Trata-se de uma conversação com a virada pragmático-linguística da informação, de um excurso filosófico através de uma leitura crítica-filológica a respeito do nome informação. A variação prefixal de sentido (in-) é analisada, assim como seus direcionamentos - dar e privar a forma. A forma-ideia platônica é rediscutida a partir do olhar crítico-filológico. Ao final, assinala-se para uma infância da informação indicativa de um possível experienciar desvinculado de mentalismos e tecnicismos que se desdobram multiplamente na sociedade rotulada como informacional.
RESUMOIntrodução: Os Bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) podem ser considerados como os maiores detentores de prestígio e reputação acadêmica dentro do campo científico. Essa condição decorre do fato de possuírem um capital científico acumulado e reconhecido como legítimo. Objetivo: Analisar a produção científica da elite acadêmica da Sociologia, representada pelos bolsistas de produtividade PQ 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no período de 2005 a 2011. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de pesquisa documental na Plataforma Lattes do CNPq. Os dados da produção científica dos pesquisadores foram considerados dentro do período de 2005 a julho de 2011. Resultados: Os resultados mostraram que no Brasil existem 20 bolsistas PQ 1-A na Sociologia. A produção científica desses pesquisadores totalizaram 679 publicações, sendo 5,6% em livros, 35,34% em capítulos de livros, 30,49% em artigos de periódicos e 28,57% em anais de congressos. A média de trabalhos por autor corresponde a 33,95. Conclusões: Os resultados permitem concluir que os pesquisadores da Sociologia, no Brasil, publicam mais sob a forma de autoria única e em idioma nacional, ratificando estudos anteriores sobre produção científica no campo das Ciências Humanas. Palavras-chave:Produção científica -Sociologia. Bolsista de produtividade em pesquisa -Sociologia.
Objetivo: As áreas da Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (BDCI) estiveram atravessadas pelas dinâmicas ocidentais da colonialidade histórica da metafísica moderna. Como objetivo, este texto busca situar algumas redes coloniais de objetificação do conhecimento que erigiram e institucionalizaram os domínios materiais da BDCI como lugares de racionalização instrumental da vida e desencantamento do mundo. Método: Perante a problemática inerente aos contextos de surgimento da BDCI, a questão-problema abordada é: quais elementos estruturais da colonialidade auxiliaram na formação do pensamento biblioteconômico, documentalista e informacional da modernidade ao contemporâneo? A hipótese defendida é que as relações coloniais de desencantamento operadas pelos processos de depuração epistêmica do conhecimento objetivo da ciência legaram aos campos da BDCI os modos de conhecer do Ocidente, deficitários em alteridade. O método está baseado em uma leitura filosófica da BDCI a partir do entrelaçamento da assinatura das coisas em Agamben, da desconstrução narrativa em Derrida e da geofilosofia em Deleuze e Guattari. Resultado: As colonialidades do ser, do saber e do poder apresentam-se como índices da cartografia dos territórios de conhecimento da BDCI e apontam para os elementos coloniais que tecem as redes de desencantamento do mundo presentes nos respectivos campos. Conclusões: A desobediência epistêmica de tematizar os campos da BDCI desde um ponto de vista colonial cria as condições de possibilidade para transformarmo-nos enquanto ciência e, por meio desta alteração, nos libertar das ruínas coloniais e seus modos de expressão. A conclusão está na eminência de reencantar o mundo com vista a adiar o seu fim.
Objetivo: (Re)situar a Biblioteconomia e as bibliotecas para além das fronteiras desencantadas do Ocidente e das suas “unidades de conteúdo”, a partir de duas proposições de origem indígena: i) o conhecimento vivo do mundo é o plano epistêmico de orientação da Biblioteconomia indígena (Indigenous Librarianship) e, ii) a terra é a biblioteca dos povos indígenas. Método: o equívoco controlado é o método do texto. Ele está articulado com a agenda metodológica indígena de pesquisa e os pressupostos do perspectivismo ameríndio e do multinaturalismo indígena, elos configuradores do cogito canibal e da autodeterminação dos povos originários. Resultado: A gramática transformacional dos povos indígenas, encantada pela terra, desconcerta e altera os planos de configuração da teoria clássica da Biblioteconomia e do imaginário objetivista e desencantado dos saberes ocidentais. O conhecimento vivo e ancestral da terra, corpos e línguas se apresenta como um feixe contemporâneo capaz de reencantar o mundo biblioteconômico através de um resgate historiográfico de longa duração das práticas “bibliotecárias” dos povos indígenas. Conclusões: A vida é o néctar do pensamento indígena. Instalar-se no espaço do equívoco entre os nativos e nós, e encaracolar-se, é a tarefa tradutora e conclusiva deste texto. Traduzir não para silenciar o outro ao presumir uma univocidade originária e uma redundância última entre o que ele e nós estamos dizendo, mas, ao avesso, trata-se de fazer morada no pensamento indígena biblioteconômico para que ele enquanto língua originária deforme, descolonize, subverta e transforme os destinos e as geografias conceituais da nossa língua bibliotecária, documentária, informacional e além.
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