Alguns requisitos mínimos no processo da garantia da qualidade são necessários para a realização de tratamentos especiais, como a radiocirurgia estereotáxica (RC). Dentre alguns pontos de atenção, é possível citar: dosimetria de campos pequenos; validação do sistema de planejamento computadorizado (SPC); avaliação dos sistemas de IGRT; treinamento das equipes envolvidas; testes de ponta a ponta; definição dos controles da qualidade periódicos, entre outros. O objetivo desse trabalho, portanto, foi verificar as etapas de aquisição de imagens, registro e delineamento de estruturas em um planejamento de radiocirurgia, trazendo maior segurança ao processo. Foram adquiridas e inseridas no SPC iPlan as seguintes imagens do objeto simulador StereoPHAN da Sun Nuclear: de tomografia computadorizada, de ressonância magnética nuclear e imagens planares obtidas em um equipamento destinado a exames de angiografia. As imagens foram inspecionadas visualmente e quantitativamente, através de métricas, como o erro do registro-alvo (TRE), a avaliação das dimensões das cavidades internas do objeto simulador e as variações entre as bordas dos volumes delineados nas diferentes séries de imagens. Os resultados mostraram-se satisfatórios para a análise do TRE, sendo menor que o tamanho de um voxel no processo de fusão, a sobreposição do delineamento das esferas, não apresentou diferença nas bordas maior que 1 mm, porém os volumes calculados mostraram-se superiores para as esferas menores quando delineadas utilizando as imagens planares. Este fato está relacionado com o baixo contraste das imagens planares obtidas, fazendo com que o delineamento fosse um pouco maior que o esperado. Conclui-se, portanto, que o SPC utilizado apresenta-se íntegro e adequado para os processos testados em RC e o objeto simulador SteroPHAN contribuiu para uma verificação independente, mesmo a instituição já tendo controles estabelecidos de controle da qualidade para a prática de RC.
A fim de estimar a dose em pacientes em tratamento radioterápico de próstata, foi levantada a curva CT-to-ED para o sistema kv-CBCT XVI da Elekta e aplicado um método de sua correção para a região específica da pelve. O levantamento da curva foi feita por meio dos fantomas CatPhan® 503 e CIRS Pelvic e, para a sua correção, foram utilizadas as imagens de CBCT de 8 pacientes selecionados. A curva foi validada por meio de comparações entre a qualidade dos planejamentos calculados na Tomografia de Referência e na Tomografia de Feixe Cônico. Foram avaliados os histogramas de dose-volume (DVHs) e as distribuições de dose pelo critério gama – 3% e 3mm nos casos VMAT e 2% e 2mm nos 3D. Após a correção da curva, a diferença do cálculo da dose entre a CBCT e a CT de referência diminuiu, em média, de 4,7%±0,8% para 1,7%±1,1% nos planejamentos VMAT e de 3,2%±1,7% para 1,9%±1,6% nos planejamentos 3D. As aprovações nas análises gama subiram, em média, de 80,6%±3,5% para 99,1%±0,5% (VMAT) e de 84,3%±4,2% para 98,9%±1,0% (3D). Uma vez garantida a acurácia do cálculo na CBCT, a curva pode ser utilizada para verificar se a dose diariamente entregue ao paciente condiz com aquela que foi planejada e, caso contrário, ele pode ser beneficiado de replanejamento (e de compensação da dose) nas frações remanescentes de seu tratamento.
O presente trabalho estudou a influência dos parâmetros grid, dose threshold e métodos de suavização no cálculo da distribuição de dose em feixe de elétrons de 9 MeV no algoritmo eMC, Varian. Para isso, foram calculadas e construídas as curvas de porcentagem de dose em profundidade (PDP) ao longo do eixo central na água, osso, pulmão, tecido adiposo e tecido mamário. Cada simulação foi obtida a partir da variação dos parâmetros do algoritmo eMC. Os conjuntos de parâmetros variados nas simulações na água, do sistema de planejamento Eclipse, Varian, foram comparados aos resultados experimentais (câmara de ionização) e foram utilizados para o cálculo das distribuições nos outros materiais. Os resultados obtidos ilustram que a variação do grid e do limiar de dose na água não são significativas em comparação aos métodos de suavização da distribuição de dose, porém pequenos valores desses parâmetros resultam em maiores tempos de cálculo. Estes métodos modificam os pontos ao redor da região de máximo e no final da PDP. Os métodos 2D-Low e 3D-Low apresentam poucas alterações na distribuição de dose. O aumento do nível de suavização, Medium e Strong, modifica significativamente a região de máximo, alterando o formato da curva nessa região (nos casos 2D-Medium e 2D-Strong) ou modificando pouco o formato da curva (no caso 3D), mas alterando os valores numéricos ao redor do máximo e nas regiões finais da PDP. A utilização de altos níveis de suavização 2D resulta no aparecimento de patamares na região de máximo, sendo mais significativo em materiais de alto número atômico, como o osso. Em relação às unidades monitoras (UM), a variação máxima para água, pulmão, tecido adiposo e tecido mamário foi de 3 UM, enquanto para o osso essa variação foi de 5 UM.
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