Sintomas do trato Urinário inferior, do inglês, “lower urinary tract symptoms” (LUTS)afetam entre 60 e 70% da população masculina e feminina em todo o mundo, contudo sãomais comuns em idosos principalmente do sexo masculino (CARBONE et al., 2015).
A infecção do trato urinário (ITU) é a infecção bacteriana mais comum em crianças febris menores de 2 anos de idade (WALD, 2004). Em lactentes, existe maior potencial de dano renal do que em crianças mais velhas (MANTADAKIS; MONTINI, 2011).Em muitos casos, está associada às anormalidades do trato urinário, a exemplo, principalmente, do refluxo vesicoureteral (RVU) que é anormalidade mais comum na população pediátrica (BERROCAL et al., 2001).O refluxo facilita o transporte de urina infectada da bexiga para o rim, levando ao desenvolvimento de pielonefrite (MANTADAKIS, 2011).Estudos recentes demonstram que antibioticoprofilaxia é benéfica aos pacientes com RVU, principalmente nos de alto grau (BESSA JUNIOR et al, 2015), demonstrando a necessidade de diagnóstico precoce.Não existe um protocolo ideal aplicável consensualmente a todas as crianças com ITU febril para pesquisa de refluxo. Protocolos mais aceitos dado a maior sensibilidade são centrados na uretrocistografia que é uma técnica amplamente reprodutível e disponível, mas que se trata de exame invasivo, requer cateterização uretral, associa-se a desconforto e ansiedade para o paciente e sua família, além de mais onerosos, e com significativa exposição à radiação ionizante.Enquanto essa abordagem ainda é recomendada por muitos, protocolos alternativos, menos invasivos, mas com aceitável sensibilidade e especificidade têm sido propostos.Um método diagnóstico alternativo é a cintilografia cortical renal com ácido dimercaptosuccínico-tecnécio-99m (DMSA) que é o exame de escolha para a detecção de pielonefrite aguda e cicatriz renal, com papel bem estabelecido como marcador prognóstico no seguimento das crianças com ITU febril. A cintilografia possui a vantagem de detectar o envolvimento renal, assim como a vulnerabilidade renal a novas lesões (PRASAD, 2011). Recentemente, o uso da cintilografia com DMSA tem sido proposto como alternativa a uretrocistografia restringindo a indicação da mesma somente quando a cintilografia demonstrasse cicatrizes renais (Top Down Approach).A despeito dos estudos promissores e da razoável aceitação desta abordagem, nem todas as dúvidas foram dirimidas e a aplicação clínica do método ainda não foi totalmente definida na avaliação prospectiva de crianças com ITU febril. Até o momento não existe consenso na literatura sobre qual seria a melhor abordagem diagnóstica nestes casos.
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