O tracajá (Podocnemis unifilis) é amplamente distribuído e utilizado como recurso alimentar, pelo seu tamanho e facilidade de captura, mas ainda são escassos dados sobre características de carne e as propriedades destas. Esta pesquisa buscou analisar as características da carne de espécimes de tracajá coletados no Estado do Tocantins, avaliando as diferenças entre machos e fêmeas. Foram coletados vinte espécimes de P. unifilis nos rios Tocantins e Javaés. Os indicadores analisados na carne foram: proteína, umidade, lipídeo, cinzas e carboidratos, através dos métodos químicos analíticos baseados na metodologia do Instituto Adolfo Lutz. Foi verificado que, entre machos e fêmeas, variaram significativamente a proteína e a umidade, com fêmeas apresentando maior teor proteico e machos maior teor de umidade. A diferença significativa entre machos e fêmeas pode relacionar-se ao esforço reprodutivo da fêmea em comportar ovos e para subida nas praias. Fêmeas de outras espécies de animais apresentam características semelhantes na carne. Ainda, os valores proteicos encontrados são relevantes por indicarem em torno de 50% da ingestão proteica diária necessária para um humano adulto, corroborando com a relevância do consumo da espécie. Conclui-se que há diferenças entre dados de carne de tracajá entre machos e fêmeas da espécie. Essas informações podem subsidiar manejo adequado em ambiente natural e indicações para manejo ideal da espécie em cativeiro.
Com o aumento do uso de agrotóxicos tem aumentado a preocupação dos efeitos deletérios destas substâncias ao meio ambiente e à saúde humana. Comunidades que vivem próximas a monoculturas são as que tendem a sentir mais diretamente tais efeitos. Neste contexto, é relevante o estudo de plantas nativas, localizadas em vegetação adjacente a monoculturas, como ferramenta auxiliar no biomonitoramento da presença de agrotóxicos nestas áreas. Objetivou-se identificar os efeitos dos agrotóxicos em plantas de Cenostigma macrophyllum Tul. (Fabaceae), presentes em região de fronteira entre terras indígenas e monoculturas no intuito de verificar se esta espécie seria aplicável para trabalhos de biomonitoramento da presença de agrotóxicos. Para tanto, a morfoanatomia de plantas presentes em campo foi comparada com plantas expostas a herbicida, em condições laboratoriais controladas. Verificou-se alterações morfoanatômicas nas folhas de plantas coletadas em campo, semelhantes às observadas em estudos sob condições controladas, o que pode indicar o uso de C. macrophyllum para o biomonitoramento da presença de agrotóxico, bem como indicar o uso de análises morfoanatômicas de plantas como ferramenta alternativa no biomonitoramento de agrotóxicos.
Brazil is among the countries that most use pesticides in the world. These chemicals cause undesirable changes in ecosystems, particularly the contamination of non-target native forest species through drift. The nuisances caused by pesticides go beyond environmental damage and include public health problems. The objective of this work was to evaluate the effects of glyphosate on leaf gas exchange, photosynthetic pigments and morphoanatomy of seedlings of Eugenia dysenterica. The visual toxicity, physiological and morphoanatomical characteristics of E. dysenterica, when exposed to concentrations of 0, 550, 1110 and 2220 g a.e. ha-1 of glyphosate, were analyzed. The results indicate that the herbicide caused toxicity in the leaves in all treatments. Reductions in photosynthesis (A), stomatal conductance (gs), and transpiration (E) at 47 DAA, were also identified. Glyphosate caused damage to the anatomical structures of E. dysenterica leaves. From the data analyzed it is possible to affirm that plants of E. dysenterica are sensitive to the action of glyphosate. Visible symptoms such as chlorosis and necrosis in the leaf edge are indicators that can be used by rural communities as a warning of the risk of contamination.
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