Handroanthus chrysotrichus é uma espécie arbórea da família Bignoniaceae, conhecida como ipê-amarelo ou ipê-tabaco, de grande valor madeireiro, medicinal e amplamente utilizada na arborização urbana. O presente trabalho teve como objetivo determinar o número cromossômico de Handroanthus chrysotrichus. Os meristemas radiculares da espécie foram submetidos ao tratamento de bloqueio em solução de 3 µM de amiprofos-metil durante 16 horas a 4ºC. Em seguida, as raízes foram lavadas em três trocas em água destilada e fixadas em metanol: ácido acético na proporção 3:1, transferidas para tubos Eppendorf ® contendo enzima 200 µL de pectinase, permanecendo a 35ºC em banho-maria por 50 minutos. As lâminas foram preparadas pela técnica de dissociação celular. Por meio da citogenética foi possível determinar que a espécie Handroanthus chrysotrichus possui células com 2n = 38 e outras com 2n = 48 cromossomos, indicando que as sementes dessa espécie apresentam o fenômeno de poliembrionia. Palavras-chave: ipê-amarelo; metáfases mitóticas; euploidia. Number of chromosomes of Handroanthus chrysotrichus (Bignoniaceae)
A espécie Costus spiralis possui potencial ornamental e propriedades fitoterapêuticas. O presente trabalho objetivou avaliar a viabilidade do pólen de Costus spiralis, fornecendo dados para subsidiar os estudos de melhoramento genético, e comparar diferentes testes colorimétricos usualmente utilizados para avaliação de viabilidade polínica. Para tal, foram utilizados botões florais, de onde foram retiradas as anteras, que permaneceram em solução de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC) sob duas concentrações: 0,075 e 0,30% durante 12 e 24 horas. Diferentes corantes também foram submetidos à análise, com a retirada da antera, posterior maceração sobre a lâmina, com uma gota do corante a ser testado (fucsina 1%, verde malaquita 1%, lugol 2%, azul de astra 1%, carmim acético 2%, reativo de Alexander e orceína acética 2%). Foram avaliadas 5 lâminas por corante e contabilizados 300 grãos de pólen por lâmina pelo método de varredura. Verificou-se que os corantes orceína acética, TTC nas concentrações de 0,30 e 0,075%, lugol 2% e azul de astra 1% obtiveram as maiores médias, não apresentando diferença significativa entre os corantes verde malaquita e reativo de Alexander. O teste colorimétrico com TTC foi o mais eficiente na estimativa da viabilidade polínica, permitindo distinguir facilmente os grãos de pólen viáveis, com coloração avermelhada a tons de escuro, dos inviáveis, com tons mais claros a transparentes. Por meio dos diferentes corantes utilizados em Costus spiralis, observou-se que as médias não se diferenciaram para os corantes orceína acética, TCC 0,075 e 0,30% e lugol 2%, porém, de acordo com a eficiência de cada corante, indica-se a utilização do TCC para a estimativa da viabilidade polínica por estar relacionado com a respiração celular. Palavras-chave: biologia reprodutiva; cana-do-brejo; zingiberales. Staining test in pollen grains of Costus spiralis (Jacq.) Roscoe (Costaceae) for verifying its viability
O gênero Catasetum Rich. ex Kunth, Orchidaceae, destaca-se dos demais grupos por apresentar dimorfismo sexual e também pelo mecanismo de disparo das polínias quando em contato com alguma estrutura externa. Para este gênero, estudos mostram que há uma ampla diversidade morfológica, numérica e cromossômica. A hibridação interespecífica é um dos principais aspectos responsáveis por esta vasta diversidade. Pela relevância do gênero poucos estudos referentes aos híbridos do gênero, este trabalho objetivou-se determinar o número cromossômico do híbrido oriundo do cruzamento de Catassetum (Dragon’s x pileatum). O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Citogenética e cultura de Tecidos Vegetais, na Universidade do Estado de Mato Grosso, utilizou-se meristemas radiculares de um híbrido obtido do cruzamento de Catasetum (Dragon’s x pileatum), foram submetidas ao processo de bloqueio permanecendo em solução de Amiprofos-metyl 3µM APM durante um período que variou de 12 a 18 horas a uma temperatura de 4ºC e fixadas em solução metanol-ácido acético (PA) em uma proporção de 3:1 sob as mesmas condições de temperatura, sendo posteriormente transferidas para tubos do tipo Eppendorf® contendo 200?L de enzima Pectinase SIGMA® à 100%, permanecendo por 5 horas a 35ºC em banho-maria. As lâminas foram preparadas pela técnica de dissociação celular, secagem ao ar e em placa aquecedora a 50ºC e submetidas à solução Giemsa a 5% por 3 minutos. As imagens com cromossomos bem distribuídos e sem sobreposições nas lâminas foram fotografadas com o uso de objetiva de 100x em um microscópio fotômico binocular (Leica ICC 50) acoplado a um computador e no software LAZ EZ V1. 7.0. O híbrido estudado apresentou o número de 2n=36 3µM cromossomos, corroborando assim com a média apresentada na literatura sobre o gênero e seus híbridos provenientes (2n=40 à 2n=162). Sendo assim, o número cromossômico encontrado pode oferecer informações necessárias para contribuir com estudos de melhoramento e também de variações genéticas que são ocorrentes dentro do gênero Catasetum.
A Amazônia possui um importante patrimônio biológico de orquídeas com potencial de uso e exploração dos recursos genéticos, constituindo uma das mais interessantes famílias de plantas floríferas. Dentre elas, destaca-se o gênero Catasetum Rich. ex Kunth um dos principais na orquicultura, em função da morfologia e exotismo de suas flores. Os estudos de números cromossômicos para o gênero mostram a ocorrência de variações cromossômicas, sendo a hibridação um dos responsáveis pelo aumento dessa diversidade e adaptabilidade genética. A hibridação artificial é comumente utilizada na obtenção de novos híbridos que atendam as exigências do mercado consumidor aliado à rentabilidade econômica. No entanto, são escassos os estudos citogenéticos para as espécies do gênero, o que limita sua conservação e utilização em programas de melhoramento genético. Considerando que os híbridos também são desconhecidos sob esse aspecto, este estudo tem por objetivo determinar o número de cromossomos de Catasetum pileatum oriundo do cruzamento entre Catasetum albo x Catasetum albo. Para a obtenção de metáfases os meristemas radiculares de três plantas da espécie foram pré-tratadas com amiprofos-metil (APM) na concentração de 3 ?M por 16 horas a 4 ºC e fixadas em solução metanol-ácido acético (PA) na proporção de 3:1 (v:v). Posteriormente, as amostras foram transferidas para microtubos contendo 200 ?L de enzima Pectinase SIGMA®, permanecendo por 5 horas a 35 ºC em banho-maria. As lâminas foram preparadas pela técnica de dissociação celular, secagem ao ar e em placa aquecedora a 50 ºC e coradas com Giemsa a 5% por 3 minutos. As imagens com cromossomos bem distribuídos e sem sobreposições nas lâminas, foram fotografadas com o uso de objetiva de 100× em um microscópio fotômico binocular (Leica ICC 50). A partir da análise das trinta metáfases obteve-se o número diploide 2n = 40 cromossomos, sendo x=20 o número básico. O gênero possui variações em seu número básico, como: x=18, 27 e 28 cromossomos, com eventos de aneuploidia e poliploidia atuando em sua evolução cariotípica. A determinação do número cromossômico aliado a informações da citogenética molecular podem fornecer dados que esclareçam questões evolutivas e de variação cromossômica do gênero.variação cromossômica do gênero.
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