OBJETIVO: Avaliar a incorporação de telas de poliéster revestido em uma de suas faces por colágeno (Parietex, Covidien) e polipropileno recoberto por ácido poliglicólico (Optilene Mesh Elastic e Safil, BBD Aesculap) no reparo de defeitos da parede ventral de coelhos avaliando a cicatrização no aspecto macroscópico, o depósito de colágeno e a imunomarcação tecidual pelos anticorpos MMP-1, MMP-8 e MMP-13. MÉTODOS: Utilizaram-se 16 coelhos, divididos em dois grupos de oito animais, avaliados após eutanásia após 30 e 60 dias de pós-operatório. Os animais foram submetidos à realização de dois defeitos simétricos na parede ventral do abdome, à direita e esquerda da linha alba, que compreendendo todos os folhetos musculares e o peritônio. O reparo dos defeitos foi realizado mediante implante intraperitoneal de dois modelos diferentes de telas. Utilizou-se a tela de poliéster revestido com camada protetora de colágeno (grupo controle) e a tela de polipropilene revestido com malha de ácido poliglicólico (manufaturacao própria, grupo de experimentacao). A avaliacao constou de aspectos clínicos, achados macroscópicos, análise dos colágenos tipos I/III e avaliação imunoistoquímica de metaloproteinases. RESULTADOS: Os resultados da avaliacao clínica e os parâmetros macroscópicos foram semelhantes entre os grupos. 50% dos animais do grupo Parietex tiveram ausência de aderencias intraperitoneais a no 30° dia de pós-operatrório. Em ambos os grupos observou-se reducao das aderências entre o 30° e o 60° dias de pós-operatório, contudo sem diferenca estatística. As aderências observadas foram classificadas principalmente de frouxas. Nao se observou a ocorrencia de complicacoes envolvendo vísceras intraabdominais. No Grupo Parietex houve a ocorrência de formacao de ulceracao da pele que recobria a tela em quatro animais, em comparacao com um no grupo de experimentacao. No Grupo Parietex foi observada uma insuficiencia de reparo após 60 dias. Quanto ao depósito do colágeno tipos I e III, nao houve diferenca significativa entre os grupos. Os resultados da imunoistoquímica referentes aos anticorpos MMP-1 e MMP-8 também não demonstraram diferença significativa entre as telas. CONCLUSÃO: As duas telas pesquisadas obtiveram resultados semelhantes tanto nos aspectos macro como nos microscópicos, podendo ser consideradas semelhantes quanto ao reparo de defeitos cirúrgicos da parede ventral do abdome em coelhos.
INTRODUÇÃO: O uso de telas para a correção cirúrgica de defeito herniários da parede abdominal contribuiu para a acentuada redução dos índices de recidiva das hérnias. Contudo, o seu uso intra-abdominal cursa com a formação de aderências e diversas complicações, dentre elas a obstrução intestinal. MÉTODO: Foram selecionados, nos bancos de dados PubMed e Medline, 27 artigos científicos atualizados e com informações relevantes à respeito das propriedades mais importantes das telas (material, diâmetro dos poros, estrutura tridimensional e peso molecular) para colocação intra-abdominal, evitando-se a formação de aderências e recidiva da hérnia. CONCLUSÃO: Atualmente as telas de dupla-composição são as mais indicadas para uso intra-peritoneal. Estas têm uma face composta por um material (preferencialmente macro poroso e reticular) que fica em contato com a musculatura e tem o objetivo de manter a resistência tênsil da parede abdominal. A outra face, composta por outro tipo de material (preferencialmente micro poroso e laminar), deve ficar em contato com os órgãos intra-abdominais, porém sem induzir a formação de aderências
INTRODUÇÃO: Má rotação intestinal é entidade clínico-cirúrgica que faz parte do cotidiano do cirurgião pediátrico, mas que se torna um desafio diagnóstico quando desenvolve sintomas em adolescentes e adultos. RELATO DO CASO: Mulher deu entrada no hospital com quadro de intensa dor abdominal com três dias de evolução e piora progressiva nas últimas 24 horas. A dor apresentava piora importante após as refeições, quando era acompanhada de náuseas e vômitos. Ao exame físico apresentava-se em bom estado gera, abdômen plano, flácido, ruídos presentes, levemente doloroso à palpação de epigástrio, mas sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais encontravam-se dentro dos limites da normalidade, bem como estudo ultrassonográfico. Não houve melhora clínica apesar do tratamento instituído e optou-se por investigação cirúrgica por tomografia sugerir má rotação intestinal. No intra-operatório observou-se todo o intestino delgado disposto para o lado direito do abdômen e o cólon para o lado esquerdo. Além disto, o jejuno proximal encontrava-se isquêmico e fazendo um volvo de 720º sobre o eixo dos vasos mesentéricos superiores. Para a correção da anomalia fez-se enterotomia do jejuno proximal, a cerca de 10 cm do ligamento de Treitz, e desconfecção do volvo, o que cursou com melhora progressiva da isquemia intestinal, permitindo que se fizesse enteroanastomose. Realizou-se ligadura do pedículo da artéria cólica média em sua origem e colectomia direita seguida de anastomose íleo-transversa látero-lateral. A paciente evolui bem. CONCLUSÃO: - A má rotação intestinal em adultos é doença de difícil diagnóstico primário, devido a não constar entre as hipóteses diagnósticas iniciais do cirurgião geral.
INTRODUÇÃO: A espécie vegetal Jatropha gossypiifolia L., conhecida também como pião roxo, é utilizada na medicina popular como cicatrizante, anti-hipertensivo, purgativo e diurético. OBJETIVO: Avaliar a influência da administração intraperitoneal da Jatropha gossypiifolia L., na cicatrização de suturas da parede abdominal ventral de ratos, observando-se os seus aspectos macroscópicos, tensiométricos e microscópicos. MÉTODOS: Foram utilizados no procedimento 40 ratos da linhagem Wistar, machos, distribuídos em dois grupos de 20. Após incisão da parede e abertura da cavidade abdominal, foi instilado 1 ml/kg/peso de cloreto de sódio a 0,9% no grupo controle e no grupo Jatropha o extrato bruto etanólico da Jatropha gossypiifolia L., na concentração de 1 ml/kg/ peso. Realizou-se a sutura da parede abdominal com fio de polipropileno, com pontos separados. Os animais foram avaliados na sua evolução pós-operatória e mortos em dois subgrupos, no 3º e 7º dia. Analisou-se a parede abdominal ventral macroscopicamente, mediu-se a força de resistência a tensão e foram estudados os aspectos histológicos do reparo cicatricial. RESULTADOS: No exame macroscópico encontraram-se aderências mais intensas nos subgrupos Jatropha no 3º e 7º dia. A avaliação tensiométrica foi significantemente maior nos subgrupos Jatropha no 3º e 7º dia. A avaliação histológica comparativa entre os subgrupos demonstrou que o processo inflamatório agudo foi significantemente maior no subgrupo Jatropha no 3º e 7º dia; a neoformação capilar foi significantemente maior no 3º dia pós-operatório do subgrupo Jatropha sendo os outros parâmetros histológicos semelhantes. CONCLUSÃO: O uso do extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. intraperitoneal não demonstrou melhora significativa no processo de cicatrização da sutura da parede abdominal ventral de ratos com a dose e concentração utilizadas.
InTRODUÇÃOO câncer de esôfago está entre as seis neoplasias malignas mais comuns no mundo, e é considerado pela Organização Mundial de Saúde importante problema de saúde pública. Devido a sua grande agressividade clínica, constitui um dos tumores de pior prognóstico, com alto índice de morbi-mortalidade 6 .Sua incidência varia em diferentes regiões do mundo, alcança seus maiores índices em países asiáticos como a China, sendo também freqüente no Japão, sudeste da África e América do Sul 9 . No Brasil, de acordo com a estimativa de incidência de câncer para 2006 7 , devem ocorrer cerca de 10.580 novos casos (7.970 entre os homens e 2.610 entre as mulheres) neste ano. O Estado do Rio Grande do Sul apresenta um dos maiores índices mundiais, com 21,17 casos para cada 100 000 homens e 7,88 para cada 100 000 mulheres 7 .Dentre os diferentes tipos de tumores que podem acometer o esôfago, o mais freqüente, e que responde por mais da metade dos tumores deste órgão na estatística mundial, é o carcinoma epidermóide, também chamado espinocelular, pois origina-se do epitélio normal de revestimento do esôfago . ABCDDV/570O estudo da biologia molecular dos tumores tem despertado o interesse de grande número de pesquisadores, uma vez que possibilita maior compreensão da gênese tumoral, abrindo grande número de linhas de pesquisas na busca de melhor manejo tanto na prevenção, quanto no diagnóstico, prognóstico e, conseqüentemente na conduta em relação ao câncer 9 .Ainda em investigaçã, técnicas de biologia molecular parecem ter futuro promissor no diagnóstico patológico e graduação de tumores. Estudos de marcadores de angiogênese são exemplos de um importante coadjuvante na pesquisa do câncer, e têm demonstrado forte correlação com a intensidade da carcinogênese 5,8 .Os biomarcadores que modulam a formação de novos vasos pela angiogênese, como o C34, uma glicoproteína transmembrana expressa em todas as células progenitoras hematopoéticas, têm sido avaliados em diversos tipos de tumores como marcador de grande potencial prognóstico1, uma vez que a angiogênese é reconhecida como pré-requisito fundamental para o crescimento e metastatização tumoral 4 .Associado à imunoistoquímica, a citofotometria de
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