A geração de resíduos sólidos é uma atual preocupação mundial. Os resíduos de mineração, em especial, apresentam não só a problemática de exigir grande área de disposição, como também a insegurança que as barragens representam para a população. O Brasil é um dos líderes mundiais de produção de minério de ferro e possui muitas regiões destinadas à mineração e disposição dos resíduos gerados, que são tratados como produtos sem utilidade. Assim, o presente trabalho objetiva determinar propriedades geotécnicas do rejeito de minério de ferro e de sua mistura com solo residual laterítico de forma a possibilitar a avaliação do comportamento dos parâmetros de compactação, bem como contribuir para a construção de um banco de dados através de caracterizações física e química. Resultados demonstram que o rejeito, classificado como siltoso, apresenta uma massa específica seca máxima consideravelmente maior que a do solo, devido à presença de óxidos de ferro, e uma menor dependência pela água. O acréscimo progressivo de RMF ao solo diminuiu o teor de umidade ótimo e aumentou a massa específica seca do solo. Além disso, a utilização do RMF como substituto de agregados naturais é válida no quesito ambiental, pois representa outra forma de disposição sustentável deste material.
RESUMO: Quando o solo não usufrui de boas resistências a menores profundidades, é prescrito o uso de fundações assentes em camadas mais profundas, buscando a componente de atrito lateral e melhores solos para sustento. As estacas hélice contínua monitorada apresentam-se como pertinente alternativa para fundações profundas, principalmente devido a sua elevada produtividade, adaptabilidade na maioria dos terrenos, não descompressão do subsolo e ausência de distúrbios e vibrações durante a execução. O presente trabalho apresenta o dimensionamento de fundações em estacas hélice contínua e a comparação com o projeto de fundação de um edifício, desenvolvido e executado por profissionais do mercado. Em posse da planta de cargas do edifício e dos boletins de sondagem SPT, produziu-se uma planilha autoral de cálculo que contempla os métodos semi-empíricos de Aoki-Velloso e de Décourt-Quaresma. O primeiro método levou a capacidades de carga significativamente elevadas se comparadas às obtidas pelo segundo método. Além disso, constatou-se a relevância econômica de uma boa concepção por meio da comparação com o dimensionamento de fundações apresentado por profissionais do mercado, do qual se sugere que as discrepâncias sejam causadas por diferentes critérios de projeto.
RESUMO: O crescimento da economia brasileira levou a um aumento do consumo de agregados naturais utilizados como material de construção. Paralelo a isso, o Brasil vem sendo um dos maiores produtores de minério de ferro do mundo, o que, por consequência, leva a um grande volume de rejeito gerado pelo processo da mineração. Esses rejeitos precisam de uma grande área para sua deposição, além de ser exigido um grande controle de segurança e ambiental para que não se ocorram catástrofes, como vem sendo visto no cenário atual. Dessa forma, o presente trabalho traz uma série de pesquisas relacionadas à utilização do rejeito de minério de ferro na área da Geotecnia. O que pode ser visto, até o momento, é que esse resíduo representa um material em potencial para a substituição dos agregados naturais nas obras geotécnicas, em especial nas camadas de pavimentação e em estabilização de solos, embora seja necessário que novas pesquisas venham a validar de forma definitiva essa aplicação para o rejeito.
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