A promoção da saúde valoriza o desenvolvimento de ações que buscam fomentar a integralidade de indivíduos e coletivos, ao considerar que as relações sociais consideradas significativas são geradoras de qualidade de vida e saúde. O presente texto objetivou apresentar as relações entre a promoção da saúde e as redes sociais significativas. O conceito de promoção da saúde foi contextualizado por meio de políticas públicas, e a definição de redes sociais significativas foi complementada com a apresentação do instrumento de pesquisa e intervenção denominado de mapa de redes. Buscou-se apresentar pesquisas que relacionaram redes sociais significativas e saúde evidenciando as contribuições na vida das pessoas. A partir de um exemplo de aplicação do mapa de redes, os resultados foram apresentados considerando o conceito de promoção da saúde e as repercussões psicossociais. Verificou-se as aproximações conceituais entre promoção da saúde e as redes sociais, o que permite ressaltar a importância de ações articuladas considerando que os vínculos sociais representam fatores de proteção da saúde integral.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632019v28n63a03
Pessoas em situação de rua estão diariamente expostas às situações de vulnerabilidades e preconceitos, o que mostra a necessidade de reconhecimento de seus direitos previstos nas legislações Brasileiras. Este texto objetivou discutir os aspectos conceituais do processo de inclusão/exclusão social de pessoas em situação de rua relacionando-os com as políticas públicas e ações da Psicologia. O estudo analisou o aspecto teórico, a cronologia referente a construção e implementação de políticas públicas, e atuação do psicólogo. Inicialmente apresenta-se um modelo teórico que considera a perspectiva dialógica da inclusão/exclusão social. Verificou-se que no Brasil, na década de 1990, as legislações direcionadas para a assistência social impulsionaram, no ano de 2009, a construção de uma política pública para pessoas em situação de rua. Isto possibilitou o surgimento de serviços socioassistenciais, por exemplo, o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), e Consultório nas Ruas. É nesse contexto que o psicólogo desenvolve práticas baseadas em conhecimentos propostos pelas legislações vigentes e recomendações do Conselho Federal de Psicologia priorizando o diagnóstico socioterritorial, a escuta qualificada e a redução de danos buscando valorizar as singularidades. Existem limites e desafios referentes a reconstrução de vínculos familiares, reinserção social e construção de projetos e perspectivas de vida. Recomenda-se delimitar intervenções psicossociais articuladas com políticas públicas para promover a garantia dos direitos humanos, cidadania, e justiça social.
As redes sociais significativas representam os vínculos sociais que promovem apoio para o indivíduo nas diversas situações. Esta pesquisa objetivou identificar e analisar as redes sociais significativas de homens em situação de rua no sul do Brasil. Participaram 12 homens que preencheram o mapa de redes, o que permitiu analisar a estrutura, as funções, e os atributos do vínculo. Verificou-se a concentração de pessoas nos seguintes quadrantes: comunidade, assistência social e equipe de saúde, pois as pessoas e instituições desenvolvem múltiplas funções de apoio emocional, ajuda material e regulação social buscando promover a cidadania. Por outro lado, identificou-se no quadrante da família fragilizações nos vínculos. Estes resultados indicam que os profissionais da assistência social e saúde fornecem apoio de acordo com os objetivos e diretrizes das políticas públicas, mas os vínculos fragilizados nas relações familiares impossibilitam a retomada de projetos de vida.
O presente artigo objetivou realizar uma revisão sistemática das pesquisas empíricas sobre pessoas em situação de rua. Foram consultadas as bases de dados (Lilacs, Medline, Ibecs, Redalyc, PePSIC) para identificar as pesquisas publicadas no período de 2011 a 2016. Identificaram-se 23 artigos que foram categorizados: 1. Aspectos sociodemográficos e macro determinantes; 2. Processo saúde e doença; 3. Modos de vida e significações e 4. Identidade social. Destacou-se o aumento da população em situação de rua e aspectos da vulnerabilidade social: uso de álcool e drogas, relatos de violência, o cotidiano de morar nas ruas, a discriminação, a fragilização de vínculos familiares, e as transformações nas identidades que repercutem na exclusão social. Trata-se de uma temática de estudo que possibilita a análise de aspectos psicossociais para o desenvolvimento de projetos de intervenção voltados para a integralidade do cuidado.
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