Introdução: A dengue é uma doença com prevalência em ambientes urbanos com infraestrutura habitacional precária, causada por um arbovírus. É transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar comparativamente os dados epidemiológicos da dengue para as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022, com a finalidade de avaliar a eficácia das ações preventivas de controle da doença. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo dos dados obtidos por meio de boletins epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Utilizou-se de técnicas de inferência estatística, como o teste para duas proporções com parametrização pela estatística z, para avaliar a significância do aumento nas taxas de incidência observadas. Resultados: Notou-se uma elevação estatisticamente significativa nas incidências de dengue em todas as regiões do Brasil, em especial no Sul e Centro-Oeste, comparando-se as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022. Os casos graves e com sinais de alarme, bem como os óbitos pela doença, também aumentaram de maneira significativa. O Distrito Federal e os estados de Tocantins e Goiás tiveram incidências muito superiores à mediana nacional e representaram pontos de particular atenção no controle da doença. Conclusão: Este estudo observacional demonstrou que a dengue continua muito presente em todas as regiões do Brasil. Acredita-se que a ocorrência de fenômenos naturais possa ter provocado alterações climáticas capazes de impactar o ciclo de proliferação do Aedes aegypti. Ademais, durante o período pandêmico pode ter havido precarização das medidas de prevenção e de vigilância epidemiológica. Assim, com a diminuição dos casos de COVID-19 observada em 2022, os casos de dengue que antes estavam sendo subnotificados ou negligenciados, emergiram, revelando o real quadro epidemiológico brasileiro.
Introdução: A profilaxia através da imunização é um mecanismo fundamental ao controle de doenças infectocontagiosas, apresentando importante papel na redução da mortalidade e incidência de doenças preveníveis. Nos últimos anos, contudo, notou-se uma tendência de redução dos números referentes à cobertura vacinal em todas as regiões do Brasil. Objetivo: O presente estudo visa analisar os dados vacinais no país entre os anos de 2011 a 2021 e os fatores correlacionados, permitindo avaliar as medidas adotadas atualmente. Métodos: Foi realizada uma análise estatística baseada em dados obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN, através do portal DataSus, buscando-se avaliar a tendência de queda na cobertura de vacinação e identificar as unidades federativas e regiões com as menores taxas. Resultados: Para os dados de cobertura vacinal de 2011 a 2021, observou-se que a taxa correspondente ao ano de 2016 representou um outlier pelo Método de Tukey. O Teste de Lilliefors para as variáveis ano e cobertura vacinal, nos cenários com e sem outlier, apontaram para um comportamento normalmente distribuído dos dados. Em cenários com outlier encontrou-se correlação negativa (r = -0.5122) e não estatisticamente significativa (F = 3.201; p-value = 0.1072). Em outra situação, sem o outlier (r = -0.6596), houve forte relação inversamente proporcional entre a cobertura vacinal e o ano, com a significância estatística do modelo (F = 6.1598; p-value = 0.038). A análise demonstrou redução estatisticamente significativa nas coberturas vacinais de todas as regiões brasileiras entre 2011 e 2021. Este achado é importante, uma vez que indica que a diminuição da cobertura vacinal observada nos últimos anos, muito provavelmente não ocorreu ao acaso (p < 0.01). Conclusão: Em suma, fatores socioeconômicos e políticos distanciaram o pleno acesso por todas as classes sociais a imunizantes, o que somado à ascensão de movimentos antivacina e à hesitação vacinal contribuiu diretamente para o desfavorável declínio do número de pessoas vacinadas no Brasil entre 2011 e 2021.
Introdução: A dengue é uma doença causada por um RNA vírus cuja transmissão se dá pelo mosquito Aedes Aegypti. Nas últimas décadas, verificou-se o crescimento no número de novos casos no Brasil e no mundo. Objetivo: avaliar a evolução epidemiológica da dengue no Brasil entre 2014 e 2021 e identificar as regiões com maior incidência, bem como compreender o comportamento sazonal da doença. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo a partir de dados extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Utilizou-se técnicas de estatística descritiva e inferência estatística para analisar as informações coletadas. Resultados: Evidenciou-se que nos anos de 2017 e 2018 houve redução expressiva no número de casos e óbitos por dengue em todo o Brasil, com exceção dos estados da região Centro-Oeste que, ao longo de toda a série histórica, permaneceram com taxas de incidência crescentes e muito superiores à média nacional. Observou-se também que a incidência de casos foi maior no outono do que no verão em grande parte dos estados brasileiros. Conclusões: Os dados demonstraram particular dificuldade dos estados da região Centro-Oeste no controle da doença, o que evidencia a necessidade de reavaliação das medidas de prevenção nessas localidades. Constatou-se também que o outono apresentou incidências elevadas, maiores até do que as taxas observadas no verão em algumas regiões do país, chamando a atenção para a necessidade de ampliação das medidas de controle do mosquito vetor para a referida estação.
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