ResumoIntrodução: Há um uso indiscriminado de metilfenidato por vestibulandos e universitários de medicina com a finalidade de melhorar o desempenho acadêmico.Objetivo: Avaliar prevalência de estudantes que utilizam a medicação e efeitos colaterais do uso irregular em indivíduos não acometidos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).Métodos: Este foi um estudo transversal com aplicação de questionários no curso pré-vestibular Intertexto Poliedro e nos três primeiros anos do curso de medicina da Universidade de Mogi das Cruzes.Resultados: Foram avaliados 48 vestibulandos e 154 universitários, sendo 25 do primeiro ano, 59 do segundo ano, 51 do terceiro ano e 19 que não especificaram. A média de idade geral foi de 20,7 anos, e a prevalência do uso do medicamento na amostra foi de 13,3%, porém houve relato de uso de outros estimulantes, como cafeína, sibutramina e ecstasy. A maioria dos estudantes que já utilizaram metilfenidato não possuíam TDAH (63%), mas o utilizaram para melhorar o desempenho acadêmico. Foram relatados também efeitos colaterais e aumento de dose com uso contínuo.Conclusão: Foi observado um consumo de metilfenidato sem prescrição médica expressivo entre os vestibulandos e universitários avaliados, resultado que se assemelha à literatura.Palavras-chave: Metilfenidato, estudantes, uso não prescrito. Abstract Introduction:There is an indiscriminate use of methylphenidate by medical school admission candidates and undergraduates with the aim of improving academic performance.Objectives: To assess the prevalence of students using methylphenidate and side effects associated with the irregular use of this drug in subjects not affected by attention deficit hyperactivity disorder (ADHD).Method: This was a cross-sectional study in which questionnaires were administered to students attending a university admission preparatory course (Intertexto Poliedro) and to undergraduate students attending the first three years of medical school at Universidade de Mogi das Cruzes.Results: A total of 48 medical school admission candidates and 154 medical undergraduates were assessed (25 in the first year, 59 in the second year, and 51 in the third year; 19 did not specify the year). The overall mean age was 20.7 years, and the prevalence of methylphenidate use in the sample was 13.3%, even though the use of other stimulants was also reported, e.g., caffeine, sibutramine, and ecstasy. Most of the students who had used methylphenidate did not have ADHD (63%), but used the drug to improve their academic performance. Side effects and increased dosage with continued use were also reported.Conclusion: There was an expressive consumption of non-prescribed methylphenidate among the university
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