Revista de Administração da UNIMEP-v.13, n.1, Janeiro/Abril-2015. Página 221 convergentes e divergentes que permitissem a formulação de categorias de análise. Posteriormente, as categorias encontradas foram comparadas com o corpo teórico existente sobre a temática para validar os achados e permitir posteriormente, a formulação de teorias. A interpretação dos relatos sugere que esse grupo de consumidores inicia sua experiência no mercado de automóveis a partir de significados e práticas associados a aspectos utilitários dessa categoria de produtos que diferem daqueles apontados em outros estudos que estavam focados em consumidores de mais alta renda. Dessa forma, os relatos não destacaram os valores simbólicos e subjetivos que aparecem como os mais importantes na literatura consultada. Os achados desse estudo exploratório falam de liberdade, conforto e conquista associados à mobilidade urbana diferindo, assim, em sua construção, daqueles significados simbólicos encontrados em outros estudos sobre o comportamento do consumidor de automóveis.
Um a cada seis brasileiros é evangélico e esse número continua crescendo. No começo o crescimento deste movimento se deu em silêncio praticamente ignorado por todos, os templos eram em cidades pequenas, periferias, e nos dias atuais passaram por uma grande mudança. A população evangélica se estendeu em grande proporção, tornou-se visível e objeto de diversos estudos, é possível verificar uma expressão cada vez mais significativa do movimento evangélico nos diversos setores da sociedade e muitos veem nesse segmento uma oportunidade de ganho, seja dentro das igrejas ou fora delas. Assim, o objetivo desta pesquisa foi compreender o consumo de produtos religiosos por consumidores evangélicos. Amparada na corrente de perspectivas teóricas da CCT (Culture and Consumer Theory), a partir de um método qualitativo que utilizou entrevistas em profundidade com 15 consumidores evangélicos, foram feitas análises de conteúdo. Os resultados encontrados apontam dois grupos de consumidores: a) os pertencentes à igrejas baseadas na Teoria da Prosperidade em que acreditam que a partir do consumo desses produtos religiosos conseguirão adquirir uma vida mais próspera financeiramente; e b) aqueles que buscam igrejas mais moderadas na pressão pelo consumo de seus produtos, mas que também prometem a salvação. Além disso, outro achado chama a atenção por também não estar presente na literatura sobre a temática, ambas as tipologias de consumidores, ao não conseguirem atingir as bênçãos prometidas, abandanam a atual igreja e buscam superar suas frustrações em outra, como um consumidor infiel.
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