria no processo de aprendizagem-ensino de crianças de uma escola pública da cidade do Rio de Janeiro. Traz narrativas e produções infantis para pensar essa relação tendo como referência o que narram as crianças. Aborda a necessidade de uma outra forma de compreender as crianças para a transformação da relação pedagógica e das pesquisas com a infância.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.