The editors of several major journals have recently asserted the importance of combating racism and sexism in science. This is especially relevant now, as the COVID-19 pandemic may have led to a widening of the gender and racial/ethnicity gaps. Implicit bias is a crucial component in this fight. Negative stereotypes that are socially constructed in a given culture are frequently associated with implicit bias (which is unconscious or not perceived). In the present article, we point to scientific evidence that shows the presence of implicit bias in the academic community, contributing to strongly damaging unconscious evaluations and judgments of individuals or groups. Additionally, we suggest several actions aimed at (1) editors and reviewers of scientific journals (2) people in positions of power within funding agencies and research institutions, and (3) members of selection committees to mitigate this effect. These recommendations are based on the experience of a group of Latinx American scientists comprising Black and Latina women, teachers, and undergraduate students who participate in women in science working group at universities in the state of Rio de Janeiro, Brazil. With this article, we hope to contribute to reflections, actions, and the development of institutional policies that enable and consolidate diversity in science and reduce disparities based on gender and race/ethnicity.
A inclusão dos "pardos", ao lado dos "pretos", como beneficiários das políticas públicas de ação afirmativa no ensino superior e em concursos públicos não é algo consensual mesmo entre aqueles que defendem tais medidas. A discriminação racial contra os pardos é ignorada ou negada por boa parte dos brasileiros e, portanto, para muitos parece ilógico dedicar às pessoas autoclassificadas como tal mecanismos específicos de promoção socioeconômica. Pesquisas de opinião e entrevistas demonstram que os pardos muitas vezes não são vistos como um grupo discriminado (Almeida, Schroeder e Cheibub, 2002;Schwartzman, 2009). A complexidade das classificações de cor no Brasil, por sua vez, é também usada com frequência como argumento para descaracterizar esse grupo como possível beneficiário legítimo de ações afirmativas. No debate acerca da legitimidade da implantação de políticas de ação afirmativa raciais no Brasil, vários publicistas e acadêmicos contrários a tais medidas alegaram ser difícil classificar racialmente os brasileiros, em particular aqueles que se encontram no meio do continuum de cor, o que tornaria inviável uma política pública dirigida a esse grupo (Florentino, 2007;Magnoli, 2007;Pena, 2007).Desde a década de 1970 a discriminação contra os pardos vem sendo registrada com tal consistência que até o Estado foi convencido de sua importância para a formulação de políticas públicas. Contudo, os pró-prios pardos não parecem detectá-la: quando indagados acerca de suas http://dx
ResumoPolíticas de ação afirmativa têm sido aplicadas para resolver problemas sociais e políticos derivados da persistência de padrões sociais de desigualdade e discriminação em diversos países. Embora sejam comumente associadas aos Estados Unidos, as ações afirmativas foram aplicadas pioneiramente pela Índia, durante a década de 1950, quando a Constituição estabeleceu cotas nas legislaturas, no emprego público e no ensino superior para as Scheduled Castes e Scheduled Tribes. O Brasil, por sua vez, começou a adotar cotas na admissão às universidades para pretos, pardos e pobres apenas em 2003. A despeito de suas trajetórias históricas distintas e das várias diferenças que caracterizam cada sociedade, os argumentos levantados por acadêmicos contra essas políticas nos dois países são idênticos ou análogos. Neste artigo, agrupamos esses argumentos em três grupos temáticos, a fim de demonstrar que eles podem ser ligados às teses conservadoras identificadas por Albert Hirschman como as do efeito perverso, da futilidade e da ameaça. Na conclusão, discutimos como esses argumentos, que são apresentados por seus autores como contribuições progressistas para o debate público, podem de fato obstruir a diminuição da discriminação e da exclusão social.Palavras-chave: Ação afirmativa. Discriminação. Índia. Brasil. Retórica.
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