Nas últimas décadas, a visão tradicional do projeto de drenagem vem sendo modificada por uma abordagem integrada de manejo sustentável das águas pluviais e planejamento urbano. Os sistemas de espaços livres surgem como atores de integração do ambiente, configurando oportunidades de criação de projetos multifuncionais, por exemplo, acumulando funções para soluções de drenagem, organização do crescimento urbano e união de áreas fragmentadas. O presente trabalho tem como objeto de estudo a praça Xavier de Brito, localizada no bairro Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Após reconhecimento do seu entorno e análise das áreas mais afetadas por inundações, optou-se por formalizar um percurso ao longo do Rio Maracanã, buscando melhorar a relação entre o espaço urbano e o rio, e estabelecer a integração dos espaços livres, conectando a praça Xavier de Brito às demais praças adjacentes. Além disso, foram propostas medidas de drenagem urbana sustentável ao longo do percurso escolhido, como a utilização de pavimentos permeáveis, jardins de chuva e bacias de detenção, por exemplo. A partir de modelagem matemática, foi analisada a resposta da região às inundações com a aplicação das medidas propostas.
O subúrbio ferroviário da cidade do Rio de Janeiro, localizado na Área de Planejamento 3 – AP3 possui as maiores concentrações de população de número de domicílios e densidade demográfica dentre as áreas de planejamento da cidade, assim como o maior percentual de residentes em assentamentos precários. Nessa região, destacam-se ainda, a elevada ocupação do solo e a consequente carência de espaços livres públicos, representados por praças, parques e espaços de lazer em geral. Este artigo busca apresentar a análise multi-métodos de identificação, quantificação e categorização dos espaços livres e da arborização existentes no subúrbio ferroviário na cidade do Rio de Janeiro. A análise dos espaços livres comprovou o alto índice de ocupação do solo urbano, onde, aproximadamente 64% do território estudado compõem-se de terrenos ocupados, sendo o maior índice de ocupação por Área de Planejamento. A pesquisa destacou também a carência de espaços livres públicos, sendo a AP3 a região que apresenta o menor percentual de distribuição desses espaços por hectare da cidade. Através da quantificação da massa arbórea existente, identificou-se que 83% de toda a área arborizada encontra-se em espaços livres privados em contrapartida ao restante incidente nos espaços públicos demonstrando assim a importância dos espaços livres privados para a manutenção da arborização no território analisado. Em uma região consolidada, altamente adensada e caracterizada por elevadas médias de temperatura, o sistema de espaços livres públicos e privados e a arborização se apresentam como importantes elementos para melhoria do microclima, atuando de maneira compensatória às deficiências existentes na estrutura urbana local. Espera-se que tal análise possa ser instrumento útil capaz de evidenciar a relevância da vegetação no sistema de espaços livres, atuando de forma colaborativa com as políticas públicas de gestão do território e de qualificação da paisagem.
Após Cingapura, Vancouver e Xangai terem vivenciado um forte crescimento e desenvolvimento urbano, Dubai, também testemunhou um desenvolvimento urbano mais rápido. Desde o início de 2001, Dubai tem se esforçado para remodelar sua forma urbana e se juntar à lista das principais cidades globais. Seus megaprojetos, únicos, são uma força motriz no desenvolvimento econômico local. A alta renda derivada da venda de petróleo permite aos cidadãos alcançar altos níveis de renda e qualidade de vida. Políticas flexíveis de Dubai desempenham um grande papel para atrair vários fluxos migratórios. Cerca de 80-90% dos habitantes dos Emirados Árabes Unidos são estrangeiros, o que acarreta sérios desafios para a sustentabilidade política, econômica, social e cultural do País. O objetivo deste trabalho é estudar os efeitos sociais que aparecem por causa desses megaprojetos imobiliários, tendo a Ilha Palm Jumeirah como exemplo. Um estudo de campo foi necessário, devido à falta de pesquisas similares anteriores. Visitar e observar a ilha, diariamente, permitiu uma análise mais apurada da situação que acomete os moradores locais, levando-nos a buscar entender como este processo migratório interfere na sociedade local. Avaliar como se dá a integração população local-imigrantes, e como a população original entende esta fluxo populacional, com hábitos e costumes tão diferentes. A pesquisa foi realizada a partir dessas visitas e contatos com a população local, além de buscas em material bibliográfico e iconográfico sobre o processo migratório em Dubai. Os resultados mostraram que a Ilha Palm Jumeirah, foi planejada pela elite econômica e política, enquanto a população local, não foi consultada sobre seus reais interesses e demandas e não participou do processo de tomada de decisões. Da mesma forma, esta situação gerou uma nova mudança social na localidade e formaram uma nova categoria social, que não necessariamente está ligada a questões econômicas e sim a questões culturais.
Este artigo apresenta o projeto paisagístico para a revitalização do entorno do Canal do Anil, no Sub Bairro de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Rio de Janeiro-RJ, Brasil, como TCC do Curso de Paisagismo, da Escola de Belas Artes – UFRJ. Ele parte de uma pesquisa, que visa a compreender a área numa visão macro e micro, realizada a partir de levantamentos bibliográficos e levantamentos físicos de campo.A área vem sendo ocupada, na sua maioria, por indivíduos de baixa renda que trabalham nos bairros vizinhos como a Barra da Tijuca, carentes por espaços públicos de lazer comunitários, acessibilidade adequada às moradias, infraestrutura urbana básica e qualidade da água e do solo.O Canal do Anil pertence a uma das sub bacias que confluem para a Lagoa da Barra da Tijuca. O seu percurso natural, que era composto por vegetação de Mata Atlântica, foi drasticamente agredido por assentamentos próximos e irregulares e, seu corpo hídrico, foi praticamente todo canalizado, o que também ajudou na deterioração da sua borda, que apresenta ocupação irregular densa, além de se configurar uma área pouco segura para os moradores e visitantes. Embora o local disponha de alguns pontos com serviços de abastecimento de água e luz, o esgotamento sanitário, na maioria das vezes o lixo é jogado diretamente no Canal, que sofre com problemas de mau cheiro, animais indesejáveis, suscetibilidade a doenças, alguns pontos de alagamento, redução da vegetação e aumento de áreas impermeáveis.Para a realização do trabalho partiu-se de um embasamento teórico-conceitual, levantamentos bibliográficos, com coleta de dados em publicações acadêmicas, plantas da Prefeitura e referências projetuais; levantamentos de campo, com visitas in loco, observações diretas não participativas, registros fotográficos e Base Google Earth. Os dados foram tratados a partir da confecção de mapas (biofísicos, figura e fundo, gabarito e uso do solo), cortes e desenhos. Foram utilizados, ainda, programas computacionais, como AutoCad e PhotoShop. Nos levantamentos foram constatados os principais problemas da população que habita o entorno do Canal, do próprio estado físico da sub bacia, além do potencial paisagístico e ambiental do local.1. O PROJETO PAISAGÍSTICO O projeto paisagístico proposto apresenta soluções para a revitalização do espaço, buscando atender à comunidade em suas reivindicações, respeitando suas necessidades e o meio ambiente local.A proposta oferece melhores condições de conforto, segurança e bem estar à população dotando a área de mobiliário e equipamentos urbanos que possibilitam a prática de esportes, o passeio seguro e o lazer infanto-juvenil e adulto, área para cães, mudança dos revestimentos de piso (melhoria da drenagem) e alargamento, onde possível, dos passeios, introdução de árvores, jardineiras e canteiros, melhoria da infraestrutura urbana, (sistema elétrico subterrâneo), implantação de sistema de coleta de esgoto sanitário, gás natural e água, onde ainda não há.
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