INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é hoje um fenômeno universal e a depressão é um problema de saúde frequente entre os idosos. OBJETIVOS: Determinar a prevalência de depressão em idosos atendidos em ambulatório de geriatria e estabelecer os fatores associados. METODOLOGIA: Foi realizado estudo transversal com aplicação de questionário contendo: variáveis clínicas e epidemiológicas, Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (EDG), WHOQOL-Old e WHOQOL-Abreviado em idosos atendidos no Setor de Geriatria do Programa de Ação Integrada para o Aposentado, de janeiro a abril de 2009, em São Luis-MA. Os dados foram analisados utilizando-se o programa SPSS for Windons 14.0, com aplicação dos testes nãoparamétricos adequados, inclusive correlação de Spearman, considerando as diferenças significantes quando P<0,05. RESULTADOS: Foram avaliados 102 idosos com a idade variando de 60 a 91 anos e a média de 71,5 ± 6,7 anos. A maioria eram mulheres (71,6%), casados (64,8%) e aposentados (87,3%); 38,2% eram hipertensos; 11,8%, diabéticos; 20,6%, com hipertensão e diabetes; 40,2% procuraram atendimento por doença do sistema osteomuscular; 34,3%, do aparelho circulatório e 14,7%, por doenças endócrinas. A EGD variou de 0 a 13, com a média de 6,0 ± 3,9. A prevalência de depressão foi de 50%, sendo grave em 13,7%. Observou-se associação significante entre depressão e idade, sexo, raça e atividade física, refletindo na qualidade de vida dos idosos. CONCLUSÃO: A prevalência de depressão foi alta, afetando homens, negros e sedentários, com agravamento conforme avanço da idade e influenciando na piora da qualidade de vida.