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Introdução: A urolitíase é uma das principais causas de formações de cálculos no trato urinário dos animais domésticos e refere-se ao fato de haver cálculos ou urólitos nos rins, ureter, bexiga ou uretra. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma cadela com urólitos na vesícula urinária, que foi submetida à uma cistotomia com evolução para ruptura de bexiga. Materiais e métodos: Uma cadela da raça Poodle micro, 11 anos, 9 kg foi atendida em um hospital veterinário em Teresina- PI. A tutora relatou que o animal apresentava dificuldade de urinar e em gotejamento. O animal foi submetido a uma ultrassonografia na qual apresentou cistite e presença de litíase na vesícula urinária. Diante dos achados, foi solicitado a realização de hemograma, bioquímico, ecocardiograma e eletrocardiograma pré-cirúrgicos. Resultados: No hemograma observou-se presença de policitemia, linfopenia e monocitopenia absoluta; Bioquímico, eletrocardiograma e ecocardiograma sem alterações significativas. Diante disso, foi indicado uma cistotomia, mas o proprietário só retornou com o animal após 10 dias. Durante o transoperatório foram encontrados 2 cálculos: cerca de 2,26cm e 2,01cm cada, com superfície lisa e aspecto geométrico sugestivo de urólito de estruvita. Após 4 dias do procedimento cirúrgico, a cadela voltou ao hospital com aumento de volume na região abdominal por presença de líquido livre observado em ultrassonografia. Foi então realizado a punção para análise de líquido abdominal e creatinina, além do bioquímico sérico para diagnóstico. Na análise de líquido obteve-se como resultado: infiltrado inflamatório intenso, com predominância de neutrófilos íntegros e degenerados, macrófagos e hemácias, creatinina do fluido 16,8mg/dL; e no bioquímico observou-se creatinina 5,5 mg/dL. Diante desses resultados, foi perceptível que a concentração de creatinina do fluido era maior que a sérica, dessa maneira sendo sugestivo de uroperitônio. Com isso, o animal foi submetido a uma cistorrafia e lavagem da cavidade abdominal com boa recuperação. Conclusão: A urolitíase pode evoluir para uma ruptura de bexiga, devido a inflamação da parede ocasionada pelo cálculo, deixando-a com o aspecto friável. Assim, é necessário a retirada dos cálculos de diâmetro consideráveis com urgência, evitando sua evolução para ruptura vesical.
Introdução: O termo hérnia descreve a situação em que alguns órgãos estão deslocados da sua posição anatômica normal. Assim, na hérnia diafragmática, alguns órgãos abdominais deslocam-se para a cavidade torácica através de uma abertura no diafragma. Na maioria dos casos, ocorre devido a traumas e alguns animais podem ter hérnia crônica, vivendo sem apresentar alterações. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de herniorrafia diafragmática crônica em um felino. Material e Métodos: Um felino, fêmea, sem raça definida, 6 meses, 2 kg, foi atendido apresentando na avaliação clínica dificuldade respiratória. Solicitou-se radiografia do tórax , que revelou massa radiopaca na cavidade torácica e perda de definição da linha diafragmática sendo diagnóstico compatível com hérnia diafragmática. Animal foi internado para realização de hemograma, que não teve alterações, e realização de procedimento cirúrgico de herniorrafia diafragmática. Resultados: Após ampla tricotomia e antissepsia do campo operatório, procedeu-se acesso cirúrgico através da incisão do apêndice xifoide à cicatriz umbilical. Inspecionou-se a cavidade abdominal, constatando-se a ruptura, e a presença de alças intestinais, Baço e Fígado na cavidade torácica. Reposicionou-se os órgãos para o abdômen, e suturou-se o diafragma com fio náilon 2-0 em padrão contínuo simples e, antes de ocluir a sutura, realizou-se a máxima insuflação pulmonar para restabelecer a pressão negativa no tórax. Então, suturou-se a musculatura com náilon 2-0 em padrão continuo simples, reduzindo o subcutâneo com náilon 3-0 em padrão continuo simples. Conclusão: Conclui-se que uma boa anamnese associada ao uso de exames complementares como radiografia, são fundamentais para o diagnóstico de Hérnia diafragmática, bem como a importância do conhecimento correto do procedimento cirúrgico para garantir um bom pós-cirúrgico e consequentemente um ótimo prognóstico para o paciente.
Introdução: A hidropsia fetal é uma alteração caracterizada pelo grande acúmulo de líquido no espaço extravascular, edema de subcutâneo generalizado e nas cavidades peritoneal, pleural e pericárdica. Objetivo: Objetiva-se relatar o nascimento de um filhote canino da raça Rottweiler com hidropsia fetal do tipo anasarca. Materiais e Métodos: Uma cadela da raça Rottweiler, 7 anos e 2 meses, 35 kg foi atendida em caráter emergencial em um hospital veterinário na cidade de Teresina-PI. O tutor relatou que a cadela entrou em trabalho de parto, eliminando apenas três filhotes e secreção purulenta. A cadela não teve acompanhamento gestacional. No exame clínico o animal apresentou respiração ofegante, secreção vaginal esverdeada e purulenta, contrações, TR=39,6º e apatia. Diante do quadro solicitou-se a realização de exames para encaminhamento cirúrgico do caso. Resultados: No hemograma verificou-se hemácias normocíticas e normocrômicas, leucócitos morfologicamente normais e plaquetas morfologicamente normais e bem distribuídas. No bioquímico observou-se os seguintes resultados: T.G.O/ AST: 43,0 U/L; T.G.P/ALT: 33,O U/L; GGT:3,0 U/L; Creatinina: 0,8 mg/dL e Ureia: 28,0mg/dL. Diante dos resultados observados dentro dos valores de referência a cadela foi submetida a cesariana de emergência com retirada de 6 filhotes vivos e 1 natimorto. Após necropsia, com base nos achados patológicos, o filhote foi diagnosticado como um caso de hidropsia fetal do tipo anasarca. Conclusão: A hidropsia fetal pode resultar em obstrução do canal do parto resultando em um parto distócico. É fundamental conhecer a predisposição genética de cada raça antes de realizar o cruzamento. Somado a isso é fundamental realizar o acompanhamento da gestação e ao qualquer sinal de anormalidade sempre procurar a assistência médica veterinária a fim de garantir gestação e parto tranquilos.
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