Introdução: Alterações hematológicas têm sido observadas em pacientes com infecção por SARS-CoV-2. Em gestantes, tais alterações necessitam de uma atenção especial tendo em vista a predisposição de pacientes obstétricas a um estado natural de hipercoagulabilidade, aumentando o risco de coagulopatias associadas a COVID-19. Ademais, danos endoteliais sistêmicos ocasionados pela infecção podem atrasar ou interromper o crescimento fetal, acarretando complicações obstétricas. Objetivos: Fazer um levantamento acerca das alterações hematológicas ocorridas em gestantes com COVID-19. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados científicas LILACS, EMBASE, MEDLINE e SCOPUS, com a utilização dos descritores “COVID-19’’, ‘’pregnancy’’ e ‘’coagulopathy’’ combinados através do operador booleano ‘’AND’’. Foram selecionados artigos publicados em inglês, espanhol e português entre 2020 e 2021. Após triagem por etapas, foram selecionados seis artigos que abordavam alterações hematológicas em gestantes com COVID-19. Resultados: Em um estudo envolvendo 1.546 gestantes diagnosticadas com COVID-19, 1% delas desenvolveu coagulopatia associada ao COVID-19. As anormalidades mais frequentes nessas pacientes incluíram trombocitopenia, proteína C reativa elevada, alterações nos níveis de D-dímero e linfopenia. Paralelamente, outro estudo trouxe o relato de coagulopatia intraoperatória inesperada ao se realizar uma cesariana em mulher assintomática que foi posteriormente diagnosticada com COVID-19. A paciente apresentava elevados níveis de D-dímero. Alguns trabalhos relatam que ocorreu melhora do quadro de COVID-19 grave ou do HELLP atípico (Hemólise, Enzimas Hepáticas Elevadas e Baixa Contagem de Plaquetas) exacerbado pela infecção de COVID-19 após interrupção da gravidez. Por fim, os autores levantam a hipótese de que o dano endotelial sistêmico causado pela infecção por SARS-CoV-2 pode desempenhar um papel sinérgico com a disfunção vascular ligada à restrição de crescimento fetal, resultando em exacerbação do estresse oxidativo placentário, levando a complicações obstétricas. Conclusão: Na pandemia de COVID-19, deve ser dada uma atenção especial às gestantes a partir de ações preventivas que evitem a contaminação viral das gestantes e a monitorização intensiva destas. Os protocolos e exames devem ser rigorosamente seguidos, com observação e acompanhamento de importantes parâmetros laboratoriais como D-dímero, contagem de plaquetas e dosagem de fibrinogênio.
Introdução: Este estudo objetivou descrever as alterações hematológicas presentes em gestantes com COVID-19 descritas na literatura. Métodos: Foram realizadas buscas nas bases de dados SCOPUS, MEDLINE, LILACS e EMBASE. Foram selecionados quinze artigos, que atenderam aos critérios de inclusão. A amostra foi composta por uma maioria de relatos de casos (53,3%) e apenas um estudo prospectivo (6%). Resultados: Entre as alterações evidenciadas nos estudos, destacou-se a elevação do D-dímero, trombocitopenia, PCR elevada, além de hiperfibrinogenemia ou hipofibrinogenemia. Verificou-se, ainda, aumento importante nos níveis de TTPA nas mulheres infectadas. Em alguns estudos, não foram notadas alterações significativas entre gestantes com e sem a doença, observando-se, em especial, gestantes com quadros leves ou moderados da infecção. As complicações relacionadas às alterações hematológicas descritas foram o tromboembolismo pulmonar, trombose da artéria esplênica e sangramento intraoperatório anormal. Destacou-se a possibilidade de ajuste na anticoagulação profilática, além da necessidade de vigilância rigorosa a essas mulheres.Conclusão: Por fim, ressaltou-se a importância da realização de outros estudos mais aprofundados, que permitam estudar melhor a associação dessas alterações com a infecção pelo SARS-CoV-2.
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