Os traumatismos dentários são situações que ocorrem com frequência na população, a prevalência é maior em pessoas do gênero masculino, em idade escolar ou atletas. Dependendo da severidade do trauma, podem surgir complicações que devem ser corretamente diagnosticadas e tratadas. Tais complicações incluem a necrose pulpar, as reabsorções radiculares externas ou por substituição e as calcificações da câmara pulpar. A obliteração do canal radicular ou metamorfose calcificante é caracterizada pela deposição de tecido duro no espaço pulpar, podendo ser observada radiograficamente, e pela coloração amarelada da coroa dentária. Em alguns casos pode estar associada à necrose pulpar e presença de lesão periapical e o tratamento pode ser considerado complexo. A maioria das calcificações pulpares são assintomáticas e são classificadas de acordo com a localização e morfologia. O principal método de diagnóstico tem sido através de radiografias intraorais e panorâmicas, embora as Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (TCFC) ofereçam melhores detalhes. Por isso, o objetivo desse trabalho foi revisar a literatura acerca dos padrões de obliteração do canal radicular mais frequentemente relatados na literatura científica relacionados aos traumatismos dentários, de forma a ajudar o profissional na orientação, diagnóstico, planejamento do tratamento e devido prognóstico.
Os fatores etiológicos das alterações pulpares, principalmente os de origem biológica, podem desencadear reações inflamatórias nos tecidos perirradiculares. Apesar dos avanços tecnológicos nos tratamentos endodônticos, aumentando a previsibilidade de sucesso, ainda deparamos com casos de infecção persistente. Quando bem indicada e realizada de forma correta, apresentando taxas satisfatórias de sucesso, a cirurgia parendodôntica surge como uma opção de procedimento complementar à desinfecção endodôntica. O presente estudo, tem por objetivo relatar um caso clínico utilizando-se do conceito de microcirurgia parendodôntica em um caso de periodontite apical persistente. Paciente do gênero feminino, 39 anos de idade, sem quadro de alteração sistêmica, procurou a clínica odontológica do curso de Especialização de Endodontia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Unidade Belo Horizonte, queixando-se de sintomatologia dolorosa na região dos elementos dentários 14 e 15. Da história pregressa do dente, foi relatado pela paciente ter realizado o retratamento endodôntico na mesma instituição acerca de 5 meses devido a um tratamento anterior que não foi bem-sucedido. Durante o exame clínico foi possível observar a presença de fístula em região vestibular entre os dentes supracitados. Após avaliação clínica e radiográfica optou-se pela realização da microcirurgia parendodôntica, visto o retratamento realizado anteriormente. O relato de caso foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e está registrado sob o número CAAE: 22295119.8.0000.5374 e número de parecer: 3.651.194.
O tratamento endodôntico tem por objetivo prevenir ou tratar alterações periapicais decorrentes de injúrias pulpares. Em dentes permanentes imaturos o tratamento apresenta algumas peculiaridades. Dentre as modalidades de tratamento utilizados nesses casos está a terapia regenerativa. Esta é uma opção para o tratamento de dentes necrosados com ápice aberto, sendo uma alternativa à apicificação que é realizada mundialmente com grande sucesso, porém não permite o término do desenvolvimento dental deixando muitas vezes as paredes frágeis e finas, susceptíveis a fraturas e consequente perda do elemento dental. Além disso a necessita de várias sessões para trocas periódicas de hidróxido de cálcio; tendo maior risco de nova contaminação no interior do canal radicular. A colaboração do paciente pode se tornar um fator negativo pelas sucessivas consultas necessárias. Com a evolução da ciência e novas pesquisas realizadas, a terapia regenerativa pode ser uma substituição vantajosa à apicificação, pois é mais rápida e com resultados promissores, sendo, porém, necessários ainda mais estudos para o aprimoramento da técnica, elaboração de um protocolo definitivo, bem como estudos dos resultados alcançados a longo prazo. Este trabalho se destina a apresentação de um caso clínico de terapia regenerativa de um dente necrosado e ápice aberto com diagnóstico de necrose pulpar de um incisivo central superior esquerdo de uma criança de 8 anos após trauma pregresso.
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