A membrana amniótica é a camada mais interna das três membranas placentárias fetais. A captação da membrana amniótica para o aloenxerto acontece ainda durante o parto, logo após resultados negativos das sorologias de HIV, VDRL, HBsAg e Hepatite C da mãe doadora. A membrana apresenta diversas propriedades, tais como efeito antibacteriano, anti adesivo, antiálgico, anti-inflamatórias, anti apoptóticas. Além disso, é altamente rica em substâncias que promovem a proliferação e desenvolvimento celular. Uma característica única da membrana amniótica é que ela não induz a rejeição imune, pois não expressa os antígenos de histocompatibilidade HLA-A, B ou DR 5. O tecido transplantado pode ser usado na terapia de doenças da superfície ocular, reparo de queimaduras ou para reconstrução de estruturas cutâneas. Além disso, há estudos testando outras possibilidades de uso para este tecido. Após análise das pesquisas foi possível constatar que o transplante de membrana amniótica consiste em uma terapia alternativa promissora, relacionada com os mais diversos sistemas de forma a promover resultados eficientes e satisfatórios em cada um deles.
O transplante de útero vem sendo analisado para sua admissão nos transplantes regulamentados no Brasil, uma vez que o comprometimento uterino é um importante causa de morbidade em todo o mundo, sendo responsável por acometer a harmonia familiar ao tornar-se um grande entrave para a geração de um filho. Logo, há ocorrências de más formações uterinas que não podem ser corrigidas por meio de cirurgia, além da infertilidade pela ausência do útero, que são fatores determinantes para indicação do transplante de útero. Esse procedimento cirúrgico é uma nova técnica utilizada especialmente em pacientes com diagnóstico de infertilidade total de razão uterina, em que o útero vigoroso é doado para uma mulher acometida pelo Fator de Infertilidade Uterina, como também mulheres com idade inferior a 44 anos que já passaram por cirurgia de remoção do útero, concedendo boas chances se persistir o desejo de engravidar. Assim, o transplante de útero é caracterizado como um procedimento complexo, que pode acarretar em riscos para a doadora e receptora no pós operatório, mas que também possui muitas taxas de sucesso, posto que em todo o mundo cerca de 50 transplantes de útero já foram realizados, e desses, 16 transplantações tiveram bons resultados.
O transplante multivisceral é a única maneira de restabelecer a nutrição pelo trato digestivo de pacientes que sofrem de falência intestinal ou que apresentem absorção inadequada de macro e micronutrientes. A maioria desses transplantes ocorre na população pediátrica, causada principalmente pela síndrome do intestino curto, que incapacita o intestino da criança de secretar fluidos e absorver nutrição e energia eficiente. A realidade dos pacientes brasileiros que apresentam essa injúria é muito dura, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede privada não oferecem o transplante multivisceral pela falta de profissionais que dominem a técnica deste procedimento. O estudo fez o uso de publicações científicas datadas entre 2015 e 2021 presentes nas bases de dados SciElo, PubMed, Up To Date, Medical News Today, Google Scholar, New England Journal of Medicine e ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) em português e inglês abordando o tema “Transplante Multivisceral”. Foram excluídos desta revisão projetos de pesquisa, livros, relatos de caso e editoriais. A partir da análise das literaturas encontradas, verificou-se que embora a rejeição ainda seja bastante frequente, diversos avanços permitiram a aplicação clínica do transplante multivisceral, como o surgimento de novas drogas imunossupressoras, indutoras, anticorpos antilinfocíticosmono e policlonais. Conclui-se portanto que, incialmente esse tipo de transplante não apresentou resultados satisfatórios, mas com o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e controle de infecções, o transplante multivisceral aparenta ser bastante promissor.
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