RESUMO -O estrato inferior é formado pela regeneração das espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas, epífitas e lianas formando um nicho ecológico de vital importância para o estabelecimento e desenvolvimento da floresta. Com o objetivo de analisar a composição florística e a estrutura do estrato inferior da floresta de várzea na APA Ilha do Combu, Belém, Pará, foram alocadas 50 parcelas de 50 x 4 m e divididas em 25 subparcelas de 2 x 2 m. Foram identificadas e quantificadas todas as espécies com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) d" 10 cm. Calcularam-se a diversidade, densidade e frequência relativas, categoria de tamanho relativa e regeneração natural relativa. Foram amostrados 22.221 indivíduos, 67 famílias, 153 gêneros e 223 espécies, e o índice de Shannon (H') foi de 3,72 nat/ind e a equabilidade (J'), de 0,69. Fabaceae, Malvaceae e Arecaceae destacaram-se em riqueza de espécies e Euterpe oleracea e Virola surinamensis em densidade relativa, categoria de tamanho relativa e regeneração natural relativa. O hábito arbóreo apresentou o maior número de espécies e indivíduos nas classes de tamanhos 1 e 2. Os mecanismos de adaptação e a produção de frutos estão relacionados com a diversidade da área, onde as espécies com estratégias mais eficientes são dominantes e mais representativas quantitativamente na comunidade.Palavras-chave: Regeneração, Riqueza e classes de tamanho e Unidade de conservação. FLORISTIC COMPOSITION AND STRUCTURE OF LOWER STRATUM OF FLOODPLAIN FOREST IN ILHA DO COMBU ENVIRONMENTAL PROTECTION AREA, BELÉM, STATE OF PARÁ
O objetivo deste trabalho foi conhecer e comparar a composição florística e a estrutura de duas áreas de florestas de várzea localizadas na reserva extrativista Chocoaré-Mato Grosso, Santarém Novo-PA. O inventário florístico abrangeu 1,5 ha em parcelas de 10 x 100 m, distribuídas na área 1 (1,0 ha) e área 2 (0,5 ha). Foram identificados os indivíduos arbóreos com circunferência a 1,3 m altura do solo (CAP > 30 cm e demonstrada a riqueza, área basal e o IVI (Índice de Valor de Importância) para cada área. A relação entre as áreas foi realizada por meio da similaridade de espécies, densidade, área basal, análise de agrupamento e espécies indicadoras. Na área 1, ocorreram 613 ind.ha-1 (26,67 m².ha-1) distribuídos em 17 famílias, 33 gêneros e 34 espécies com Euterpe oleracea, Enterolobium maximum, Symphonia globulifera, Pterocarpus amazonicus e Virola surinamensis apresentando os maiores IVI's e a área 2 com 744 ind.ha-1 (35,34 m².ha-1) em 13 famílias, 24 gêneros e 26 espécies com Mauritia flexuosa, Euterpe oleracea, Virola surinamensis, Tapirira guianensis e Inga thibaudiana com os maiores IVI's. As áreas registraram baixas similaridades entre si (0,18) e tanto a densidade quanto a área basal foram superiores na área 2. O agrupamento separou as áreas entre si e das 51 espécies, apenas 15 foram indicadoras. Conclui-se que, as florestas apresentaram baixa riqueza com pouca semelhança entre as populações arbóreas e as espécies indicadoras ocorreram nas áreas 1 e 2.
Foi avaliada a correlação da abundância de orquídeas epífitas com o tipo de casca dos forófitos e a influência do DAP sobre a abundância e a riqueza na Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Combu, Belém, Pará, Brasil. O estudo foi realizado em 2,85 ha, a partir da demarcação de 114 transectos de 5 m x 50 m, onde foram mensurados todos os forófitos com DAP 20 cm e anotadas as características da casca, e identificadas as orquídeas epífitas. A correlação entre o tipo de casca dos forófitos e a abundância de orquídeas foi verificada através do número de epífitas por forófitos na espécie arbórea x, e também da razão (n.° epífitas/n.° forófitos) para forófitos rugosos e não-rugosos. Os diâmetros foram categorizados em classes para verificar a influência do DAP sobre a abundância e a riqueza. Trinta e cinco espécies de forófitos (73%) apresentaram casca rugosa, com destaque para Hevea brasiliensis e Carapa guianensis que foram os mais amostrados (58 e 42) e mais expressivos em número de orquídeas epífitas; a razão de epífitas por forófitos foi maior em troncos com casca não-rugosa. As classes de diâmetro 2 (31,8 63,7) e 3 (63,7 95,5) registraram as maiores abundâncias de orquídeas epífitas. A abundância de orquídeas epífitas é influenciada pela rugosidade da casca e correlacionada aos maiores diâmetros dos forófitos.
O estudo avaliou a composição florística e a diversidade da vegetação do trecho denominado Alto Cajari, na Reserva Extrativista do Rio Cajari, abrangendo os municípios de Mazagão, Laranjal do Jari e Vitória do Jari no estado do Amapá.Foram alocadas 27 parcelas de 20 x 100 m, totalizando uma área amostrada de 5,4 hectares. Em cada parcela foi realizada a identificação e contagem do número de indivíduos com DAP ≥ 9 cm.As tipologias vegetais encontradas no Alto Cajari são predominantemente dos ecossistemas de floresta ombrófila densa e savana amazônica. Nas 27 parcelas foram amostrados 437 indivíduos, 34 famílias e 74 espécies. Fabaceae (15 espécies), Anacardiaceae (5), Lauraceae e Myrtaceae (4) se sobressaíram em riqueza de espécies. As espécies que mais se destacaram foram Cecropia palmata Willd. (28), Byrsonima crassifolia (L.) Kunth (22), Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson (21), Spondias mombin L. (19), Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth.& Hook. f ex S. Moore (18) e Trattinnickia rhoifolia Willd. (18).
O objetivo desta pesquisa é conhecer a diversidade de espécies vegetais coletadas na abrangência da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza, entre os municípios de Santana e Macapá, Estado do Amapá. A partir da organização de registros digitais de dados de espécies coletadas e tombadas em herbários nacionais e internacionais, foram extraídos os registros coletados no Estado do Amapá, compreendendo a abrangência da área de interesse da pesquisa. A composição florística foi avaliada pela riqueza dos indivíduos distribuídos em gêneros e espécies. As famílias foram organizadas de acordo com o APG IV e a atualização de nomenclatura e verificação de hábito de vida foram realizadas por meio de consulta aos sites Flora do Brasil 2020 e Tropicos. Foram registradas 501 amostras tombadas em 18 herbários, sendo 11 nacionais e sete internacionais, destas, 235 depositadas no Herbário Amapaense. Registraram-se 245 espécies pertencentes a 60 famílias e 169 gêneros. Fabaceae foi a família com o maior número de espécies registradas, seguida de Poaceae e Orchidaceae, e o hábito mais frequente foi herbáceo. Conclui-se que a diversidade florística da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza é bastante significativa, mas mesmo com expressiva diversidade registrada ainda há necessidade de estudos adicionais para ampliação do conhecimento da diversidade existente.
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