IntroduçãoO polipropileno (PP) é um dos polímeros termoplásticos mais utilizados pela indústria, com uma diversidade de aplicações que incluem embalagens rígidas e flexíveis, descartáveis, tubos e produtos injetados para os mais variados usos. A indústria petroquímica disponibiliza vários tipos de polipropilenos, quais sejam: PP homopolímero, PP copolímero heterofásico e PP copolímero randômico. O PP homopolímero contém apenas o monômero propeno em sua cadeia molecular e, sendo predominantemente de configuração isotática, pode atingir um grau de cristalinidade de até 60%.Como consequência da presença do grupo lateral metil, o PP possui maior temperatura de transição vítrea (T g ) e maior rigidez quando comparado ao polietileno, mas exibe baixa resistência ao impacto em baixas temperaturas. Com isso, sua microestrutura torna-se mais susceptível à propagação de falhas. A síntese do PP copolímero, normalmente utilizando o etileno como comonômero, é uma solução conhecida para aumentar a tenacidade do PP em baixas temperaturas, uma vez que ocorre uma redução tanto da temperatura de transição vítrea como do grau de cristalinidade [1] . A produção de copolímeros, por se tratar de uma solução que envolve alteração no processo de polimerização, apresenta duas consequências negativas do ponto de vista industrial: (i) maior custo, uma vez que não se tem o ganho em escala que ocorre com o PP homopolímero; (ii) menor versatilidade, ou seja, alterações nas propriedades requerem alterações na processo de síntese, com todos as dificuldades operacionais decorrentes. Assim, o emprego de PP copolímero, para aplicação em produtos de menor valor agregado, torna-se frequentemente inviável.Um procedimento pouco estudado para alcançar boa resistência ao impacto seria a adição de plastificantes ao PP homopolímero. Os plastificantes são largamente utilizados, principalmente no PVC, alcançando-se uma grande variedade de propriedades e aplicações [2,3] . Uma restrição a essa abordagem é que são poucos os polimeros comerciais para os quais existem plastificantes adequados para a utilização industrial. No caso do polipropileno a semelhança química indica que os poliisobutenos poderiam ser plastificantes compatíveis. Os poliisobutenos (PIB´s) são copolímeros de baixa massa molar, predominantemente formados por isobutileno e baixo teor de buteno e são utilizados como plastificantes para alguns tipos de polímeros, como polietileno de baixa densidade para aplicação como filme esticável (stretch film) [4,5] , promovendo uma maior flexibilidade e elasticidade.Os trabalhos pioneiros sobre o uso de poliisobutenos como plastificantes para o PP foram os desenvolvidos independentemente por Sanders [4] e Khungar [5] . Eles investigaram o efeito plastificante dos polibutenos nas propriedades mecânicas de filmes de PP, tendo observado uma redução no módulo elástico e aumento no índice de fluidez, fatores que indicam uma ação plastificante. Entretanto, os autores citados não exploraram a influência deste aditivo nas propriedades térmicas, cristalinidade e ...
Resumo: Neste trabalho investigou-se o efeito de poliisobutenos (PIB´s), de massas molares variando de 480 a 1.600 g/mol, no polipropileno isotático. Composições contendo até 7% dos PIB´s foram preparadas em misturador interno e corpos de prova foram confeccionados a partir de placas moldadas por compressão. Foram realizados ensaios de resistência à tração, microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raios X (DRX), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e índice de fluidez (IF). Os resultados de índice de fluidez indicaram uma acentuada redução na viscosidade com a presença dos plastificantes. Os ensaios mecânicos comprovaram o efeito plastificante dos PIB´s, em relação ao PP puro, com queda na tensão de escoamento e módulo elástico. As análises de DRX mostraram uma redução no grau de cristalinidade do polipropileno. As micrografias obtidas por MEV não evidenciaram a ocorrência de separação de fase, sugerindo que os componentes formam misturas miscíveis.
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