RESUMOO uso indisciplinado da terra é considerado a principal causa da degradação em todo o mundo, essa causa vai depender da forma como esse uso é realizado, bem como a finalidade e a resiliência do ecossistema impactado. Por ser um dos ecossistemas de terras secas mais diversificados do mundo, caracterizado por uma mistura de plantas lenhosas e herbáceas, com dominância de espécies florestais xerófitas e de folha caduca, a Caatinga sofre grande pressão pelo uso indisciplinado, apresentando altos índices de degradação. Diante disso, este trabalho buscou incorporar e analisar o papel da população nos processos de recuperação de áreas degradadas por meio da educação ambiental. Para isso, realizou-se uma mobilização no IFCE campus Quixadá, em quatro etapas abrangendo as etapas de uma recuperação ambiental: instruções, quebra de dormência, germinação, plantio e monitoramento. Conluiu-se que a população não tem o hábito de realizar tais práticas, mas tem bastante facilidade em assimilar os procedimentos. Além disso, conferiu-se a tamanha importância do monitoramento para o sucesso da recuperação. ABSTRACTThe undisciplined use of land is considered to be the main cause of degradation around the world, this will depend on how this use is carried out, as well as on the purpose and resilience of the impacted ecosystem. As one of the most diversified dryland ecosystems in the world, characterized by a mixture of woody and herbaceous plants dominated by xerophytic and deciduous forest species, the Caatinga is under great pressure due to undisciplined use, presenting high rates of degradation. In view of this, this work sought to incorporate and analyze the role of the population in the processes of recovery of degraded areas through environmental education. For this, a mobilization was carried out at the IFCE campus Quixadá, in four stages covering the stages of an environmental recovery: instructions, dormancy, germination, planting and monitoring. It was concluded that the population is not in the habit of performing such practices, but it is quite easy to assimilate the procedures. In addition, the importance of monitoring for the success of the recovery was given.
A disponibilidade de recursos como nutrientes e água desempenha um papel importante no desenvolvimento e sobrevivência de plantas jovens, principalmente na recuperação de áreas degradadas. As características do solo e as condições climáticas do semiárido brasileiro evidenciam a necessidade de irrigação constante para contrapor a dificuldade de armazenamento de água. Nesse sentido, o hidrogel é capaz de armazenar água e liberá-la aos poucos, podendo facilitar a recuperação de uma área sob processo de degradação. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência de irrigação e o efeito do hidrogel no crescimento de plantas jovens na recuperação de área degradada no semiárido cearense. Para isso, 180 mudas de 8 espécies nativas da Caatinga foram distribuídas em nove parcelas e submetidas a aplicação de hidrogel com irrigação diária (T1), hidrogel com irrigação 3 vezes por semana (T2) e sem hidrogel com irrigação diária (T3), durante seis meses, com monitoramento contínuo quanto ao crescimento vertical, horizontal e à sobrevivência. A aplicação de hidrogel beneficiou o crescimento em altura e diâmetro, assim como área basal. Além disso, a taxa de sobrevivência de T1 e T2 foi maior, sendo as espécies pioneiras as mais beneficiadas. Dessa forma, a aplicação do hidrogel pode ser considerada uma estratégia eficiente quando se busca o desenvolvimento de espécies em áreas com limitações hídricas como a região semiárida; principalmente na recuperação de áreas, por proporcionar o crescimento e sobrevivência de espécies pioneiras e nativas, que irão proteger o solo de erosões e darão suporte para o desenvolvimento de outras de crescimento lento.
No semiárido nordestino a degradação ambiental, aliada a fatores climáticos e socioeconômicos, podem levar a perda de qualidade dos solos e de diversidade biológica, exigindo aplicação de técnicas que recuperem e ofereçam benefícios ao mesmo, fornecendo aporte nutricional para as espécies introduzidas. Este trabalho avaliou o efeito da aplicação do lodo de esgoto, como adubo, sobre a estrutura horizontal e vertical de uma comunidade em área de Floresta tropical sazonalmente seca (caatinga) em processo de recuperação. A pesquisa foi desenvolvida no Instituto Federal do Ceará, campus Quixadá. Aplicaram-se três tratamentos com três repetições cada: lodo bruto (LB), lodo higienizado (LH) e sem manipulação (SM). Ao todo foram nove parcelas, com 16 mudas em cada, totalizando 144 mudas, que foram etiquetadas, plantadas com distâncias específicas, e que tiveram diâmetros ao nível do solo e alturas medidas ao longo de sete meses. Verticalmente, o LH foi responsável por conferir maiores alturas mínima, média e taxa de crescimento em altura. Para altura máxima, houve diferença entre LH e tratamento SM, mas não houve diferença entre LB e os demais tratamentos. Temporalmente, após sete meses, o LH apresentou mais indivíduos maiores em altura, diferindo dos outros dois tratamentos. Já horizontalmente, os diâmetros mínimos e máximos não aumentaram com o uso do lodo. Mas, houve diferença no diâmetro médio, na taxa de crescimento em diâmetro e na área basal a partir da manipulação com LH. Após sete meses verifica-se que o LH confere diâmetros maiores e apresenta indivíduos mais grossos. Com relação às espécies, a maioria obteve melhor desempenho com o LH, de maneira geral, usando os recursos disponíveis de forma rápida e investindo-os em crescimento. Deste modo, observou-se que o uso do LH pode ser uma boa ferramenta para obtenção de rápida cobertura do solo em ambientes sob processo de recuperação.
<p>O presente trabalho buscou determinar a cinética do processo de inativação de microrganismos indicadores de patogenicidade em efluentes de processos anaeróbios submetidos à desinfecção com peroxônio (O<sub>3</sub>+H<sub>2</sub>O<sub>2</sub>). Para isso, realizou-se a otimização de parâmetros operacionais do processo, seguido do estudo cinético e do cálculo da energia de ativação. Para definir as condições ótimas de operação, realizaram-se três planejamentos experimentais a 30ºC: um de triagem e dois de otimização. Para o estudo cinético e o cálculo da energia de ativação, utilizaram-se três dosagens diferentes de peroxônio em quatro temperaturas: 25, 30, 35 e 40ºC. Com o planejamento experimental, observou-se que a dosagem de ozônio e a relação H<sub>2</sub>O<sub>2</sub>/O<sub>3</sub> ótimas foram, respectivamente, 9,8 ppm e 2,2. Assim, para os ensaios cinéticos, fixou-se a razão molar em 2,2 e variou-se a concentração apenas de ozônio, utilizando 8, 10 e 12 ppm. O estudo cinético mostrou que, de forma geral, para qualquer temperatura, quando se aumenta a concentração de ozônio, diminui o tempo mínimo de inativação de Coliformes termotolerantes<em>. </em>A partir da menor concentração testada, 8 mg.L<sup>-1</sup> de O<sub>3</sub>, verificou-se que um tempo de contato de 5, 4, 2 e 1 minutos para, respectivamente, 25, 30, 35 e 40ºC, era necessário para atingimento da concentração de coliformes termotolerantes abaixo do valor de 5000 NMP/100mL. Na concentração de 10 mg.L<sup>-1</sup> de O<sub>3</sub>, era preciso apenas 1 minuto para as temperaturas de 25 a 35ºC, e menos que isso para a de 40ºC. Por fim, na concentração máxima estudada, 12 mg.L<sup>-1</sup> de O<sub>3,</sub>independente da temperatura, um tempo de contato de menos de um minuto era suficiente para enquadrar no valor limite mencionado. A energia de ativação encontrada está bem próxima daquela reportada para o cloro e é maior que outros processos alternativos de desinfecção. Assim, observa-se que o uso da peroxonização é promissor no tratamento de efluentes, especialmente os tratados de forma anaeróbia. </p><p> </p><p align="center">KINETICS OF THE INACTIVATION OF PATHOGENIC MICRO-ORGANISMS IN THE DISINFECTION PROCESS WITH ADVANCED OXIDATION (H<sub>2</sub>O<sub>2</sub>/O<sub>3</sub>)</p><p>The present work sought to determine the kinetics of the inactivation process of microorganisms that indicate pathogenicity in effluents from anaerobic processes submitted to peroxonium disinfection (O<sub>3</sub> + H<sub>2</sub>O<sub>2</sub>). For this, the operational parameters of the process were optimized, followed by the kinetic study and the calculation of the activation energy. To define the optimal operating conditions, three experimental plans were carried out at 30ºC: one for screening and two for optimization. For the kinetic study and the calculation of the activation energy, three different dosages of peroxone were used at four temperatures: 25, 30, 35 and 40ºC. With the experimental planning, it was observed that the optimal ozone dosage and H<sub>2</sub>O<sub>2</sub>/O<sub>3</sub> ratio are, respectively, 9.8 ppm and 2.2. Thus, for the kinetic tests, the molar ratio was fixed at 2.2 and the ozone concentration was varied using 8, 10 and 12 ppm. The kinetic study showed that, in general, for any temperature, when the ozone concentration is increased, the minimum inactivation time of thermotolerant Coliforms decreases. From the lowest concentration tested, 8 mg.L<sup>-1</sup> of O<sub>3</sub>, it was found that a contact time of 5, 4, 2 and 1 minutes for, respectively, 25, 30, 35 and 40ºC, was necessary to reach the concentration of thermotolerant coliforms below the value of 5000 NMP/100mL. At the concentration of 10 mg.L<sup>-1</sup> of O<sub>3</sub>, it took just 1 minute for temperatures of 25 to 35ºC, and less than that for 40ºC. Finally, at the maximum concentration studied, 12 mg.L<sup>-1</sup> of O<sub>3</sub>, regardless of temperature, a contact time of less than one minute was sufficient to fit the mentioned limit value. The activation energy found is very close to that reported for chlorine and is greater than other alternative disinfection processes. Thus, it is observed that the use of peroxonization is promising in the treatment of effluents, especially those treated anaerobically.</p>
A Avaliação do Impacto Ambiental é um instrumento importante, antes da aprovação de qualquer projeto, fornecendo um panorama detalhado dos impactos prováveis e previsíveis da atividade de construção proposta no meio ambiente e de suas futuras atividades a serem desenvolvidas. Assim, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) precede ao licenciamento ambiental e no Brasil, a Resolução CONAMA nº 01/86 estabeleceu a exigência do EIA para o licenciamento de diversas atividades modificadoras do meio ambiente. Esta resolução apresenta diversos critérios e diretrizes que devem estar contidas nos EIA e nos seus respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA). Com base nesta resolução, neste trabalho, avaliou-se a efetividade processual do EIA/RIMA de um Loteamento a ser construído no estado do Ceará, Brasil. A avaliação se deu por um checklist de 28 critérios oriundos da resolução. Os resultados mostram que o EIA/RIMA analisado não contempla satisfatoriamente os requisitos mínimos exigidos pela legislação que regula o instrumento Avaliação de Impacto Ambiental de projetos. Consequentemente, a análise da viabilidade ambiental do empreendimento, que é poluidor e modificador do meio ambiente, fica totalmente comprometida.
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